Evolução das tecnologias (e clínicas) vasculares tornaram os procedimentos mais rápidos e seguros

Evolu��o das tecnologias (e cl�nicas) vasculares tornaram os procedimentos mais r�pidos e seguros

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N�o faz muito tempo, quando algu�m dizia que iria tratar varizes, logo se imaginava um extenso per�odo de recupera��o, em que a pessoa teria que internar para fazer uma cirurgia e se dedicar ao repouso. No entanto, nos �ltimos anos houve uma verdadeira revolu��o nos tratamentos de varizes, procedimentos novos que possibilitaram tratar os pacientes nos consult�rios, sem a necessidade de interna��o hospitalar.

"Aqui no Brasil, apesar dessa situa��o j� ser realidade em alguns consult�rios m�dicos, ainda existia uma grande resist�ncia da classe m�dica em abra�ar essa nova modalidade de tratamento. Apesar de ter excelentes resultados, barreiras como necessidade de altos investimentos em estrutura por parte dos vasculares, e a falta de cobertura dos conv�nios m�dicos para a maioria desses tratamentos, acabou por postergar sua aplica��o em massa por aqui", explica a cirurgi� vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Aline Lamaita.

� cada vez mais comum passar por procedimentos sem 'downtime' (com r�pida ou nenhuma recupera��o), para o paciente se manter ativo durante o processo. "A cirurgia de varizes foi substitu�da por um plano de tratamento elaborado e um tratamento estadiado (feito em etapas), dentro do consult�rio vascular", acrescenta a m�dica.

O conceito surgiu da Flebosuite, uma sala equipada para avalia��o completa vascular: com equipamento de realidade aumentada, ultrassom doppler, laser transd�rmico, resfriador de pele, material de escleroterapia e equipamento de laser endovenoso, al�m de documenta��o fotogr�fica adequada.

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"Nessa nova realidade o paciente passa por uma avalia��o minuciosa, desde a consulta, passando pelo exame f�sico, exames complementares, e assim um flebograma � desenhado, um desenho elaborado com detalhes de todo o sistema venoso do paciente", diz a m�dica.

A partir desse flebograma, um plano � tra�ado, com a combina��o de um ou v�rios procedimentos combinados, com o objetivo de melhorar a circula��o e o aspecto est�tico das pernas. "Afinal, veias diferentes pedem tratamentos diferentes, e isso vai determinar o que vai compor o seu plano de tratamento individualizado."

Saiba quais procedimentos que fazem parte desse plano de tratamento, segundo Aline Lamaita:


- Termoabla��o da veia safena: tratamento minimamente invasivo da veia safena, em que uma fibra �ptica � introduzida na veia sem a necessidade de cortes, e a veia � ent�o tratada por dentro, sendo depois absorvida pelo pr�prio organismo. "Esse hoje � considerado o padr�o ouro, ou seja, o melhor tratamento para a veia safena. Sem necessidade de repouso, apenas dois a quatro dias sem atividade f�sica", enfatiza.

- Espuma densa: inje��o de produto em formato de mousse dentro das veias mais calibrosas, substituindo a microcirurgia. Sem necessidade de repouso.

- ClaCs (Cryolaser cryoescleroterapia): "a t�cnica idealizada pelo professor doutor Kasuo Miyake combina o laser transd�rmico com escleroterapia (inje��es de glicose), tratamento adequado para veias menos calibrosas e superficiais na pele. Tamb�m pode ser utilizada para vasinhos (as famosas telangiectasias)", diz a m�dica. Sem necessidade de repouso, apenas se abster de tomar sol por um per�odo de dez dias ap�s cada sess�o.

- ATTA: t�cnica utilizada para tratamento de veias varicosas atrav�s de pun��o e passagem de fibra �ptica, sem cortes, sem repouso.

- ClaFs: associa��o de laser transd�rmico com espuma, que pode ser realizada em veias mais calibrosas e superficiais. Tamb�m n�o necessita de repouso.

Segundo a m�dica, um plano de tratamento ser� composto de um ou alguns desses procedimentos. "A decis�o por qual ou quais t�cnicas utilizar ser� feita pelas caracter�sticas das veias, mas o mais importante: os tratamentos s�o pouco invasivos, praticamente sem repouso e s�o feitos no consult�rio, sem necessidade de interna��o", aponta.