A ginecomastia, condição caracterizada pelo aumento do volume das mamas em homens, atinge entre 5 e 10% dos homens e, embora possa afetar todas as faixas etárias, a puberdade é um período de grande vulnerabilidade para os jovens que lidam com essa condição.

A ginecomastia pode ser resultado do crescimento da glândula mamária, com ou sem acúmulo de gordura. As causas são variadas e incluem fatores hormonais, uso de anabolizantes e obesidade. "O diagnóstico é clínico, mas, muitas vezes, é necessário realizar exames complementares, como perfil hormonal e exames de imagem, para identificar a causa da ginecomastia", explica o cirurgião plástico Fernando Amato.

Para os adolescentes, o impacto vai além do físico. "A ginecomastia pode causar desconforto, insegurança, vergonha e perda da autoconfiança", afirma o médico. Em uma fase da vida marcada pela busca por aceitação e identidade, a condição pode levar ao isolamento social e dificuldade em participar de atividades esportivas, afetando a qualidade de vida.

Tem tratamento?

A ginecomastia tem tratamento. Remédios para bloquear os hormônios que causam esse crescimento da mama, principalmente quando o crescimento tem menos de um ano, podem ser indicados. Nesses casos iniciais, endocrinologistas ou mastologistas podem ser os profissionais indicados para realizar o tratamento.

No entanto, quando a condição persiste após um ou dois anos e o tratamento medicamentoso não surte efeito, a abordagem cirúrgica torna-se uma opção viável. É feita a ressecção da glândula mamária, com pequenas incisões, geralmente realizadas ao redor da aréola do mamilo para minimizar cicatrizes visíveis”, explica Fernando.

Ainda na cirurgia, pode ser realizada a remoção do tecido mamário, da gordura e, em alguns casos, o excesso de pele. Técnicas combinadas, como a lipoaspiração, podem ser usadas para remover o excesso de gordura, assim como o uso de tecnologias que utilizam a radiofrequência para tratamento e prevenção da flacidez de pele.

"A recuperação pode levar de uma a três semanas, dependendo de como foi a cirurgia, e atividades físicas sempre com mais de um mês", pontua o cirurgião. O uso de uma malha compressiva no pós-operatório pode ajudar a evitar a formação de seromas e diminuir o inchaço.

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