Vacina da gripe
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A campanha nacional de vacina��o contra a gripe come�ou na �ltima segunda (10) no pa�s. Como de praxe, a rede p�blica disponibiliza o imunizante para grupos de maior risco � doen�a, como idosos e gestantes. Na rede privada, qualquer pessoa com mais de seis meses pode tomar o imunizante mediante compra. Al�m da diferen�a no acesso, as vacinas ofertadas entre as redes p�blica e privada apresentam uma diferen�a na formula��o.
O v�rus que causa a gripe � o Influenza, sendo os tipos A e B os mais comuns entre humanos. No caso do A, as linhagens H1N1 e H3N2 s�o os principais causadores da doen�a.
Por isso, as vacinas contra gripe disponibilizadas no SUS cont�m as duas cepas em sua formula��o. Al�m delas, uma terceira linhagem comp�e a vacina. Nesse caso, � do tipo B, que � dividido em Yamagata e Victoria - � esta �ltima linhagem que foi utilizada na vacina de 2023.
A vacina quadrivalente, vendida na rede privada, utiliza essa mesma composi��o, mas conta tamb�m com a linhagem Yamagata.
Uma nota t�cnica publicada pela Sbim (Sociedade Brasileira de Imuniza��es) d� a recomenda��o de optar, de forma preferencial, a vacina quadrivalente por ter um n�vel de prote��o a mais. No entanto, a trivalente continua sendo importante em casos em que n�o � poss�vel a vacina��o com o modelo de quatro cepas.
"Na indisponibilidade do produto (a vacina quadrivalente), a trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente nos grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves", informa a sociedade.
A Sbim elenca duas raz�es para a cepa adicional da quadrivalente ser relevante no enfrentamento � gripe. A primeira � que a circula��o simult�nea das linhagens Yamagata e Victoria j� � registrada no Brasil e no mundo desde 2000.
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A segunda raz�o � que a Victoria, cepa que comp�e a vacina ofertada no SUS, n�o foi a predominante no aspecto de circula��o em metade das temporadas em que ocorre a propaga��o do v�rus.
Melissa Palmieri, integrante da Comiss�o para Revis�o de Calend�rios de Vacina��o da Sbim e diretora da regional S�o Paulo da sociedade, afirma que a transmiss�o do Influenza � muito imprevis�vel e, por isso, contar com a prote��o extra da quadrivalente � interessante.
"N�s temos observado que tem aumentado a circula��o no mundo da cepa B para a Victoria, mas a circula��o do Influenza � imprevis�vel", afirma Palmieri, que � uma das autoras da nota t�cnica da Sbim.
No entanto, ela reitera que caso algu�m n�o tenha acesso ao imunizante na rede privada, a vacina��o pelo SUS continua sendo essencial nos casos em que se faz parte dos grupos eleg�veis.
"Fazer a vacina��o da gripe � essencial e � importante que as pessoas devem fazer com aquela vacina dispon�vel para ela", resume.
Para as pessoas que n�o est�o no grupo priorit�rio disponibilizado pelo SUS, a vacina��o tamb�m � recomendada. "� essencial que as pessoas, mesmo n�o estando nos grupos eleg�veis, se tiverem a oportunidade de se beneficiar dessa preven��o, que ela procure", afirma Palmieri.
VEJA QUEM FAZ PARTE DO GRUPO PRIORIT�RIO PARA A VACINA��O CONTRA A GRIPE
- Crian�as de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes e pu�rperas
- Ind�genas
- Trabalhadores da sa�de
- Indiv�duos com 60 anos ou mais de idade
- Professores das escolas p�blicas e privadas
- Pessoas com doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis e outras condi��es cl�nicas especiais
- Pessoas com defici�ncia permanente
- Profissionais das for�as de seguran�a e salvamento e das for�as armadas
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de transporte coletivo rodovi�rio de passageiros urbanos e de longo curso
- Trabalhadores portu�rios
- Funcion�rios do sistema prisional
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
- Popula��o privada de liberdade
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