Médico examina paciente para enfrentar tratamento cosmético

M�dico examina paciente para enfrentar tratamento cosm�tico

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Diante de casos noticiados pela m�dia de pacientes que denunciaram m�dicos por sofrerem com sequelas de cirurgias pl�sticas, a Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS) montou um guia para ajudar na escolha de um bom profissional e reduzir os riscos. "Muitos detalhes devem ser considerados pelo paciente no momento da escolha de um cirurgi�o pl�stico. E � essa escolha que far� diferen�a no resultado final e diminuir� os riscos de um mau resultado ou de uma complica��o", explica o cirurgi�o pl�stico diretor da BAPS, Thiago Cavalcanti. "Em qualquer tipo de interven��o cir�rgica pode haver algum tipo de intercorr�ncia. Contudo, avalia��o pr�-operat�ria detalhada com exames laboratoriais e cardiol�gicos em ordem, estes riscos s�o minimizados", aponta.

A associa��o enumera alguns crit�rios que devem ser levados em considera��o antes da realiza��o do procedimento cir�rgico:

Registro do cirurgi�o pl�stico

O primeiro ponto tem rela��o direta com a permiss�o que o m�dico tem para exercer determinado procedimento, o que � apontado pelo Registro de Qualifica��o de Especialidade (RQE), no site do Conselho Federal de Medicina. "Esse � um documento que atesta a forma��o em determinada especialidade m�dica", informa Thiago Cavalcanti.

Qualifica��o do cirurgi�o pl�stico

"Uma dica � avaliar o curr�culo do m�dico e tamb�m verificar se ele tem entrosamento com aquela cirurgia que o paciente est� buscando", diz Thiago. Ent�o, al�m do registro de especialidade, � importante pesquisar mais sobre o m�dico para escolher profissionais que prezem pela atualiza��o profissional, como a participa��o em congressos, simp�sios, palestras e cursos, ou que tenha experi�ncia na t�cnica, ou publica��es em revistas cient�ficas, segundo o diretor da associa��o.

Refer�ncias

A busca por refer�ncias deve fazer parte da escolha pelo m�dico, ent�o o ideal � verificar o que dizem os pacientes. Na internet, f�runs e sites especializados em cirurgia pl�stica contam com informa��es que podem ser levadas em considera��o. "Tente n�o confiar tanto nas redes sociais. Busque indica��es de pacientes e pesquise sobre a credibilidade do cirurgi�o perante a comunidade da cidade. N�o acredite apenas em fama ou n�mero de seguidores", acrescenta o diretor da BAPS.

Pre�o e local da cirurgia

Embora a procura por um valor acess�vel seja natural, pre�os muito abaixo do mercado podem ser um grande problema. "No valor de uma cirurgia, n�o est� incluso apenas os resultados, mas toda a bagagem do m�dico e sua experi�ncia, bem como a equipe m�dica de suporte, os produtos de qualidade, a seguran�a e o custo do local em que o procedimento ser� realizado", explica Thiago. "Salvo casos de pequenas interven��es, os procedimentos cir�rgicos devem sempre ser feitos em hospitais, com uma estrutura pronta e com os equipamentos necess�rios para o pronto atendimento em qualquer intercorr�ncia que possa acontecer com o paciente. Mesmo que uma cl�nica tenha infraestrutura para atender a uma situa��o de emerg�ncia, normalmente n�o h� profissionais de outras �reas, exames complementares ou UTI bem equipada. Quanto ao hospital, tamb�m tente saber se o local tem boas qualifica��es, principalmente com rela��o ao grau de limpeza", explica. Procedimentos mais baratos que a m�dia e feitos em consult�rio podem representar um perigo para a seguran�a do paciente.

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Confiar no profissional

Tire todas as d�vidas poss�veis que tiver no momento da consulta. � para isso que ela serve. "Quais s�o os riscos envolvidos na minha cirurgia? Onde ser� feito o procedimento? Qual � a anestesia? Como deve ser o meu preparo? Como ser� o p�s-operat�rio? Cabe ao m�dico, tranquilamente e em uma linguagem que o paciente entenda, responder a essas e diversas outras d�vidas pertinentes ao procedimento cir�rgico", ressalta o especialista. "Respondendo em uma linguagem acess�vel, ele consegue estabelecer um v�nculo com o paciente. � na consulta inicial que o m�dico consegue entender as expectativas do paciente e explicar se o procedimento atender� ou n�o ao que espera".

Clareza e �tica do m�dico

O cirurgi�o pl�stico deve sempre expor ao paciente, de forma clara e transparente, os riscos da cirurgia pl�stica, que s�o inerentes a qualquer tratamento cir�rgico. A BAPS refor�a que o profissional n�o deve tentar minimizar ou ocultar os riscos, pois a decis�o pela cirurgia pl�stica deve ser tomada de maneira consciente pelo paciente. "E comprometimento com a �tica m�dica tamb�m pode fazer com que o cirurgi�o pl�stico contraindique um procedimento, quando n�o se atinjam os n�veis adequados de seguran�a, por exemplo em caso de uma associa��o de cirurgias em um mesmo dia", destaca. "Com rela��o � �tica, sempre desconfie de cirurgi�es que aceitem 'replicar' o resultado est�tico de uma celebridade, pois todo tratamento deve ser individualizado."