mulher olha queda de cabelo na escova

Alopecia androgen�tica: se desenvolve desde a adolesc�ncia, quando o est�mulo hormonal aparece, fazendo com que a cada ciclo capilar, os fios venham progressivamente mais finos

Freepik
 Entre muitos cen�rios que envolve a sa�de da mulher, certamente a calv�cie feminina � um temor.  Marcela Mattos, m�dica dermatologista, destaca que tem sido crescente o n�mero de mulheres com queixa de queda capilar e v�rios s�o os motivos. Vamos saber o porqu�? "A calv�cie feminina, ou alop�cia androgen�tica, � um problema que pode ocorrer em at� 60% das mulheres com o passar dos anos. Esse n�mero � alarmante e, al�m da tend�ncia gen�tica, existem diversos fatores que tem contribu�do para isso".

Conforme a dermatologista, trata-se de uma tend�ncia gen�tica, geralmente familiar, ao afinamento/miniaturiza��o dos fios no topo da cabe�a: "Por�m, 20% das pacientes n�o t�m parentes de primeiro grau afetados. E, apesar do termo alop�cia androgen�tica se referir � presen�a de horm�nios masculinos elevados, na maioria das vezes, os n�veis desses horm�nios encontram-se normais nos exames de sangue. A doen�a se desenvolve desde a adolesc�ncia, quando o est�mulo hormonal aparece, fazendo com que a cada ciclo capilar, os fios venham progressivamente mais finos. A queixa mais frequente nas mulheres � de cabelos ralos e, progressivamente, o couro cabeludo fica mais exposto. A regi�o central do couro cabeludo � a mais acometida (com perda capilar mais difusa do que a vista nos homens) e pode haver associa��o com irregularidade menstrual, acne, caspa, seborreia, obesidade e aumento de pelos no corpo".
 
Marcela Mattos enfatiza que o tratamento baseia-se no uso do minoxidil e bloqueadores hormonais: "O objetivo do tratamento � estacionar o processo e recuperar parte da perda. Os bloqueadores hormonais s�o drogas administradas por via oral como anticoncepcionais orais antiandrog�nicos, espironolactona e finasterida e dutasterida".
A m�dica avisa que a alop�cia tem que ser diferenciada da queda de cabelos ou efl�vio tel�geno (diminui��o do n�mero de fios sem afinamento capilar): "Dentre as causas mais comuns est�o a redu��o da concentra��o de ferro/ferritina nos exames de sangue, procedimentos qu�micos (alistamentos e tinturas), estresse emocional, p�s-parto, dist�rbios hormonais (altera��es dos horm�nios da tire�ide, eleva��es dos horm�nios de perfil masculino, ou aumento da sensibilidade dos fios � a��o dos horm�nios masculinos".

O que evitar? 

Marcela Mattos

Dermatologista Marcela Mattos diz que, ainda que seja uma tend�ncia gen�tica e familiar, 20% das mulheres com calv�cie n�o t�m parentes de primeiro grau afetados

Arquivo Pessoal
A endocrinologista recomenda evitar alimentos como leite, whey protein e carboidratos refinados: "Evitar DIU Mirena, anticoncepcionais orais androg�nicos como levonorgestrel e horm�nios anabolizantes masculinos".

Marcela Mattos conta o que pode ajudar: "Manter o couro cabeludo saud�vel � parte importante do processo. Uma alimenta��o saud�vel, rica em todos os grupos de nutrientes � parte fundamental. O minoxidil oral tem sido um grande aliado nesse processo, pois muitas mulheres n�o usam o minoxidil t�pico adequadamente por achar que ele compromete o aspecto est�tico dos cabelos". 

Os tipos de tratamento

A m�dica enfatiza que podem ser acrescentados ao tratamento a "intradermoterapia capilar, subst�ncias injet�veis e micropunturas com agulhas ativando a libera��o de fatores de crescimento, melhorando o ciclo; o laser resurfx, que apresenta estudos mostrando melhora da alop�cia androgen�tica; e o transplante capilar feminino, as mulheres tamb�m podem fazer cirurgia em casos graves que n�o respondem aos tratamentos convencionais".

Leia tamb�m:  Cabeleireira mineira com alopecia fica careca: Perdi os fios e clientes.

"Deusa dos carecas"

 Juliana

Juliana Ang�lica Vieira revela que percebeu a queda de cabelo h� cinco anos ao ver que acordava com o travesseiro repleto de fios, assim como o ch�o da casa. Foi procurar tratamento

Arquivo Pessoal
Juliana Ang�lica Vieira revela que percebeu a queda de cabelo h� cinco anos: "No dia a dia, fui percebendo que quando acordava o meu travesseiro estava repleto de cabelo, o ch�o da casa tamb�m ficava repleto de fios e, quando eu lavava, ca�a mais ainda".

Assustada, Juliana resolveu buscar tratamento: "Descobri que j� estava com calv�cie. O tratamento foi e est� sendo maravilhoso, por�m lento. Fa�o uso de medica��o, uso produtos e o resultado est� sendo  satisfat�rio, diria maravilhoso. Hoje me sinto uma pessoa cabeluda e com a autoestima maravilhosa. Costumo brincar que minha m�dica � a deusa dos carecas".