médica examina joelho de paciente

Artrose: considerada incapacitante, doen�a � respons�vel por grande n�mero de casos de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez

Angelo Esslinger/Pixabay
 Conhecido popularmente como um procedimento card�aco, o cateterismo tamb�m tem espa�o em outras especialidades, como na ortopedia, e pode beneficiar os mais de 15 milh�es de brasileiros acometidos por artrose¹.

Testada inicialmente para o tratamento de tendinites e doen�a articular do ombro no Jap�o, em 2013 e 2014, a t�cnica consiste na introdu��o de um fino cateter (tubo pl�stico especial) em uma art�ria do joelho, a partir da pun��o de uma art�ria da virilha.

Este cateter permite que o m�dico injete pequenas part�culas que ir�o ocluir a circula��o anormal na articula��o, diminuindo o processo inflamat�rio da artrose e melhorando a qualidade de vida do paciente.

No Einstein, o procedimento minimamente invasivo tem se mostrado muito efetivo na melhora da dor e da fun��o articular, diminuindo a rigidez dos pacientes. A interven��o � feita em regime ambulatorial e o paciente tem alta ap�s seis horas.
 
“Sem op��o de cura, a emboliza��o das art�rias do joelho � um dos mais recentes avan�os na terap�utica da popula��o acometida pela artrose, j� que os medicamentos comumente utilizados agem principalmente no controle da dor e melhora da fun��o da articula��o, com alguma a��o no retardo da progress�o da doen�a. Por�m, nem sempre conseguem controlar o processo inflamat�rio - chamado de sinovite -, fen�meno no qual a emboliza��o � mais efetiva”, explica Leonardo Valle, radiologista intervencionista do Einstein.

T�cnica adia cirurgia 

De acordo com M�rcia Uchoa Rezende, ortopedista especialista em joelho e doen�as osteometab�licas da organiza��o, a t�cnica adia a necessidade de cirurgia para coloca��o de pr�tese em pacientes de alto risco cir�rgico (devido � idade avan�ada ou � presen�a de outras doen�as), naqueles que n�o querem ser operados e em indiv�duos muito jovens, j� que a coloca��o da pr�tese nessa faixa et�ria tende a demandar revis�o futura do implante, devido ao tempo de uso. Al�m disso, a emboliza��o pode ainda tratar inflama��es persistentes ap�s a cirurgia de coloca��o de pr�tese (artroplastia).

artrose no joelho, tamb�m conhecida como osteoartrite, � uma doen�a de car�ter inflamat�rio e degenerativo, resultado do processo de desgaste das cartilagens que envolvem essa articula��o do corpo. Respons�vel pela ocorr�ncia de dor aguda ou cr�nica, � considerada incapacitante, sendo causa de 7,5% de todos os afastamentos do trabalho, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Com maior incid�ncia em pacientes acima dos 50 anos, sobretudo mulheres, tem como fatores de risco: diabetes, obesidade e sobrepeso, falta de fortalecimento da musculatura do joelho e pr�tica de atividade f�sica de alto impacto sem acompanhamento especializado.

Em uma popula��o com mais de 20% de obesos e quase 50% de sedent�rios (que n�o fazem nenhum tipo de fortalecimento osteomuscular), conforme dados do Minist�rio da Sa�de e da Organiza��o Mundial da Sa�de, o incentivo a preven��o no Brasil tamb�m se faz necess�rio. 

Tratamento v�lido para quadril e m�o 

“Recomenda-se o controle do peso e do diabetes, al�m da pr�tica de exerc�cio vigiado (com acompanhamento de profissionais de educa��o f�sica ou fisioterapeutas) e ado��o de uma dieta n�o inflamat�ria, com baixa ingest�o de embutidos e alimentos ricos em gordura e a��car”, orientam os m�dicos.

Al�m dos casos de artrose no joelho, podem ser tratados com essa t�cnica micro invasiva a artrose do quadril e de m�o, a s�ndrome do ombro congelado, a tendinite patelar e de Aquiles, a epicondilite lateral ou “cotovelo de tenista”, entre outros quadros de doen�as osteomusculares.