Situa��es simples do dia a dia, como sorrir para fotos ou se olhar no espelho, se tornam um problema para pessoas que apresentam deformidades faciais
Samuel Ramos/Divulga��o
Durante o desenvolvimento do corpo humano, alguns problemas podem acarretar o crescimento irregular dos ossos do rosto, o que pode afetar diretamente o bem-estar e a qualidade de vida do indiv�duo. Quando essas altera��es s�o na mand�bula, existe a possibilidade delas se manifestarem na forma de prognatismo (mand�bula grande) ou retrognatismo (mand�bula curta). Al�m disso, tamb�m h� casos que podem afetar a maxila e as duas partes (maxila e mand�bula) de maneira combinada. Em qualquer uma dessas situa��es, a cirurgia ortogn�tica � o procedimento mais adequado para corrigir essas altera��es �sseas.
O cirurgi�o pl�stico e cr�nio-maxilo-facial do Hospital S�o Lucas, Geraldo Capuchinho, ressalta que o procedimento � considerado est�tico-funcional e que as consequ�ncias positivas n�o ocorrem apenas nos primeiros anos ap�s a cirurgia. “Os benef�cios s�o para a vida toda e n�o se limitam � parte dent�ria e � est�tica facial. A ortogn�tica pode atenuar, tamb�m, as disfun��es na fala, na mastiga��o, na degluti��o e nos dist�rbios do sono, uma vez que atua na posi��o dos m�sculos supragl�ticos, que ficam na parte superior do pesco�o. Al�m disso, pode haver melhora nas condi��es ventilat�rias do nasais, j� que o nariz se apoia na maxila”, diz. O cirurgi�o pontua, entretanto, que a rinoplastia (pl�stica do nariz e do septo) pode ser necess�ria em alguns casos para tratar os dist�rbios nessa �rea.
Com as consequ�ncias positivas nas fun��es dos ossos e dos m�sculos c�rvico-faciais, o equil�brio harm�nico do rosto tamb�m pode ser restabelecido, contribuindo significativamente para recuperar a autoestima do paciente. “Situa��es simples do dia a dia, como sorrir para fotos ou se olhar no espelho, se tornam um problema para pessoas que apresentam essas deformidades. Devolver a seguran�a com o seu aspecto facial � um ganho importante proporcionado pela ortogn�tica”, destaca Capuchinho.
O procedimento � feito, de fato, ap�s o reposicionamento dent�rio pr�-existente, por meio de aparelhos ortod�nticos fixos ou alinhadores invis�veis, sob os cuidados de um ortodontista. A cirurgia acontece dentro da cavidade bucal, evitando cicatrizes aparentes e, dependendo do porte, da recupera��o anest�sica e de caracter�sticas de cada indiv�duo, a alta pode acontecer no dia seguinte.
Simplificando, existem tr�s classes de altera��es dentofaciais nos pacientes candidatos � cirurgia ortogn�tica. A classe I serve como refer�ncia para as demais, pois indica o posicionamento correto da arcada dent�ria e a rela��o equilibrada entre a maxila e a mand�bula. A classe II ocorre quando a maxila est� situada muito � frente da mand�bula. J� a classe III ocorre quando h� o inverso da classe II, ou seja, a mand�bula est� � frente da maxila.
O per�odo p�s-operat�rio costuma se prolongar por alguns meses e � preciso seguir todas as orienta��es m�dicas. O paciente passa por alguns inc�modos nesse per�odo, como incha�o facial, dores moderadas na articula��o t�mporo-mandibular e alguma dificuldade para abrir e fechar a boca, mas os sintomas diminuem nos dias seguintes ao procedimento e com os cuidados de fisioterapia e fonoaudiologia.
� importante manter o repouso e voltar �s atividades de forma gradual, sempre ap�s a orienta��o m�dica. Al�m disso, as complica��es s�o raras, o que torna o procedimento bastante seguro e eficiente.
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