Palpei um caro�o na mama. � um c�ncer?

A presen�a de um caro�o ou n�dulo na mama pode ser um sinal de c�ncer de mama. Tamb�m pode ser um cisto inofensivo ou uma altera��o tempor�ria no tecido mam�rio causada pelas flutua��es hormonais naturais que ocorrem durante o ciclo menstrual.

Tamanho, forma ou textura n�o s�o necessariamente definidores de malignidade.

Algumas pessoas descrevem seu c�ncer de mama comparando seu tamanho, forma ou textura com objetos do cotidiano, como uma ervilha verde ou uma uva sem caro�o. “O meu parecia uma bola de gude no come�o”, afirma uma paciente, que tinha 38 anos quando notou um caro�o no chuveiro. “Mas cresceu muito rapidamente e, quando fui diagnosticado com c�ncer de mama no ano seguinte, parecia mais uma bola de golfe.”

Ainda assim, os n�dulos cancer�genos da mama n�o parecem iguais para todos os casos. � imposs�vel dizer: ‘se voc� sente isso, com certeza � c�ncer de mama'. Os seios de cada pessoa s�o diferentes. Assim como os tumores. E o que parece mais amolecido  para uma pessoa pode parecer duro ou s�lido para outra. 

Alguns tipos de c�ncer de mama parecem n�dulos ou protuber�ncias distintas no tecido. Outros parecem uma “prateleira” logo abaixo da pele. Alguns podem ser facilmente movidos sob a superf�cie. Outros n�o podem. E enquanto alguns t�m bordas bem definidas, outros n�o.

O carcinoma do tipo  ductal geralmente � mais definido no exame do que o carcinoma lobular, mas as pessoas tamb�m podem ter uma mistura desses dois tipos de c�ncer de mama. A �nica maneira de se determinar conclusivamente se algu�m tem c�ncer de mama – e que tipo de c�ncer de mama � – � por meio de imagens de mama e da bi�psia do n�dulo ou caro�o suspeito. 

Existem muitas maneiras de sentir o tecido mam�rio normal e o c�ncer de mama. � por isso que os m�dicos incentivam as pessoas a praticar a autoconsci�ncia sobre os seios. Isso n�o significa que voc� precise realizar um autoexame convencional. Em vez disso, aprenda como � o seu pr�prio tecido mam�rio por meio de atividades cotidianas, como tomar banho e se vestir.

‘Normal’ � muito subjetivo. E o tecido mam�rio pode parecer esponjoso ou denso, gorduroso ou irregular. Pode at� parecer diferente nas distintas etapas do ciclo menstrual. Mas ningu�m vai conhecer seus seios melhor do que a pr�pria pessoa. E qualquer coisa que n�o seja normal deve ser verificada por um m�dico. 

A maioria dos c�nceres de mama n�o causa dor, mesmo que apare�a inicialmente como um n�dulo ou incha�o. Mas a dor ainda pode chamar a aten��o para um n�dulo, quando um objeto atinge a lateral do seio ou a pessoa acidentalmente passa por algo ou objeto que o comprime. De fato, algumas pacientes relatam que s� notaram um caro�o depois que um neto as atingiu no peito com um brinquedo ou um cachorro sentou em cima deles e doeu. Mas na maioria das vezes, a dor na mama n�o est� relacionada ao c�ncer. E a dor por si s� n�o � um sinal de c�ncer de mama. 

A dor nos seios pode ser causada por v�rios fatores, sejam altera��es hormonais, m� postura ao sentar em um computador ou tens�o extra na parte superior do corpo ao carregar itens pesados, como bolsas, mochilas, crian�as ou sacolas de supermercado. A caixa tor�cica pode ficar cronicamente ‘irritada’ como resultado. � por isso que, ao pressionarmos a lateral da parede tor�cica de algu�m, nove em cada dez vezes, eles dir�o: 'Ai'. � um problema comum.

� importante enfatizar  a import�ncia de confiar em seus pr�prios instintos e saber o que � normal para voc�. Muitas vezes, as pessoas percebem mudan�as em si mesmas que ningu�m mais perceberia.

Esse foi o caso de uma paciente que tinha 37 anos quando descobriu um n�dulo em 2010. Ela s� recebeu o diagn�stico de c�ncer de mama tr�s anos depois. “Inicialmente, meu m�dico simplesmente me dispensou”, diz ela. “Mencionei o caro�o novamente no ano seguinte, mas n�o tinha hist�rico familiar de c�ncer de mama. Eu tamb�m tenho doen�a fibroc�stica da mama, ent�o n�o consegui ningu�m para ouvir.

Quando  outra paciente tinha 39 anos, ela insistiu em fazer uma mamografia e um ultrassom. Seu m�dico n�o viu nada nos filmes e n�o sentiu nada durante o exame f�sico. “Mas eu sabia que tinha c�ncer de mama e, no ano em que fiz 40 anos, minha mamografia finalmente provou isso”, diz ela.  � apenas porque elas conhecem seus pr�prios corpos t�o bem que podem perceber essas mudan�as m�nimas.

Por isso � fundamental buscar sempre uma orienta��o m�dica especializada, bem como se submeter aos exames de rastreamento regularmente, igualmente orientados por um especialista.