A s�ndrome do olho secoo � extremamente comum e depende de aspectos gen�ticos e comportamentais dos indiv�duos. Mundialmente, h� uma preval�ncia de at� 52% dessa condi��o
Liam Welch/Unsplash
O col�rio de soro aut�logo sorotears � a nova op��o para o tratamento de v�rias condi��es oculares, como por exemplo a s�ndrome do olho seco, que pode ser desencadeada por fatores como a S�ndrome de Sjogren, artrite reumatoide, hipertireoidismo e Doen�a do Enxerto Contra o Hospedeiro (GVHD), comum entre pacientes que receberam o transplante de medula �ssea. A tecnologia foi desenvolvida pela parceria entre o Hemocentro S�o Lucas (HSL) e a Universidade Federal de S�o Paulo (UFESP).
O tratamento foi submetido ao Conselho Federal de Medicina pelo Departamento de Oftalmologia e Ci�ncias Visuais da Escola Paulista de Medicina (EPM-UNIFESP) e regulamentado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) 2018, sendo considerado um produto hemoter�pico que deve seguir a legisla��o que regula a doa��o de sangue no Brasil.
A obten��o do soro aut�logo � feita a partir do sangue do pr�prio paciente, que � processado para produzir um col�rio personalizado. Este col�rio � composto por uma variedade de fatores biol�gicos, como prote�nas, anticorpos e fatores de crescimento, que s�o espec�ficos para cada paciente.
Coleta de sangue do paciente
El�seo Sekiya, presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa Hemomed (IEP) e respons�vel pelo desenvolvimento do tratamento, explica: “O processo de produ��o do col�rio de soro aut�logo come�a com a coleta de uma pequena quantidade de sangue do paciente. O sangue � processado em um laborat�rio especializado, onde as c�lulas sangu�neas s�o separadas do soro e cont�m os componentes biol�gicos que ser�o utilizados para produzir o col�rio”.
J� em rela��o ao atendimento ao paciente que inicia o tratamento, ele come�a com a prescri��o m�dica pelo oftalmologista. A seguir o paciente ser� encaminhado ao servi�o de hemoterapia, onde passar� por um processo semelhante ao de uma doa��o de sangue para transfus�o aut�loga, com coleta de sinais vitais e teste de anemia, entrevista de triagem e coleta de sangue para produ��o do col�rio e de amostras para testes de sorologia.
S�ndrome do olho seco � extremamente comum
A disfun��o da s�ndrome do olho seco atinge, em m�dia, 13% da popula��o brasileira, de acordo com dados da Tear Film Ocular Surface Society (TFOS), maior organiza��o de educa��o e pesquisa sobre o filme lacrimal do mundo. A condi��o � extremamente comum e depende de aspectos gen�ticos e comportamentais dos indiv�duos. Mundialmente, h� uma preval�ncia de at� 52% dessa condi��o.
Segundo El�seo Sekiya, o col�rio de soro aut�logo � uma op��o de tratamento ‘inovadora e personalizada’: “Avaliamos pacientes tratados com o col�rio de soro aut�logo quatro vezes ao dia, durante tr�s meses, e os estudos mostraram uma melhora significativa nos sintomas da s�ndrome do olho seco, incluindo a redu��o da vermelhid�o e do desconforto ocular”". Al�m disso, n�o houve efeitos colaterais graves relatados.
Col�rio de soro aut�logo
“O col�rio de soro aut�logo sorotears � uma op��o de tratamento inovadora e segura para a s�ndrome do olho seco” afirma o m�dico. � importante ressaltar que esse tratamento deve ser prescrito por um m�dico oftalmologista e se voc� foi diagnosticado com a s�ndrome do olho seco, converse com seu m�dico sobre o col�rio de soro aut�logo.
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