Quadro clínico se caracteriza por algia em membros inferiores à noite, podendo ser intensa a ponto de acordar a criança

Quadro cl�nico se caracteriza por algia em membros inferiores � noite, podendo ser intensa a ponto de acordar a crian�a

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Chegou a hora de dormir e ao deitar a crian�a se queixa de um inc�modo nas pernas? Isso pode ser "dor de crescimento". A condi��o acomete de 10% a 20% das crian�as, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e deve ser diferenciada de outras causas presentes em doen�as mais s�rias.

Para a ortopedista do Grupo Prontobaby, Carla de Oliveira Alves Puell, embora n�o exista comprova��o cient�fica de que o crescimento provoque esse sintoma, o quadro cl�nico se caracteriza por algia em membros inferiores � noite, podendo ser intensa a ponto de acordar a crian�a.

"Normalmente surge dos tr�s aos sete anos de idade, e pode estar relacionada ao per�odo de maior desvio de eixo fisiol�gico dos membros inferiores do desenvolvimento. As atividades realizadas ao longo do dia sobrecarregam a musculatura e se manifestam no per�odo noturno", comenta a m�dica.

Segundo a SBP, as crises podem acometer ambos os sexos e est�o mais relacionadas ao biotipo e as atividades f�sicas di�rias. Em 80% dos casos � localizada na parte anterior das coxas, canelas, panturrilhas e atr�s dos joelhos, sendo raro o envolvimento dos membros superiores.

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De acordo com a ortopedista, o tratamento para ameniz�-la pode ser massagem e calor local, por ter origem muscular. "Se essas medidas n�o forem suficientes, vale utilizar analg�sicos, com orienta��o m�dica", sinaliza.

Para os pais que se questionam se o problema pode ser confundido com outra doen�a, a especialista � categ�rica ao falar que qualquer queixa deve ser investigada em conjunto a diferentes sintomas que possam estar presentes.

"A dor do crescimento n�o � incapacitante e nem tem sinais associados. Caso o paciente apresente febre, edema, equimose, hematoma, limita��o de movimento, deve haver uma investiga��o cl�nica e laboratorial de processos infecciosos ou les�es tumorais", recomenda.

A SBP esclarece que o grau de ansiedade ser� reduzido quando a fam�lia compreender e aceitar que as dores s�o benignas e desaparecer�o at� o fim da inf�ncia.