mulher colocando colírio

A baixa umidade do ar caracter�stica do inverno � apontada como um dos fatores de risco ou de piora da doen�a do olho seco, mas nos �ltimos anos, com o avan�o das tecnologias, ela � cada vez mais associada � s�ndrome de vis�o de computador (SVC)

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A baixa umidade do ar caracter�stica do inverno � apontada como um dos fatores de risco ou de piora da doen�a do olho seco, mas nos �ltimos anos, com o avan�o das tecnologias, uma condi��o vem sendo cada vez mais associada ao problema, a s�ndrome de vis�o de computador (SVC), cujos sintomas s�o os mesmos: “Fadiga ocular e vis�o emba�ada, especialmente no final do dia, olhos irritados, vermelhos e ressecados, ard�ncia, prurido, sensibilidade � luz e sensa��o de peso nas p�lpebras s�o t�picos da SVC e da s�ndrome do olho seco”, explica o oftalmologista Jos� Alvaro Pereira Gomes.

“A exposi��o excessiva e cont�nua �s telas (smartphones, tablets, computadores) resulta em piscar menos, o que afeta a produ��o de l�grima. Um indiv�duo pisca em torno de 20 vezes por minuto, mas quando est� diante das telas esse n�mero cai para seis vezes por minuto. O filme lacrimal – l�grima – � respons�vel por manter os olhos lubrificados e serve de barreira contra infec��es. Ao piscar menos esse protetor natural evapora de forma r�pida”, descreve o oftalmologista.
 
Em virtude do crescente n�mero de casos da doen�a do olho seco – estima-se que 13 a 24% da popula��o brasileira tem a disfun��o – foi criada a campanha mundial Julho Turquesa, que no Brasil � fruto de uma parceria entre a Associa��o dos Portadores de Olho Seco (APOS) e a Tear Film Ocular Surface Society (TFOS).

oftalmologista José Alvaro Pereira Gomes

Olho seco: fadiga ocular, vis�o emba�ada, olhos irritados, vermelhos e ressecados e ard�ncia s�o alguns dos sintomas apontados pelo oftalmologista Jos� Alvaro Pereira Gomes

Arquivo Pessoal
 

“A iniciativa tem o objetivo de esclarecer e alertar a popula��o para o diagn�stico da doen�a e os tratamentos dispon�veis. Da mesma forma, busca informar sobre os fatores de risco, que n�o se resumem � expans�o do uso de computadores, celulares e tablets. Tamb�m interferem na forma��o de l�grimas ou em sua qualidade agentes de ordem ambiental, com o aumento da polui��o nos centros urbanos e uso do ar condicionado, a chegada da menopausa, lentes de contato e doen�as autoimunes”, informa Jos� Alvaro, que tamb�m � fundador da APOS.  

L�grimas artificiais 

L�grimas artificiais, medicamentos sist�micos, luz pulsada, lentes de contato esclerais s�o algumas das terap�uticas poss�veis: “Em casos mais graves podem ser indicados procedimentos cir�rgicos, como tarsorrafia e transplante de conjuntiva, mucosa labial ou at� mesmo de gl�ndulas salivares. Vale frisar que o tratamento � individualizado e definido de acordo com os fatores que desencadeiam o olho seco no paciente, considerando risco/benef�cio e custo”, explica Jos� Alvaro Pereira Gomes.