Salum ressaltou o cuidado no processo para contrata��o de estrangeiros. Em sua avalia��o, Z�rate estava em outro patamar entre os nomes avaliados pelo Am�rica.
"A gente trabalha, hoje, com uma oferta muito grande de estrangeiros. Cada estrangeiro contratado hoje no Brasil, mais da metade 'passou na minha m�o'. � dif�cil, porque o estrangeiro tem que passar por duas adapta��es: a adapta��o ao seu time e a do pa�s. Em n�vel intermedi�rio, a chance de voc� errar � maior", analisou.
"N�s fizemos an�lise, selecionamos alguns jogadores. O Z�rate, quando surgiu, ficamos entusiasmados. Fizemos uma pesquisa dele, grande. Conversamos na Argentina com amigos. Todos elogiando o jogador tecnicamente. Dizendo que o momento era dif�cil quando saiu do Boca, mas que ainda joga em alto n�vel e que queria jogar no Brasil", disse.
Fator Mancini
Salum ressaltou o papel do t�cnico Vagner Mancini para a concretiza��o da negocia��o. De acordo com o coordenador de futebol, uma boa estrat�gia para convencer um jogador � fazer com que ele sinta confian�a no projeto a partir da vis�o do treinador.
Ele destacou a conversa entre Mancini e Z�rate, antes do acerto, como fator 'decisivo'. Segundo Salum, o jogador se mostrou entusiasmado com o projeto americano e com as ideias do t�cnico de 54 anos.
O dirigente tamb�m revelou um di�logo com Mancini antes da vit�ria por 2 a 0 sobre o Cear�, quando foi praticamente 'selada' a contrata��o de Z�rate.
"Ele (Z�rate) n�o abriu m�o de nada na negocia��o. Por isso, demorou um pouquinho. Comigo, � dif�cil, porque eu sou chato para negociar (risos). Todo mundo me conhece. Depois que estava tudo encaminhado, domingo, antes do jogo, chamei o Mancini no campo e falei: 'Eu vou trazer um craque. Eu preciso de voc�'. Ele gosta muito de jogadores de for�a, e o Z�rate � mais t�cnico. 'Posso contar com voc�?', perguntei. 'Sou seu parceiro. Pode contar comigo', o Mancini respondeu", contou.
Conversa com o atleta
Ap�s o acerto, Salum teve a possibilidade de conversar pessoalmente com Z�rate em Belo Horizonte. Ao atleta, o dirigente frisou a organiza��o do Am�rica, mas ressaltou que n�o se trata de um clube rico - como outros que o atacante defendeu na carreira.
"Fiquei muito feliz com a repercuss�o. Quando encontrei com ele para conhecer melhor, eu fiquei muito feliz. Quer jogar em alto n�vel. � um 'menin�o', e n�s vamos cuidar bem dele. Eu disse: 'Preocupa em jogar bola, Z�rate. No Am�rica, voc� vai receber em dia, vai ter toda estrutura. Mas n�o somos um clube rico. Quero que voc� saiba disso. Tudo organizado, tudo de primeira, tudo por sua conta - mas n�o somos ricos'. Ele me agradeceu muito e se mostrou muito animado", disse.
'Grana' em jogo
Questionado sobre a parte financeira da contrata��o, Marcus Salum ressaltou o trabalho em equipe da dire��o do Am�rica. O dirigente explicou, mais uma vez, que sempre trabalha 'um passo � frente' daquilo que arrecada. Ele avaliou Z�rate como a contrata��o 'de maior vulto' da hist�ria do clube.
"N�s somos muito entrosados. Eu trabalho com o Dower (Ara�jo) do meu lado, com o Euler (Ara�jo) do meu lado, controlando tudo. Eu pensava: na hora certa, de dar uma arriscada, eu preciso do or�amento. E estava programado esse valor. � l�gico que eu trabalho gastando mais do que eu arrecado, como sempre fiz. Voc� tem que dar sempre um passo acima, mas n�o dois para n�o conseguir repor. � um passo ousado. � o jogador mais caro que eu j� contratei na minha vida. A contrata��o de maior vulto do Am�rica", afirmou.
Confian�a na perman�ncia
Por fim, Salum demonstrou otimismo com rela��o � perman�ncia do Am�rica na S�rie A do Campeonato Brasileiro. Neste momento, o clube mineiro ocupa a 17ª coloca��o na tabela, com 18 pontos.
O dirigente ressaltou o planejamento da diretoria para a temporada e destacou uma 'mudan�a de paradigma' na filosofia de trabalho dentro do clube. '� para fazer diferente', garantiu.
"Se ele fez 17 pontos em 13 jogos, voc� pega o percentual, eu estaria muito longe do rebaixamento. E o trabalho est� melhorando. Jogadores voltando, houve COVID-19... o Berr�o estreou. Eu tenho muita esperan�a que vai dar certo e que n�s vamos ter sucesso. O que eu resolvi fazer? Mudar o paradigma. Porque se a gente segura, segura, segura, voc� acaba sempre fazendo a mesma coisa. Esse ano, eu n�o fiz isso. Trouxemos o Berr�o, que tamb�m � um jogador de nome, vai ajudar muito. Trouxemos um jogador de ponta... � para fazer diferente. � para dar um recado diferente", encerrou.