Numa ação conjunta, deflagrada na manhã desta quarta-feira (8/10), os ministérios públicos de Minas Gerais e do Ceará deflagraram a operação Falsa Toga, que tem objetivo de desarticular uma organização criminosa cujos integrantes se passavam por promotores de Justiça para cobrar falsas fianças a familiares de presos.

No total, 13 endereços foram alvos de busca e apreensão nas cidades cearenses de Maracanaú, Fortaleza, Chorozinho, Cascavel, Pacatuba e Boa Viagem. Foram decretadas 16 prisões preventivas, sendo que 12 pessoas foram presas na parte da manhã.

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), do MPMG, e conta com a participação das polícias Civil e Militar, em Minas Gerais, e da Polícia Civil, no Ceará.

Investigações apontaram que o grupo telefonava para parentes de detentos em Minas Gerais e se identificavam, falsamente, como membros do Ministério Público. Falavam sobre a possibilidade de expedição de alvará de soltura, mediante pagamento imediato.

A operação identificou as pessoas que recebiam esse dinheiro. Por meio de análise dos extratos bancários, a investigação detectou fluxo constante de transferências entre diversas contas de um pequeno grupo de titulares, numa tentativa flagrante e coordenada de se ocultar a origem do dinheiro recebido.

As investigações apontaram ainda que a coordenação do grupo tinha como modo usual a abertura e encerramento de contas bancárias e de linhas telefônicas.

Os criminosos utilizavam diversos chips para se comunicarem, que logo eram dispensados, uma característica na comunicação de grupos criminosos. Alguns dos investigados têm histórico de fraudes similares, o que reforça a suspeita.

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