M�dica mostrando radiografia de paciente
O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose - um aumento de 4,9% em rela��o ao ano anterior. Dados do Minist�rio da Sa�de apontam que Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores coeficientes de incid�ncia: 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doen�a para cada grupo de 100 mil habitantes, respectivamente.
O levantamento mostra que, em 2021, o pa�s teve recorde de mortes pela doen�a – 5 mil no total, maior n�mero identificado nos �ltimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doen�a infecciosa que mais mata, atr�s apenas da covid-19, al�m de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.
Segundo informa��es do Minist�rio da Sa�de, homens de 20 a 64 anos apresentam risco tr�s vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres nessa mesma faixa et�ria. Al�m disso, em 2022, o pa�s contabilizou 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crian�as de at� quatro anos respondem por 37% dessas notifica��es.
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Durante entrevista coletiva, hoje (24), em Bras�lia, a ministra da Sa�de, N�sia Trindade, lembrou que a tuberculose tem preven��o, tratamento e cura e atinge prioritariamente popula��es mais vulner�veis, como pessoas em situa��o de rua, comunidades ind�genas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.
Gastos com a doen�a
Os n�meros apresentados pelo minist�rio mostram que, no Brasil, 48% das fam�lias afetadas de alguma forma pela tuberculose t�m gastos com a doen�a que comprometem acima de 20% da renda. A ministra destacou que o combate � doen�a n�o pode ser visto como um projeto setorial ou de um �nico minist�rio.
O diretor do departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infec��es Sexualmente Transmiss�veis, Draurio Barreira Cravo Neto, refor�ou que a meta de eliminar a tuberculose at� 2030 exige uni�o de esfor�os. “N�o ser� uma secretaria ou um s� minist�rio isoladamente que v�o conseguir atingir essa ambiciosa meta, mas perfeitamente fact�vel”, afirmou.
“Do ponto de vista social, tivemos um processo de piora de todos os indicadores sociais nos �ltimos cinco a seis anos. Com isso, a tuberculose, que � uma doen�a basicamente [causada] por esses determinantes sociais, teve recrudescimento nas taxas de mortalidade, de incid�ncia e mesmo de cura.”
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