Estima-se que quase 60% da microbiota dos beb�s venham da m�e: refor�o no sistema imunol�gico no come�o da vida
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) lan�ou, nesta semana, uma campanha que busca promover o apoio � amamenta��o no ambiente de trabalho. A iniciativa � tema central da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre de 1º a 7 de agosto, e levanta a discuss�o sobre o desenvolvimento de a��es que possibilitem a alimenta��o exclusiva do beb�, com o leite da m�e, at� os seis meses de idade.
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Entre as vantagens do aleitamento materno, est�o a contra infec��es respirat�rias, diarreias e alergias; redu��o, em at� 13%, da mortalidade infantil por causas evit�veis; redu��o das chances de a m�e desenvolver c�ncer de mama e de ov�rio; e a redu��o com gastos no sistema de sa�de. A recomenda��o da OMS � que a amamenta��o exclusiva seja feita at�, pelo menos, os seis meses de idade do beb�, mas, no Brasil, a m�dia � de 54 dias.
O fim da licen�a maternidade e, consequentemente, o retorno ao trabalho, � uma das causas da interrup��o precoce do aleitamento exclusivo. “A Sociedade Brasileira de Pediatria, em conjunto com o Minist�rio da Sa�de, j� vem tentando garantir esse retorno das m�es ao trabalho da forma mais segura poss�vel no tange ao aleitamento materno”, destacou a pediatra e neonatologista Mariana Palhares Temer, do hospital Anchieta, pertencente ao grupo Kora Sa�de.
A��es para incentivar a amamenta��o no trabalho
Algumas medidas podem ser adotadas pelas empresas e poder p�blico para possibilitar a amamenta��o exclusiva at� o per�odo recomendado pela OMS. A pediatra do Anchieta cita algumas a��es, como o acesso a creches pr�ximas ao local de trabalho da m�e, sala de apoio � amamenta��o nos locais de trabalho e a licen�a maternidade de 180 dias. Hoje o tempo de afastamento da genitora do ambiente de trabalho � de 120 dias, cerca de quatro meses.
Mariana sugere ainda que as a��es podem incluir a participa��o paterna. A pediatra tamb�m chama aten��o para a responsabilidade das equipes de sa�de. “N�s tamb�m precisamos atuar junto a algumas dificuldades que a m�e possa encontrar durante seu processo de aprendizado ao aleitamento materno. Cabe �s equipes de sa�de manterem o incentivo e o apoio � amamenta��o ainda dentro da maternidade”, pontua a m�dica.
No caso de beb�s prematuros, a tarefa da amamenta��o � ainda mais importante, tendo em vista as necessidades desse grupo de rec�m-nascidos nos primeiros meses de vida. “O suporte e o apoio dos profissionais de sa�de s�o essenciais, principalmente, no aleitamento de prematuros”, ressaltou o pediatra Clodoaldo da Silveira, respons�vel t�cnico do hospital S�o Francisco, pertencente � Kora Sa�de.
A prematuridade est� associada a 75% da mortalidade neonatal. No Brasil, em m�dia, nascem seis prematuros a cada 10 minutos, o que representa uma taxa de prematuridade que varia de 11 a 12% dos nascimentos.
De acordo com o m�dico, a alimenta��o dos prematuros, especialmente com o leite materno da pr�pria m�e, traz uma s�rie de efeitos positivos para o organismo dos beb�s, como, por exemplo, melhor digest�o e absor��o de nutrientes, est�mulo � imunidade e desenvolvimento neurol�gico e cognitivo.
Mesmo quando n�o � poss�vel utilizar o leite da pr�pria m�e, a melhor op��o � o leite humano pasteurizado de doadora. “Essa � uma op��o segura e bem superior �s f�rmulas”, refor�a Silveira.
Benef�cios do aleitamento exclusivo
Para a crian�a:
• Para protege contra infec��es respirat�rias, diarreias e alergias;
• reduz em at� 13% a mortalidade infantil por causas evit�veis;
• reduz a chance de obesidade e diabetes no futuro;
• contribui para o desenvolvimento infantil; e
• tem efeito positivo na intelig�ncia.
Para a mulher:
• Reduz as chances de desenvolver c�ncer de mama e de ov�rio;
• Fortalece o v�nculo m�e e beb�;
• Reduz os riscos de hemorragia p�s-parto; e
• Reduz as chances de desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto e hipertens�o.
Para a sociedade e o planeta:
• Reduz os gastos no sistema de sa�de;
• N�o utiliza embalagens, energia, �gua e combust�veis para sua produ��o e distribui��o;
• Contribui para a melhoria da nutri��o, educa��o e sa�de.
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