menino sentado no chão, com as mãos na cabeça e fisionomia fechada

Pesquisa com alunos de SP revelou que 31% dos estudantes j� sofreram algum tipo de viol�ncia e o mais comum � o bullying

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  A frequ�ncia com que se sabe dos casos de viol�ncia dentro das escolas tem assombrado a todos no pa�s. Nos �ltimos meses, houve, pelo menos, registros em cinco estados. Em 2022, a popula��o conviveu com diferentes eventos espalhados pelo Brasil. Levantamento da Unicamp destaca que em 20 anos nada menos do que 23 escolas foram palco de atentados promovidos por alunos ou ex-alunos por aqui.

Pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S�o Paulo (Apeoesp) relevou que 55% dos alunos percebe um grau m�dio ou alto de viol�ncia dentro da escola. O percentual aumenta para 61% quando os professores s�o consultados. E 31% dos alunos afirmou ter sofrido algum tipo de viol�ncia. O mais comum relatado � o bullying.


Esquecer de incluir crian�as e adolescentes no cuidado com a sa�de mental ainda � habitual entre os adultos, alerta a coordenadora pedag�gica da Mind Lab, Miriam Sales: “Por isso, as escolas t�m um importante papel no cuidado � sa�de emocional dos pequenos. E precisam estar atentos sobre o tema para recorrer aos cuidados de profissionais da �rea”. 

Sa�de mental fragilizada

Segundo Miriam Sales, a sa�de mental fragilizada se apresenta de diversas formas, e ter um time de profissionais ou a��es estruturadas que busquem identificar padr�es de comportamento do dia a dia torna o combate ao problema mais r�pido.

Entre alguns pontos de aten��o, destaca a pedagoga, est�o a aus�ncia em atividades, o choro excessivo, a falta de linguagem oral e expressiva e aus�ncia de aten��o.

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Caso alguns dos comportamentos observados n�o seja somente pontual, � necess�rio tomar algumas medidas. Miriam Sales compartilha tr�s delas:
 

1 - Contato com familiares

Entrar em contato com familiares � o ideal, explicando a situa��o e analisando, juntos, como poder�o seguir para melhorar as quest�es de sa�de da crian�a. “Nesse momento, � primordial que a escola chegue com palavras de conforto e confian�a, visto que, a rotina da crian�a � parcialmente focada nas atividades escolares e os educadores s�o o centro de contato direto com os alunos”, comenta a coordenadora pedag�gica.

2 - Avalia��o diagn�stica e flexibilidade pedag�gica

Ap�s contato com familiares, o processo de avalia��o diagn�stica precisa ser analisado junto �s principais dificuldades e facilidades de aprendizagem da crian�a, entendendo quais s�o as atividades escolares que o aluno mais se interessa, por exemplo, pintar, desenhar, jogar, etc.

Em seguida, propor formas alternativas para desenvolvimento, como atividades complementares de raciocino l�gico, estimula��o da linguagem oral e escrita, mem�ria, percep��o ou imagina��o. “Se adequar a necessidade do aluno � estrat�gia do professor, ter uma flexibilidade acess�vel se torna necess�rio nesse momento” explica Miriam Sales. 

3 - Jogos e alfabetiza��o

A fim de manter o processo de alfabetiza��o das crian�as e adolescentes, � poss�vel utilizar jogos de racioc�nio para estimular a aquisi��o de compet�ncias cognitivas, sociais e emocionais pelos alunos. O objetivo � melhorar ainda mais o desenvolvimento cerebral, estimulando os neurotransmissores corretos para melhoria na sa�de mental.

“Estudos comprovam que o uso de jogos promove comportamentos e aprendizados desejados, al�m do que, manter o uso de jogos tamb�m traz tarefas necess�rias para manter uma socializa��o maior em grupo”, finaliza Miriam Sales.