Cepa seria vers�o da �micron com mais de 30 muta��es: casos em Israel e Dinamarca
Ainda sem nome oficial e de origem indefinida, uma variante do coronav�rus pode ser mais virulenta que as anteriores. Identificada, at� agora, em Israel e na Dinamarca, ela pode ter chegado ao Reino Unido e aos Estados Unidos, disseram especialistas ouvidos pelo tabloide brit�nico The Mirror. Embora a publica��o chame a cepa mutante de BA.6, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) n�o registra, por ora, o v�rus mutante — a vers�o mais recente do Sars-CoV-2 atualizada pela ag�ncia das Na��es Unidas � a eris (XBB.1.9.2), classificada como "de interesse" h� uma semana. Ela est� presente na Inglaterra, nos Estados Unidos e na China.
Os sequenciamentos foram descobertos pelo professor de ci�ncias norte-americano Ryan Hisner. Tema de uma reportagem recente da revista Nature, o docente da �rea rural de Monroe (Indiana) atraiu a aten��o de virologistas pela capacidade de detectar muta��es incomuns no Sars-Cov-2. Voluntariamente, ele analisa volumes de dados gigantescos atr�s de altera��es que possam dar origem a uma nova variante.
A primeira sequ�ncia rastreada por Hisner foi em uma amostra israelense, no domingo passado. Pelo Twitter, o professor contou que, por enquanto, os cientistas preferem chamar a prov�vel cepa de BA.X e afirmou que ela tem mais de 30 muta��es na prote�na spike. � semelhante � quantidade de altera��es da BA.1, que surgiu no ano passado, comparada � sua predecessora.
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"Os rastreadores est�o observando de perto a BA.X. Lembre-se de que existem apenas algumas sequ�ncias at� agora. Por isso, ela ainda n�o consegue competir com as variantes dominantes e pode nem decolar", afirma o bi�logo evolutivo T. Ryan Gregory, da Universidade de Guelph, no Canad�. "Mas � uma variante interessante e 'potencialmente' preocupante", afirma, destacando o "potencialmente" porque pouco se sabe sobre ela at� agora.
O registro em mais de um pa�s tamb�m chama a aten��o, segundo Gregory. "O fato de ter sido identificada em Israel e na Dinamarca � um pouco preocupante porque claramente n�o est� restrita a uma regi�o. Al�m disso, esses s�o lugares que ainda sequenciam. Ent�o, � bastante prov�vel que ela n�o tenha sido detectada em alguns outros pa�ses", explica.
Dissemina��o
Citados pelo The Mirror, cientistas afirmaram que, em breve, a variante ser� identificada no Reino Unido e nos Estados Unidos. "Tenho certeza que j� est� aqui. Se n�o, provavelmente estar� muito em breve", destacou o infectologista Thomas Moore, da Universidade do Kansas. Em um tu�te reproduzido pelo jornal, Trisha Greenhalgh, especialista em cuidados prim�rios de sa�de da Universidade de Oxford, aconselhou os brit�nicos a voltarem a usar m�scaras faciais.
"Meus v�rios grupos cient�ficos do WhatsApp est�o fervilhando. Diagramas de linhagem gen�tica voam de um lado para o outro. Entendo pouco dos detalhes, mas parece que � hora de mais uma vez usar a m�scara."
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Christina Pagel, matem�tica da Universidade College London e integrante do Grupo Consultivo Estrat�gico de Especialistas em Imuniza��o (Sage) da OMS, publicou, h� dois dias, um artigo no site da revista m�dica The British Medical Journal expressando preocupa��o com a nova variante. Embora reconhe�a que a BA.X est� em seus dias "muito precoces", ela destacou que h� muitas muta��es que a diferenciam de variantes anteriores da �micron, inclusive aquelas que fazem com que escape ao sistema imunol�gico. "Ela tem potencial maior de causar uma grande onda (de casos)", alertou.
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