Lula em foto de perfil; ele está de terno escuro, camisa branca e gravata

O presidente Lula tem artrose na perna direita e o tratamento definitivo � cir�rgico, explica o m�dico

EMMANUEL DUNAND/AFP

A cirurgia pela qual o presidente Lula (PT) deve passar nos pr�ximos meses para tratar a artrose no quadril deve trazer grande impacto em sua qualidade de vida, segundo o m�dico Jo�o Ant�nio Matheus Guimar�es, presidente da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).


"A artrose de quadril limita muito o paciente porque afeta uma articula��o usada para caminhar, sentar, subir escada", explica. "A cirurgia permite ter movimentos livres e sem dor. A maioria dos pacientes se arrepende de n�o ter feito antes."


Lula tem reclamado de dores e, no m�s passado, afirmou que toma inje��es di�rias e realiza sess�es de fisioterapia para tratar o problema. "O presidente tem artrose na perna direita e o tratamento definitivo � cir�rgico", diz o m�dico cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha a sa�de do mandat�rio.


Segundo Kalil, ainda n�o foi definida uma data para a cirurgia. A assessoria de imprensa da Presid�ncia indica que ela pode ocorrer em outubro ou dezembro.


A artrose no quadril ou osteoartrose ocorre quando h� o desgaste nas cartilagens que revestem a cabe�a do f�mur e o acet�bulo (parte da bacia que se liga ao f�mur).

Formada pela conex�o do f�mur (osso da coxa) com o acet�bulo, essa articula��o sofre com o desgaste das cartilagens que revestem essas duas estruturas �sseas, provocando dor e, muitas vezes, limitando severamente a vida dos pacientes.


Esse desgaste normalmente est� relacionado � idade ou ao esfor�o –acomete jogadores de t�nis, por exemplo– e provoca dor. No come�o, os inc�modos podem ser minimizados com medica��o e fisioterapia, mas o tratamento definitivo � a cirurgia.


Na opera��o, a articula��o danificada � substitu�da por uma pr�tese de metal que adere ao osso e � recoberta por estruturas especiais de cer�mica ou polietileno. "� colocado um componente da pr�tese na bacia e outro na cabe�a do f�mur", diz o ortopedista.


Guimar�es explica que n�o costuma ser necess�rio utilizar anestesia geral e geralmente o corte � feito na lateral da coxa, na altura do quadril.


Pela abertura de sete a dez cent�metros, o m�dico remove as partes danificadas dos ossos, coloca e ajusta as pr�teses. "O segredo � a coloca��o adequada dos implantes para que o efeito seja prolongado, n�o s� a qualidade da pr�tese."


Horas ap�s o procedimento, � recomendado ao paciente sair da cama para evitar riscos como embolia, e na mesma semana tem in�cio a fisioterapia. O paciente deve limitar o esfor�o por cerca de 20 dias e ap�s tr�s meses � considerado apto para retomar plenamente a rotina.


O especialista afirma que a cirurgia gera benef�cios por cerca de 20 anos. Ap�s esse per�odo, pacientes mais novos costumam ser submetidos a uma revis�o por conta do desgaste dos materiais utilizados.