Carolina Martins Vieira, oncologista do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte

Drogas do grupo de terapias-alvo e o emprego da medicina de precis�o para estabelecer tratamento individualizado s�o alternativas para o c�ncer de mama, como destaca Carolina Martins Vieira, oncologista do Grupo Oncocl�nicas Belo Horizonte

Arquivo Pessoal


O c�ncer de mama lidera o ranking dos tumores que mais afetam a popula��o global, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), com mais de 2,2 milh�es de casos ao ano. No Brasil, s�o estimadas 73.610 ocorr�ncias para o tri�nio de 2023 a 2025, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (Inca), o que corresponde a 30% de todas as neoplasias que acometem as mulheres, � exce��o do tumor de pele n�o melanoma. Decorrente aos constantes estudos cient�ficos, surgem novas estrat�gias na abordagem do c�ncer de mama em seus diferentes est�gios e subtipos, como as drogas do grupo de terapias-alvo e o emprego da medicina de precis�o para estabelecer um tratamento individualizado, como pontua Carolina Martins Vieira, oncologista do Grupo Oncocl�nicas Belo Horizonte.

“Os anticorpos monoclonais droga-conjugada (ADCs) para o c�ncer de mama avan�ado podem ter maior efic�cia quando comparados � quimioterapia convencional, com perfil de toxicidade inclusive favor�vel. A droga Trastuzumabe deruxtecana, aprovada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), � indicada para tumores HER2 positivo, bem como em pacientes com baixa express�o de HER2, em cen�rios de doen�a avan�ada. J� o Sacituzumabe govitecana pode ser empregado em casos de neoplasia de mama metast�tica triplo-negativo ou com express�o de receptores hormonais (RH+) metast�tico ap�s exposi��o pr�via ao tratamento hormonal e a pelo menos duas linhas adicionais de tratamento sist�mico e positivo metast�ticos”, explica a oncologista. 
 
Outra importante conquista s�o os inibidores de ciclina (CDK – abemaciclibe, palbociclibe, ribociclibe), que tiveram parecer favor�vel para incorpora��o junto ao Sistema �nico de Sa�de (SUS), no cen�rio metast�tico; e os inibidores de PARP (olaparibe, rucaparibe e niraparibe), que tiveram benef�cio comprovado como tratamento adjuvante, al�m de no contexto paliativo. “O inibidor abemaciclibe demonstrou aumento de sobrevida global em mulheres com tumores de mama RH /HER2- no cen�rio paliativo e aumento de sobrevida livre de doen�a invasora no cen�rio adjuvante. J� em pacientes com muta��o heredit�ria nos genes BRCA 1 e BRCA 2, o medicamento olaparibe trouxe impacto em sobrevida global quando indicado no tratamento adjuvante de pacientes com alto risco de recidiva”, afirma a m�dica.

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Primeiro passo para a cura: mamografia

Carolina Vieira ressalta que o primeiro passo na cura do c�ncer de mama � a realiza��o de exames preventivos para o diagn�stico precoce. “A mamografia pode auxiliar na detec��o precoce da doen�a. Dentre suas vantagens est�o a redu��o da mortalidade pela doen�a, diminui��o dos traumas f�sicos (tratamento em fases mais precoces), maior sobrevida, arrefecimento dos traumas familiares e o menor custo para sociedade relacionado � perda de um indiv�duo produtivo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Col�gio Brasileiro de Radiologia e Diagn�stico por Imagem (CBR) e a Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (FEebrasgo) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade”.