Reprodu��o assistida: a t�cnica para enfrentar a infertilidade

A express�o “reprodu��o assistida” ainda � distante da maioria da popula��o brasileira. N�o � raro encontrar pessoas que presumem ser apenas insemina��o artificial ou fertiliza��o in Vitro. � importante entender que a reprodu��o assistida � um conjunto de t�cnicas e tratamentos, alguns de baixa complexidade, que s�o usados para enfrentar a infertilidade. 

A m�dica especialista Cl�udia Navarro explica que a reprodu��o assistida tem sido cada vez mais buscada, visto que as mulheres brasileiras t�m se tornado m�es em idades cada vez mais tardias - reflexo de uma mudan�a social. Hoje, muitas mulheres t�m priorizado os estudos e a carreira profissional antes de formar  uma fam�lia.



Para dar mais detalhes sobre o tema, Cl�udia explicou o que � a reprodu��o assistida e respondeu a alguns questionamentos sobre a medicina reprodutiva:

Trata-se de um conjunto de diferentes t�cnicas m�dicas usadas para auxiliar o processo de fecunda��o de uma mulher. Elas podem ser de baixa complexidade, como a rela��o sexual programada e a insemina��o intrauterina (IIU) ou de alta complexidade, como a fertiliza��o in Vitro (FIV). 

Os procedimentos t�m boas chances de sucesso, mas o casal deve saber administrar as expectativas e entender que nem sempre esses processos apresentam resultados j� na primeira tentativa. S�o muitas vari�veis para se ter uma gesta��o sem intercorr�ncias e um beb� sadio. Entre eles a idade da mulher, doen�as pr�-existentes, altera��es gen�ticas e h�bitos de vida. Assim, o tratamento deve sempre ser individualizado. 

O casal deve procurar ajuda m�dica quando estiverem tentando engravidar h� um ano ou mais (pelo m�todo natural), sem sucesso. Mulheres acima de 35 anos devem buscar atendimento ap�s seis meses de tentativas. Quando um dos parceiros j� sabe que � portador de algum tipo de infertilidade, tamb�m � necess�rio buscar ajuda assim que decidirem pela gravidez. 

Idade f�rtil compreende o per�odo entre a menarca (primeira menstrua��o) e a menopausa (�ltima menstrua��o). Os 20 anos s�o a faixa et�ria mais f�rtil. Aos 32 anos, � comum que a fertilidade apresente um decl�nio lento e, ap�s os 35 anos, principalmente ap�s os 37, o n�mero de �vulos � drasticamente reduzido. Aos 40, as chances de gravidez natural se reduzem a 7% e aumentam os riscos de abortos espont�neos, malforma��o gen�tica e problemas de sa�de do beb�.

A mulher jovem que j� planeja ser m�e com uma idade mais avan�ada deve buscar o congelamento de �vulos. O congelamento � uma t�cnica em que s�o extra�dos �vulos, preferencialmente antes dos 35 anos, e eles s�o mantidos congelados em tanques de nitrog�nio. A mulher recorre a eles quando quiser e, nesse momento, ser� submetida a uma FIV.

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S�o v�rias, algumas de baixa complexidade, como o coito programado - que � a programa��o de rela��es sexuais em dias mais f�rteis da mulher - e a insemina��o intrauterina - que � quando os espermatozoides s�o injetados no �tero da mulher por meio de um cat�ter para que haja a fecunda��o natural. E temos as t�cnicas de alta complexidade, como a fertiliza��o in Vitro e a inje��o intracitoplasm�tica de espermatozoides (ICSI). 

A FIV � a fecunda��o feita em laborat�rio. O �vulo, depois que recebe os espermatoz�ides, � mantido em estufa sob a mesma temperatura do corpo feminino. Ent�o, o embri�o � introduzido no �tero da mulher. Essa t�cnica costuma ser indicada para casos mais graves, como altera��es tub�rias, endometriose ou fator masculino. A ICSI � uma varia��o da FIV, e a diferen�a est� na inje��o do espermatoz�ide no �vulos, feita por uma micropipeta. Normalmente, a ICSI � feita quando h� infertilidade masculina mais grave ou quando a mulher tem idade mais avan�ada. A indica��o deve ser sempre individualizada.