Vacina��o: Minist�rio da Sa�de cobra CFM sobre combate � desinforma��o
CFM rebateu, afirmando que desde 2021 promove campanha contra a desinforma��o e que m�dicos com opini�o contr�ria � vacina��o devem ser denunciados
Em uma investida mais dura contra o movimento antivacina, o Minist�rio da Sa�de enviou ao Conselho Federal de Medicina (CFM) um of�cio cobrando "informa��es acerca das medidas adotadas contra a desinforma��o sobre as vacinas". O documento foi assinado por Mauro Niskier, secret�rio-substituto da Vigil�ncia em Sa�de e Ambiente.
"Esta Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de e Ambiente requer informa��o de que medidas s�o tomadas por este Conselho contra os profissionais que propagam informa��es inver�dicas contra as vacinas dispon�veis no pa�s", ordenou.
A resposta do CFM veio ontem (30/3), tamb�m via of�cio, e explica que desde 2021 o conselho promove campanha informativa para que a popula��o busque a vacina��o e mantenha o calend�rio atualizado. No documento, foram listados os "marcos" do posicionamento do conselho a favor das vacinas. Ressaltaram, ainda, que a iniciativa serviu para "alertar os brasileiros sobre os riscos de boatos ou not�cias falsas".
"A referida campanha contou com inser��es em redes sociais, TVs e emissoras de r�dio. Mensagens de esperan�a e encorajamento - como "A vit�ria contra o v�rus est� pr�xima" e "Vacine-se, pois assim estar� protegendo voc� e a sua fam�lia" - foram destacadas em cards, v�deos e spots que ainda est�o em circula��o", detalhou o conselho de classe.
Enviado na �ltima ter�a-feira (28/3), o questionamento do minist�rio, justificado no pr�prio texto, tem rela��o com o lan�amento da campanha Movimento Nacional pela Vacina��o, feito no final de fevereiro, com o objetivo de incentivar a popula��o a aderir aos imunizantes contra a COVID-19 e a outras doen�as listadas no calend�rio do Plano Nacional de Imuniza��o (PNI), al�m de voltar a ser considerado refer�ncia nesse tipo de campanha.
O documento afirma que a decis�o da popula��o em n�o tomar a vacina � consequ�ncia do crescimento do movimento antivacina, considerado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) uma das maiores amea�as � sa�de global, em conjun��o com inverdades produzidas por profissionais de diversas �reas sobre as vacinas, inclusive da sa�de. Isso tem contribu�do para preju�zos � popula��o.
Sobre os m�dicos, o CFM se defendeu observando que "entende que os m�dicos, cientes de suas responsabilidades �ticas, t�cnicas e legais, e a popula��o devem atribuir import�ncia �s a��es de vacina��o". Segundo o conselho, a ideia de que a vacina � um bem p�blico � compartilhada por mais de 550 mil m�dicos. O n�mero � considerado "ampla maioria", portanto os que fazem propaganda contr�ria foram classificados como "exce��es". "Den�ncia contra m�dicos, o ocorrido deve ser relatado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde tudo aconteceu para que sejam tomadas as medidas as provid�ncias", esclareceram.
Um dos preju�zos dessa queda � o retorno de doen�as que j� haviam sido erradicadas do pa�s, como o sarampo, poliomielite e a rub�ola. O Brasil registrou casos de morte de crian�as por essas enfermidades nos �ltimos tr�s anos, em diversas regi�es.
"Sabe-se que a vacina � considerada pela Organiza��o Mundial da Sa�de - OMS uma das interven��es de sa�de p�blica com maior impacto na preven��o de �bitos e doen�as em todo o mundo. N�o h� nenhum outro procedimento que produza resultados t�o excelentes na redu��o da morbimortalidade por enfermidades imunopreven�veis e que apresente tantas possibilidades, como a de erradicar doen�as", lembra um trecho do documento enviado pela pasta.
Apesar de no auge da crise sanit�ria o CFM ter tomado caminhos controversos, como a possibilidade de prescri��o de rem�dios que foram comprovadamente postos como sem efic�cia, o conselho reafirma o "compromisso dessa categoria com o apoio �s pol�ticas p�blicas de imuniza��o, as quais devem ser estimuladas para evitar a queda nos indicadores de cobertura vacinal".
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