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Estado de Minas VICENTE NUNES

Para filhos de Bolsonaro, Guedes n�o pode ser entrave � reelei��o

Na avalia��o de Fl�vio, Carlos e Eduardo, o presidente precisa manter o aux�lio emergencial que alavancou a popularidade do governo


18/08/2020 04:00 - atualizado 18/08/2020 06:45

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pode deixar o governo ou perder força para outros interlocutores do presidente(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pode deixar o governo ou perder for�a para outros interlocutores do presidente (foto: F�bio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil)
Os tr�s filhos do presidente Jair Bolsonaro – Fl�vio, Carlos e Eduardo – est�o convencidos de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, n�o pode ser empecilho para os planos do pai de garantir mais quatro anos de mandato. Em conversas reservadas com aliados do presidente, eles ressaltam a import�ncia da presen�a de Guedes no governo, sobretudo por alavancar apoio entre empres�rios e integrantes do mercado financeiro. Contudo, isso est� longe de se aceitar o ministro como entrave para que pol�ticas que garantam votos sejam levadas adiante.
 
Na avalia��o de Fl�vio, Carlos e Eduardo, o presidente precisa manter o aux�lio emergencial que alavancou a popularidade do governo, mesmo que em um valor menor do que os atuais R$ 600, e, ao mesmo tempo, tocar obras importantes. A vis�o � de que o benef�cio pago �s pessoas que perderam renda por causa da pandemia do novo coronav�rus tem impacto de mais curto prazo na economia. Sendo assim, � importante que as obras sustentem, mais � frente, a atividade, evitando decep��o dos eleitores justamente quando a campanha � reelei��o j� estar� a todo vapor.
 
Quando questionados sobre o futuro de Guedes no governo, os tr�s filhos do presidente dizem que o pai tem forte apre�o pelo Posto Ipiranga, mas que a rela��o entre os dois entrou em processo de decl�nio. Primeiro, pela intransig�ncia do ministro. Segundo, por exp�r, desnecessariamente, a discuss�o travada nos bastidores do governo pelo aumento de despesas, o que poder� implicar em estouro do teto de gastos. Terceiro, por, repentinamente, Guedes buscar apoio do presidente da C�mara, Rodrigo Maia, que n�o � bem-visto no Planalto. “Ficou feio”, diz um dos filhos de Bolsonaro.
 
Fl�vio, Carlos e Eduardo admitem que a situa��o de Guedes, que pode deixar o governo, n�o � irrevers�vel. Mas, se ele ficar no cargo, com certeza, estar� mais fraco do que nunca. Ser� mais um ministro, e n�o mais a refer�ncia na �rea econ�mica. Bolsonaro tem gostado muito do que vem ouvindo do ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, e do ministro de Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas. O presidente descobriu que h� uma outra corrente de pensamento muito mais pr�xima de sua ess�ncia. Ou seja, um Estado mais forte e indutor do crescimento.

Bolsa nos 80 mil pontos e d�lar a R$ 6

Analistas preveem que, enquanto n�o houver uma defini��o sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, os investidores v�o testar os nervos do governo. Aposta-se que o Ibovespa, �ndice que mede a lucratividade das a��es mais negociadas na Bolsa de Valores de S�o Paulo (B3) (foto), poder� cair at� os 80 mil pontos – ontem, rompeu o piso dos 100 mil pontos. No c�mbio, por sua vez, o d�lar voltar� a flertar com os R$ 6, marca que incomoda o Banco Central.
 
No Pal�cio do Planalto, muitos dizem que o vaiv�m do mercado faz parte do jogo e que o governo est� disposto a pagar para ver. Na verdade, dizem auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, h� uma disposi��o em ver at� que ponto os donos do dinheiro est�o fechados com o ministro da Economia. O entendimento da ala pol�tica do Planalto � o de que parte dos investidores j� aceita que Guedes pe�a o chap�u, desde que n�o haja uma guinada brusca na pol�tica econ�mica.

O medo de que Campos Neto se torne um pato manco

O nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como op��o para suceder Paulo Guedes no Minist�rio da Economia, agrada os agentes econ�micos. Por�m, h� um questionamento grande se, ao tomar posse como chefe da equipe econ�mica, ele realmente ter� for�a para tocar a pol�tica econ�mica. Teme-se que ele se transforme em um pato manco, ou seja, tenha o t�tulo de ministro, mas as decis�es fiquem concentradas no entorno do presidente da Rep�blica.
 
