M�e conversa com filho, imagem meramente ilustrativa
Nesta quinta (20), em meio a uma onda de boatos e dissemina��o de conte�dos falsos sobre supostos ataques, col�gios e redes de ensino tentam tranquilizar os pais e mant�m as atividades, enquanto outros optaram por adiar provas ou promover rodas de conversas para acalmar os �nimos.
A pedido da Folha, Elvira Pimentel e Cleo Garcia, pesquisadoras do Gepem (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educa��o Moral), da Unicamp, que estuda os conflitos nas escolas, elaboraram sugest�es.
Veja a seguir.
MEDO � NATURAL
Est� muito abalado? Avalie se, nesse momento, n�o � melhor uma outra pessoa da fam�lia conversar com suas crian�as para tirar as d�vidas.
BUSQUE INFORMA��ES
Antes de conversar com os filhos, busque se informar sobre o assunto em fontes confi�veis, como reportagens e programas que entrevistam e trazem informa��es de especialistas nessa �rea.
RESPEITE OS LIMITES DA CRIAN�A
N�o compartilhe ang�stia ou informa��es al�m do que a crian�a consegue assimilar. Ela precisa se sentir segura e protegida e passar a ela informa��es demais sobre ataques vai gerar medo e ansiedade.
E como abordar? O assunto deve ser tratado na mesma propor��o da demanda que a crian�a traz, se ela viu em algum lugar, se coleguinhas comentaram, por exemplo;
- Crian�as menores: responder �s perguntas que a crian�a fizer, respeitando a idade, com palavras f�ceis de entendimento, validando o sentimento que eles trazem;
- Adolescentes: considerando a idade e o desenvolvimento da linguagem e do pensamento, a ideia pode ser trazida num momento de conversa da fam�lia, tanto pelo pr�prio jovem como por algum familiar
CONSTRUA RELA��O DE SEGURAN�A COM A ESCOLA
Reforce a ideia de seguran�a na escola e nas intera��es que a crian�a t�m no dia a dia que os fazem se sentir seguros. Mantenha a escola informada se a crian�a estiver com medo ou ansiedade, para que ela possam ser acolhida l� tamb�mCONVERSE SOBRE REDES, JOGOS E DISCURSO DE �DIO
Com adolescentes, busque orientar para a dimens�o desse problema e principalmente para os pontos de aten��o com rela��o �s comunidades, grupos, chats de subcultura extremista e veicula��o de discurso de �dio;
Mas cuidado com a 'palestrinha'. Promova, em vez disso, di�logo, escuta e descobertas. A ideia n�o � confrontar e passar serm�o, mas trazer a conversa com calma, com confian�a para que a crian�a ou adolescente se interesse e n�o se afaste.
N�O ESCONDA
N�o fa�a de conta que isso n�o existe, na linha "� melhor que ele nem saiba"; ele saber�, sim, por outras fontes que podem nem ser t�o confi�veis e que podem lev�-lo ao p�nico ou � curiosidade que pode coloc�-lo em risco.
ORIENTE A BUSCAR AJUDA
Ensine a n�o desprezar informa��es que sejam veiculada por colegas –tanto de amea�a contra a pr�pria vida quanto ao bem-estar do grupo –para que ele entenda que pode sempre buscar ajuda dos adultos– seja na fam�lia ou na escola.
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