mulher segura frasco da Calixcoca

Calixcoca vence categoria de inova��o tecnol�gica e agora concorre como Iniciativa Destaque do Pr�mio Euro

Faculdade de Medicina da UFMG/Divulga��o

  
Duas vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avan�am para etapa final do Pr�mio Euro, pr�mio de inova��o em sa�de que inclui projetos de 17 pa�ses da Am�rica Latina. S�o elas a Calixcoca e a SpiN-TEC, que venceram em suas categorias e, agora, concorrem ao reconhecimento ainda maior, a categoria Destaque, que premiar� o vencedor com 500 mil euros.

A Calixcoca, vacina terap�utica contra a depend�ncia qu�mica, foi selecionada na categoria Inova��o tecnol�gica aplicada � sa�de. J� a SpiNTec, e a SpiN-TEC, o imunizante que previne a COVID-19, foi uma das vencedoras na categoria Inova��o em terapias.

Ao serem escolhidas em suas respectivas categorias, as iniciativas da UFMG j� garantiram um pr�mio de 50 mil euros. Agora elas disputam, com outros 11 projetos selecionados, a categoria Destaque, com 500 mil euros em jogo. 

A vota��o no Pr�mio Euro � on-line e exige registro em conselho de medicina em um dos pa�ses com participa��o da farmac�utica financiadora da premia��o. Podem votar profissionais de medicina com registro ativo na Argentina, Bol�via, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Equador, M�xico, Col�mbia, Guatemala, El Salvador, Nicar�gua, Panam�, Costa Rica, Honduras ou Rep�blica Dominicana.

Para votar nas iniciativas da UFMG basta clicar aqui e conhecer os trabalhos em benef�cio da sa�de. O prazo termina no dia 3 de setembro: “Contamos com o apoio da comunidade m�dica para levar essa solu��o para o bra�o de quem precisa”, refor�a o pesquisador respons�vel pela iniciativa Calixcoca e professor do Departamento de Sa�de Mental da Faculdade de Medicina, Frederico Garcia. Ele agradece a cada um que torceu, divulgou e votou na iniciativa: "Essa premia��o poder� nos ajudar a avan�ar para a etapa cl�nica e a vencer algumas das barreiras que impedem a ci�ncia brasileira de desenvolver novos medicamentos e solu��es em sa�de".

Calixcoca

Atualmente n�o existem tratamentos registrados em ag�ncias regulat�rias para a depend�ncia qu�mica em coca�na e crack. As alternativas dispon�veis s�o comportamentais ou usam medicamentos com fun��o sintom�tica, ou seja, que ajudam a tolerar a abstin�ncia ou diminuir a impulsividade.

O medicamento desenvolvido na UFMG induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam � coca�na na corrente sangu�nea. Essa liga��o transforma a droga numa mol�cula grande, que n�o passa pela barreira hematoencef�lica. “Demonstramos a redu��o dos efeitos, o que sugere efic�cia no tratamento da depend�ncia. Pensamos em utilizar o f�rmaco para evitar reca�das em pacientes que est�o em tratamento, dando mais tempo para eles reconstru�rem sua vida sem a droga”, aponta o pesquisador.
Outra possibilidade de uso foi observada nos testes em ratas gr�vidas, que produziram n�veis significativos de anticorpos “A vacina impediu a a��o da droga sobre a placenta e o feto. Observamos menos complica��es obst�tricas, maior n�mero de filhotes e maior peso do que as n�o vacinadas”, relata o professor Frederico.

Ele explica que uma vacina para a preven��o prim�ria de transtornos mentais – como no caso da prote��o aos fetos gerados por dependentes de coca�na gr�vidas que forem vacinadas – seria in�dita na psiquiatria. A patente j� foi depositada pela Coordenadoria de Transfer�ncia e Inova��o Tecnol�gica (CTIT) da UFMG.

A proposta visa enfrentar a depend�ncia em coca�na e seus derivados, como o caso do crack, que � derivado da subst�ncia. O projeto j� concluiu os testes pr�-cl�nicos e busca financiamento para avan�ar at� a etapa com humanos.

SpiN-TEC

frasco de SpiN-TEC

A SpiN-TEC � a primeira vacina 100% brasileira contra a COVID-19 e estabeleceu uma nova era na ci�ncia nacional

Virg�nia Muniz/CTVacinas

A equipe do CTVacinas vibra com o reconhecimento e com a possibilidade de impulsionar novos desenvolvimentos in�ditos de vacina com a verba distribu�da para a iniciativa vencedora.: "Pretendemos investir a maior parte dos recursos em outras vacinas ainda �rf�s de financiamento robusto: Doen�a de Chagas e zika. Temos em mente ajudar a come�ar a transi��o para os testes cl�nicos”, afirma Helton da Costa Santiago, professor da UFMG, coordenador da fase cl�nica da SpiN-TEC.

“Doen�a de Chagas ainda � uma causa muito importante de insufici�ncia e arritmias card�acas no nosso pa�s e zika ainda causa s�rios problemas de microcefalia na Am�rica Latina”, refor�a Helton Santiago.
 
Portanto, o CTVacinas refor�a o pedido para fazermos uma corrente por todo o pa�s em prol da ci�ncia brasileira. Se for m�dica ou m�dico, vote no trabalho “SpiN-Tec: plataforma de desenvolvimento de uma vacina inovadora para COVID-19 desde a concep��o”. 

“Se � m�dico com registro v�lido, ajude-nos a reconhecer as pessoas que n�o t�m medido esfor�os para mudar as perspectivas da ci�ncia brasileira”, refor�a o coordenador do CTVacinas, Ricardo Gazzinelli.

Vale destacar que o desenvolvimento da SpiN-TEC, a primeira vacina 100% brasileira, estabeleceu uma nova era na ci�ncia nacional: “Esse � o maior legado que a SpiN-TEC vai deixar para a popula��o brasileira. Brasil tem excelentes pesquisadores b�sicos e cl�nicos, mas faltava uma ponte que unisse os dois – esse era um grande gargalo na inova��o m�dica no pa�s e o CTVacinas est� conseguindo criar essa ponte e isso vai acelerar o desenvolvimento de novas vacinas de interesse para o Brasil”, afirma Helton Santiago.

Pr�mio Euro 

 O 2º Pr�mio Euro Inova��o na Sa�de, realizado pela multinacional farmac�urica Eurofarma, busca reconhecer inova��es na �rea da medicina e incentivar o desenvolvimento de solu��es que possam afetar, direta ou indiretamente para uma melhor qualidade de vida.

Inova��o tecnol�gica aplicada � sa�de; Inova��o em terapias; Inova��o em processos relacionados � sa�de e inova��o social e sustentabilidade em sa�de, s�o as quatro categorias nas quais os concorrentes podem se inscrever.

As iniciativas que quiserem concorrer ser�o julgadas com abse em cinco crit�rios: Inova��o, Relev�ncia e impacto, Consist�ncia cient�fica e metodol�gica, abrang�ncia e potencial de escala e Contribui��o do recurso do pr�mio para a iniciativa.

Os candidatos devem ser profissionais de medicina que atuem em algum dos 17 pa�ses da Am�rica Latina em que a empresa brasileira atue.

S�o eles Argentina, Bol�via, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Equador, M�xico, Col�mbia, Guatemala, El Salvador, Nicar�gua, Panam�, Costa Rica, Honduras e Rep�blica Dominicana.