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Estado de Minas

Grupo de cientistas questiona a veracidade da evolu��o darwiniana

Cientistas afirmam que a vida � resultado da a��o de um projeto intencional. O assunto ser� discutido este m�s no 1� Congresso Brasileiro de Design Inteligente


postado em 03/11/2014 09:47 / atualizado em 03/11/2014 09:51


A veracidade da evolu��o darwiniana, considerada incontest�vel pela ci�ncia durante quase 150 anos, est� sendo questionada por um grupo de cientistas, que acreditam que aquilo que trouxe a vida at� aqui n�o foi a a��o exclusiva das for�as dos processos naturais n�o guiados, e sim resultado da a��o de um projeto intencional. � o que sustentam os cientistas adeptos da Teoria do Design Inteligente (TDI), segundo a qual fomos planejados por uma a��o inteligente. A ideia � que h� eventos do universo e aspectos da vida que nem em milh�es de anos seriam viabilizados a partir da evolu��o, como prega a teoria darwiniana. Isso significa, entre outras coisas, que o nosso t�o cantado parentesco com os chimpanz�s nunca existiu (por falta de tempo e de evid�ncias).

Marcos Eberlin, doutor em qu�mica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e p�s-doutor pelo Laborat�rio Aston de Espectrometria de Massas da Universidade Americana de Purdue (EUA), explica que os chimpanz�s t�m 24 pares de cromossomos e n�s, apenas 23 e que os DNAs das duas esp�cies s�o 33% diferentes e as prote�nas, 80%. “A fus�o cromoss�mica que se imaginou um dia reduzir nossos cromossomos de 24 para 23 nunca ocorreu. O cromossomo � a coisa mais preservada do mundo, ningu�m mexe em software. Nosso cromossomo Y � totalmente diferente do cromossomo Y dos chimpanz�s, e somos t�o parecidos com eles em cromossomo Y como o somos com as galinhas”, afirma o qu�mico. O assunto ser� discutido durante o 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, que reunir� a comunidade cient�fica e interessados para debater a teoria, que prop�e uma reinterpreta��o dos dados cient�ficos sobre os eventos que deram origem � vida e ao universo. O evento ocorrer� de 14 a 16 deste m�s, no resort The Royal Palm Plaza, em Campinas (S�o Paulo).

“Hoje, a academia cient�fica vive uma situa��o muito estranha. Desde o iluminismo que Darwin, ao investigar o universo e sua origem, prop�s a sua Teoria da Evolu��o. Mas o que a gente tem at� aqui � o efeito. Agora queremos saber quem � o autor”, diz Eberlin. Segundo ele, desde os prim�rdios da humanidade, sabe-se que s�o duas as possilidades para a origem da vida e do universo: os processos naturais n�o guiados ou uma a��o inteligente, uma mente, um ser consciente, consistente e coerente que pode ter sua obra identificada pela ci�ncia, embora n�o se saiba quem ele seja. Na avalia��o do cientista, o que ocorre h� 150 anos � que a ci�ncia mundial eliminou “pr�-conceituosamente” a a��o sobrenatural como uma da causas pro�veis para a origem da vida.

Cunho cient�fico

Kelson Motta T. Oliveira, doutor em fisioqu�mica pela Universidade de S�o Paulo (USP), professor de fisioqu�mica da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e coordenador do Grupo de Pesquisa em Qu�mica Te�rica e Computacional da mesma universidade, defende que a TDI � uma abordagem de cunho cient�fico, e n�o religioso, ainda que sua premissa b�sica seja a de que o funcionamento das coisas tal qual as vemos hoje n�o � fruto de colis�es ao acaso e de uma evolu��o n�o racional, mas de um planejamento inteligente. Entre os membros dessa comunidade cient�fica, existem representantes de ateus, agn�sticos, cat�licos, batistas e de muitas outras religi�es, mas isso, segundo Kelson, � irrelevante para a fundamenta��o te�rica da TDI.

“� poss�vel encontrar marcas desse planejamento em todos os projetos da natureza”, afirma. Por tr�s dessa ideia, estaria o fato de que, pela complexidade, os sistemas biol�gicos n�o podem ser reduzidos a valores inferiores, como prega a teoria darwiniana. “Se voc� olhar para tr�s e pensar na evolu��o, estar� dizendo que os sistemas biol�gicos mais evolu�dos e atuais s�o fruto de sistemas menos evolu�dos. O problema � que n�o importa o sistema biol�gico, voc� n�o consegue demonstrar um sistema de complexidade mais reduzido que tonou-se mais evolu�do. S� � poss�vel encontrar sistemas biol�gicos irredut�veis em termos de complexidade”, esclarece Oliveira.

