Intoxicação por metanol: caso suspeito em Minas está sob investigação
Em todo o país, já há 200 casos de possíveis intoxicações, distribuídos por 15 estados diferentes
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O Ministério da Saúde informou, por meio de boletim, nesta segunda-feira (6/10), que o Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol. Desse total, 15 ocorreram no estado de São Paulo e outros dois no Paraná. Há ainda 200 casos sob investigação, um dos quais em Minas Gerais.
Investigações sobre possíveis intoxicações por metanol ocorrem em nada menos que 15 estados brasileiros: além do caso em Minas Gerais, há notificações em São Paulo (164), Paraná (2), Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).
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Em relação às mortes, duas ocorreram em São Paulo e 12 seguem em investigação. Há um caso no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
Minas Gerais teve outro caso suspeito de contaminação por metanol, que ocorreu em Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce. O Ministério da Saúde confirmou a possibilidade de intoxicação pela substância, mas, em seguida, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) descartou tal hipótese.
Mais celeridade
Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (6/10), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal pretende ajudar o estado de São Paulo, que concentra a maioria dos casos suspeitos, a ter mais celeridade na confirmação da contaminação por metanol, por ingestão de bebidas alcoólicas.
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Segundo o ministro, dois laboratórios serão referência para os exames: um na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O ministro anunciou parceria formal com a Unicamp, que conta com a estrutura do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), com capacidade para realizar cerca de 190 exames por dia.
"Esses exames podem, por exemplo, ajudar a resolver a dúvida sobre casos confirmados no estado de São Paulo, que é onde se concentra (onde há) uma brutal concentração dos casos", disse o ministro. A Unicamp pode, segundo ele, receber amostras de outros estados que eventualmente queiram usar a estrutura como referência para determinar se um caso é confirmado ou não.
Apoio
Além da Unicamp, o ministro anunciou que a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, também colocará um laboratório à disposição não só de São Paulo, mas de outros estados "com algum tipo de dificuldade para realizar o exame de detecção do metanol para confirmação ou não", afirmou.
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Com o intuito de agilizar os diagnósticos, o ministro recomendou que os profissionais de saúde façam a notificação de cada suspeita. "Não tem que esperar a confirmação do caso para começar o tratamento", concluiu Padilha. (Com Agência Brasil)