Um foragido da Justiça por estupro foi morto por um policial militar de folga em Cambuí, no Sul de Minas. Os dois entraram em luta corporal e, em seguida, o suspeito apresentou dificuldades respiratórias, de acordo com a Polícia Militar.
O homem foi identificado como Agenicio Domingues César. A PM não confirmou desde quando ele estava foragido. O caso foi registrado como lesão corporal seguida de morte.
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Cabo Cunha recebeu voz de prisão em flagrante, segundo o boletim de ocorrência ao qual o Estado de Minas teve acesso. Não há informações sobre se o policial foi liberado após ser encaminhado à delegacia. A ocorrência será investigada e deverá ser tratada como legítima defesa.
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Policial estava de folga quando reconheceu o foragido
O caso aconteceu por volta das 17h de domingo (28/9), em uma área de camping de uma cachoeira no bairro rural Pessegueiro. Segundo a PM, Cabo Cunha estava de folga com a família quando reconheceu o foragido, que tinha mandado de prisão em aberto por estupro.
De acordo com o boletim, Agenicio chegou ao local por volta de 16h55, em um Fiat Uno. Ele foi ao bar e pediu uma cerveja, mas, ao notar a presença do policial, retornou para o carro.
Nesse momento, o militar acionou colegas de plantão via WhatsApp. Quando percebeu que o homem tentava fugir, foi até o veículo para abordá-lo. Houve resistência e os dois entraram em luta corporal.
Homem teve dificuldades para respirar e morreu
Segundo o registro, os dois caíram no chão, e o policial utilizou técnicas de defesa pessoal e imobilização para conter o suspeito. O proprietário da área confirmou à polícia que o homem tentou fugir e agrediu o PM durante a abordagem.
Durante a imobilização, Agenicio apresentou dificuldades respiratórias. Uma enfermeira que estava no local ajudou o militar a prestar os primeiros socorros, realizando manobras de reanimação. Em seguida, uma viatura o levou ao hospital, mas ele já chegou sem vida.
A PM apreendeu o Uno usado pelo suspeito, que tinha marcas de sangue nas rodas, e uma corda que teria sido usada na contenção. A perícia da Polícia Civil esteve no local.
“Segundo Cabo Cunha, a ação do militar se pautou na estrita legalidade, em razão do mandado de prisão vigente contra o autor. Foram empregados apenas os meios necessários para cessar a agressão e garantir a efetivação da prisão, cessando-se o uso da força tão logo o indivíduo foi contido. Mesmo lesionado, o policial empenhou esforços imediatos para preservar a integridade do detido, providenciando socorro e acionando apoio para a condução ao hospital”, consta no boletim.
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O Estado de Minas procurou a Polícia Civil, que informou, por meio da assessoria de comunicação, que o caso segue em investigação interna da PMMG e só será repassado à PCMG após a conclusão das apurações. Também foi feito contato com a sala de imprensa da PMMG, que ainda não respondeu.
Jornalista Iago Almeida / Especial para o EM