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Estado de Minas COLUNA

Trabalho: fonte de vida

Curas e descobertas atrav�s da Vis�o Sist�mica


29/04/2023 07:50 - atualizado 29/04/2023 07:57
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Duas silhuetas de cabeças olhando uma para a outra. Dentro delas e entre elas, há várias engrenagens.
(foto: Reprodu��o)

Dia 1º de maio ser� celebrado o Dia do Trabalho. E o que vem a ser trabalho?
 
Inicialmente, vamos compreender trabalho como um conjunto de atividades realizadas para alcan�ar um objetivo. Podemos fazer um trabalho acad�mico, volunt�rio, social, dom�stico, manual ou art�stico. Sendo assim, trabalhar se refere a exercer uma determinada atividade que pode ou n�o ser remunerada. 


J� a profiss�o est� relacionada � �rea de atividade em que um determinado indiv�duo se dedica a aprender para obter expertise. � definida pelo conhecimento que a pessoa adquire por meio de cursos, pr�ticas, especializa��es que podem comprovar e formalizar as suas habilidades. 

Para exemplificar um pouco mais a diferen�a entre o sentido das palavras, trago uma fala de M�rio S�rgio Cortella, que diz: a gente pode entender emprego como meio, mas trabalho, jamais. H� uma distin��o entre trabalho e emprego: trabalho � fonte de vida, emprego � fonte de renda. Meu trabalho � aquilo que fa�o para que minha vida tenha sentido. H� pessoas que n�o t�m emprego e trabalham, fazem trabalho volunt�rio, cuidam da casa e de outras pessoas.
 
O ideal � quando o emprego coincide com o trabalho. Nessa hora, evidente que o trabalho � fonte de vida, mas tamb�m meio de vida. A gente n�o pode imaginar o trabalho somente como algo que fa�o para conseguir outras coisas. Ele tamb�m � resultante de uma obra, de uma coisa que me alegra, me anima, me faz crescer e me eleva.

N�o devemos aceitar o trabalho como um sofrimento cont�nuo. Nesse caso, � urgente rev�-lo e procurar uma forma de mud�-lo ou, pelo menos, mudar a forma de exerc�-lo. Caso contr�rio, corremos o risco de cair no h�bito comum, t�o usualmente dito: “estou me matando de tanto trabalhar”. Para esta express�o, Leandro Karnal nos alerta como o “suic�dio �tico do s�culo XXI”.

Existe a possibilidade de trabalhar com algo de que n�o se gosta para ter como fazer o que gosta fora do trabalho. Mas a� � uma coisa consciente. O fato de algu�m estar numa situa��o de emprego transit�ria para que consiga outras coisas n�o � humilhante, desde que a pessoa tenha clareza disso. � preciso ter consci�ncia do que est� fazendo.

Se o trabalho representa 3/5 de nossas vidas, e se vemos o trabalho como um fardo, algo ruim 100% do tempo, estamos tornando nossa vida uma experi�ncia 100% ruim, um fardo.

� certo que todo caminho tem pedras e espinhos, e com o trabalho n�o � diferente. Em alguns momentos estamos cansados f�sica e mentalmente, irritados, frustrados. Por�m, � necess�rio ter consci�ncia do que estou fazendo comigo mesmo. Qual destino e sentido estou dando para minha exist�ncia laboral, familiar e afetiva. Qual caminho estou escolhendo? Para onde quero ir?

A escolha e exerc�cio de uma profiss�o ou de um trabalho n�o � apenas um valor em nossa sociedade, mas uma necessidade de todo ser humano.

Tornar-se �til e produtivo aos sistemas que pertencemos atrav�s de uma atividade na qual possamos empregar todo o nosso esfor�o e potencial �, num certo sentido, promover tanto o indiv�duo quanto trabalhar para a manuten��o desses mesmos sistemas, seja ele familiar, organizacional ou institucional.

Independentemente da escolha profissional, ao nos tornarmos produtivos, estamos compartilhando nossos dons, habilidades e compet�ncias, assim como nosso tempo, prop�sito e valores, dando, assim, sentido � nossa pr�pria exist�ncia no mundo.

Nosso lugar no sistema familiar como filho(a), pai, m�e, nossos pap�is sociais como estudantes, profissionais, os diferentes cargos ocupados numa empresa ou institui��o, definem parcialmente nossa identidade como pessoa e membro de um sistema.

E para aqueles que n�o conseguem se encontrar na vida e na profiss�o ? 

Para esses indiv�duos, Bert Hellinger, pai da constela��o familiar, traz algumas possibilidades. Para ele, as pessoas que apresentam dificuldade de se encontrar no mundo e de ocupar seu lugar � porque n�o sabem e n�o conseguem enxergar a sua identidade no seu sistema familiar.

Para Bert , “o �xito na nossa vida profissional est� diretamente ligado com a rela��o com os nossos pais”. 

Segundo ele, alguns enredamentos sist�micos tiram a for�a da pessoa que n�o consegue seguir a sua vida ou assumir o seu pr�prio destino diante dela criando in�meras disfun��es, como exemplo: indecis�o para escolher uma profiss�o; falta de motiva��o para o trabalho em geral; dificuldade em conviver ou participar de grupos profissionais, obst�culo para executar uma fun��o dentro de uma empresa para a qual estava plenamente capacitado; dificuldade em concluir um curso ou atividade profissional que come�a.

Para Bert, o trabalho � o pai, a profiss�o � a m�e. Quando algu�m se alegra com a sua m�e, tamb�m se alegra com sua vida e seu trabalho. � medida que algu�m aceita a sua m�e totalmente, com tudo aquilo que ela lhe representou tomando isso com amor, a sua vida e o seu trabalho o presentear�o, na mesma medida, com sucesso.

Quem tem reservas em rela��o � sua m�e, as tem tamb�m em rela��o � vida e � felicidade. 

Nosso sucesso come�a com a nossa m�e, e quem o sustenta � o pai. � atrav�s da for�a do pai, do masculino, que tudo aquilo que foi aprendido (profiss�o) ser� colocado para fora (trabalho).
 
O indiv�duo precisa da for�a do pai para sair e “ganhar” a vida.

� de fundamental import�ncia que observemos, al�m de nossa rela��o com os nossos pais, a rela��o que estabelecemos profissionalmente, e a forma como finalizamos cada etapa, como sa�mos das organiza��es e das rela��es profissionais que tivemos.
 
O que guardamos internamente, as dores, alegrias, fracassos, conquistas, os sentimentos negativos e positivos que cultivamos impactam em n�s, em nossa vida profissional atual.
 
Eles estar�o diretamente conectados � constru��o de nossa carreira, na maneira que iremos desenvolver as oportunidades para nossa ascens�o profissional.

Eu n�o posso viver a vida trabalhando para ser feliz, eu preciso ser feliz trabalhando e vivendo aqui e agora. A felicidade n�o � l�, n�o � algo que encontro, � algo que experimento vivenciando, e por que n�o trabalhando? Felicidade � o momento presente!

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