Para isso, dizem os donos do dinheiro, � melhor que se mantenha tudo como est�. Quer dizer: Paulo Guedes fingindo que tem poder para levar adiante a sua agenda liberal, mas sem v�cuo no Banco Central. No entender dos investidores, seria um verdadeiro desastre ter um Roberto Campos Neto – que desenvolve um belo trabalho � frente do BC – fazendo figura��o na Economia e a autoridade monet�ria, nas m�os de algu�m sem pulso firme para controlar a infla��o.

Telebras cada vez mais dependente do Tesouro

Sem alarde, a Telebras, estatal recriada nos governos petistas, recebeu R$ 1,5 bilh�o do Tesouro Nacional num momento em que o pa�s precisa tanto de investimentos em programas sociais, sobretudo na �rea de sa�de. Ficou acertado, tamb�m, que a empresa, daqui por diante, ser� totalmente dependente do Or�amento da Uni�o. Se n�o conseguir bancar seus custos com recursos pr�prios, poder� recorrer � Vi�va.
 
Pelo balan�o do primeiro semestre de 2020, a Telebras registrou preju�zos de R$ 28,7 milh�es, perda 75% inferior � computada no mesmo per�odo do ano passado. Seus defensores, por sinal, usam esse dado como argumento de que a estatal tem futuro e � estrat�gica para o pa�s. Afirmam, ainda, que a companhia passar� ao largo de um eventual programa de privatiza��o se, um dia, o presidente Jair Bolsonaro realmente encampar essa ideia.

A gula do Planalto por cargos no Banco do Brasil

A sa�da de Rubem Novaes da presid�ncia do Banco do Brasil reacendeu, entre integrantes do Pal�cio do Planalto, o apetite para abocanhar algumas fun��es estrat�gicas na institui��o, em especial, nas �reas de comunica��o e marketing. Para isso, tiraram da gaveta o discurso de que, passados quase dois anos de governo Bolsonaro, ainda n�o houve a despetiza��o total do maior banco p�blico do pa�s. Citam, como exemplo, Paulo Rog�rio Caffarelli, que presidiu o BB e, hoje, est� no comando da Cielo, empresa de maquininhas de cart�es na qual a institui��o tem participa��o acion�ria, mas � controlada pelo Bradesco. Na cabe�a desse povo, Cafarelli, que foi secret�rio-executivo de Guido Mantega no Minist�rio da Fazenda, � petista e deixou uma s�rie de seguidores no Banco do Brasil.

Rapidinhas

  • Os efeitos da COVID-19 para o setor a�reo, um dos mais afetados pela pandemia, apareceram nos resultados das principais fabricantes de aeronaves. Na Airbus, a queda nas entregas foi de quase 50%, com 196 aeronaves entre janeiro e junho deste ano ante 389 em igual per�odo de 2019. A Boeing, por sua vez, teve retra��o de 71%, com entrega de apenas 70 avi�es. Na Embraer, as entregas de jatos comerciais ca�ram 75,6%, somando 9 aeronaves. No primeiro semestre de 2019, foram 37.

  • Empresas do setor de servi�os foram as que mais devolveram espa�os de escrit�rios de alto padr�o no segundo trimestre deste ano. Apenas em S�o Paulo, elas responderam por 46% dos 59 mil metros quadrados entregues aos donos dos im�veis. Quando os n�meros s�o abertos, 20% das devolu��es ficaram por conta das firmas de tecnologia, diz Mariana Hanania, chefe de Pesquisa e Intelig�ncia de Mercado da consultoria imobili�ria americana Newmark Knight Frank.

  • A Jquant!, especialista em transforma��o digital baseada em intelig�ncia artificial, firmou parceria com a Rockwell Automation, maior fornecedor global de solu��es em automa��o industrial. Objetivo: disponibilizar um modelo algoritmo que auxilia no monitoramento de aglomera��es, uso de m�scaras e distanciamento social nesses tempos de COVID-19. O sistema � um instrumento capaz de ajudar no processo de retomada da economia ap�s a pandemia do novo coronav�rus. 



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