O cientista Marcos Eberlin e o papa da TDI, o bioquímico americano Michael Behe, autor de A caixa preta de Darwin, lançam novo olhar sobre os eventos que deram origem ao universo(foto: Arquivo Pessoal)
O cientista Marcos Eberlin e o papa da TDI, o bioqu�mico americano Michael Behe, autor de A caixa preta de Darwin, lan�am novo olhar sobre os eventos que deram origem ao universo (foto: Arquivo Pessoal)
O professor afirma, ainda, que a premissa darwiniana aceita que sequ�ncias de DNA e RNA foram formadas ao acaso, ao longo do tempo. N�o h� qualquer preocupa��o em comprovar tais afirma��es com c�lculos de varia��o de energia e estabilidade, os quais s�o relativamente f�ceis de executar. Em seus c�lculos, a possibilidade de duplica��o ao acaso de duas cadeias id�nticas de prote�na, contendo cada uma 100 amino�cidos, � de 10 elevado a -130 de o evento ocorrer. Isso quer dizer que s�o chances desprez�veis. Para que tal fen�meno pudesse ocorrer, seriam necess�rias 10.112 tentativas de duplica��o a cada segundo, desde que o universo foi criado. “Somente uma f� insana e absurda explicaria esse disparate”, afirma o professor.

 

Por tr�s do c�digo gen�tico
“Um s�culo e meio depois que foi criado esse paradigma da ci�ncia, a gente percebe que ele n�o est� sendo capaz de responder �s quest�es sobre a origem da vida. A experi�ncia fala contra os processos naturais n�o guiados. Isso est� cada vez mais evidente”, concorda o cientista Marcos Eberlin. Segundo ele, descobertas feitas durante o projeto Genoma Humano – uma iniciativa internacional iniciada em 1990, com o objetivo de identificar e fazer o mapeamento dos genes existentes no DNA das c�lulas do corpo humano, determinar as sequ�ncias das 3 bilh�es de bases qu�micas que comp�em o DNA humano e armazenar essas informa��es em bancos de dados acess�veis – revelaram que existe uma intelig�ncia “absurda” por tr�s do c�digo gen�tico.

“S�o, pelo menos, oito c�digos embutidos dentro de um mesmo c�digo. � como se os arquivos estivessem zipados ou mesmo encriptados, com informa��es interligadas em v�rios n�veis de codifica��o”, explica o cientista. Segundo ele, aquilo que a evolu��o um dia acreditou ser “lixo” do DNA agora � considerado metainforma��o, ou seja, � a informa��o que rege a informa��o. “Isso quer dizer que nada menos do que 97% do DNA, que se acreditava ser res�duo deixado pela evolu��o, se sabe hoje que s�o instru��es de como usar os outros 3%”, comenta.

Combina��es

Marcos Eberlin explica que o c�digo gen�tico do DNA est� disposto em quatro bases, alinhadas de tr�s em tr�s, o que resulta em 64 c�dons ou combina��es. “Ocorre que temos apenas 20 amino�cidos. Acreditava-se que isso era um exagero da evolu��o de um processo natural n�o guiado, mas, hoje, j� se sabe que � uma estrat�gia de intelig�ncia extrema”, observa o qu�mico. Quem fez isso, segundo relata um artigo cient�fico recente, criou c�digos diferentes para conectar na prote�na, sendo formado o mesmo amino�cido, mas com velocidades diferentes, sabendo de antem�o que, para cada tipo de prote�na, seria necess�rio um tempo diferente de liga��o, com o objetivo de oferecer o tempo certo para que a prote�na se enovele corretamente. Um ajuste extremamente elegante e fino de velocidade de fabrica��o.

O que a TDI pretende � que as duas causas prov�veis da origem do universo e da vida – a a��o de processos naturais n�o guiados ou o planejamento inteligente – sejam recolocadas em pauta na mesa das discuss�es cient�ficas sobre as origens do cosmos e da vida. “Para todas as outras quest�es, a ci�ncia trabalha sempre com essas duas causas prov�veis. Mas quando se trata da origem da vida, a ci�ncia naturalista tem simplesmente fechado seus olhos para a segunda probabilidade”, alerta Eberlin. (ZF)

Enquanto isso...
... Princ�pio supremo

No in�cio da semana passada, o papa Francisco afirmou que a Teoria da Evolu��o e o bigue-bangue s�o reais, criticando a interpreta��o das pessoas que leem o G�nesis, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha m�gica capaz de criar todas as coisas”. Para ele, a cria��o do mundo “n�o � obra do caos, mas deriva de um princ�pio supremo, que cria por amor” e o bigue-bangue n�o contradiz a interven��o criadora, mas a exige. A declara��o, feita pelo pont�fice na inaugura��o de um busto de bronze em homenagem ao papa em�rito Bento XVI, repercutiu positivamente na comunidade cient�fica.

 


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