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Estado de Minas ANNA MARIA

Obesidade infantil avan�a com pandemia e isolamento social

M�dicos alertam que, se problema n�o for tratado de forma adequada, pode evoluir e causar doen�as graves ainda na inf�ncia, como diabetes e hipertens�o


10/06/2021 04:00 - atualizado 10/06/2021 07:42

Estudo revela que 16,33% das crianças brasileiras têm IMC acima de 30kg/m², o que, segundo a OMS, categoriza obesidade(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 20/8/15)
Estudo revela que 16,33% das crian�as brasileiras t�m IMC acima de 30kg/m�, o que, segundo a OMS, categoriza obesidade (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 20/8/15)
A obesidade infantil � um dos problemas de sa�de p�blica que v�m atormentando as autoridades sanit�rias em �mbito global. Estudo elaborado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em 2017, mostrou que havia em todo o planeta um total de 124 milh�es de crian�as e adolescentes obesos. S� entre as crian�as acima do peso, a proje��o da OMS � de que elas cheguem a 75 milh�es em 2025. Os n�meros causam espanto se considerarmos que houve aumento de mais de 1.100% da d�cada de 1970 para c�, considerando os 11 milh�es de pequenos e jovens obesos que existiam h� quatro d�cadas.

No Brasil, levantamento feito em 2019 pelo IBGE tamb�m mostrou que 16,33% das crian�as brasileiras entre 5 e 10 anos de idade t�m �ndice de massa corporal (IMC) acima de 30kg/m², a partir do qual a OMS categoriza como obesidade. Outras 5,22% apresentam obesidade m�rbida, quando o IMC supera os 40kg/m².

Entre os adolescentes, aponta o IBGE, 18% t�m sobrepeso, 9,53% s�o obesos e 3,98% entram no quadro de obesidade grave. O pior � que esses n�meros aumentaram na pandemia pela restri��o �s atividades f�sicas com o fechamento de clubes, pra�as e escolas, e tempo ocioso dentro de casa. O �cio aumenta a vontade de comer.

Segundo Rodrigo Felipe, presidente do Grupo First, a alimenta��o infantil � uma aprendizagem como qualquer outra pela qual uma crian�a deve passar. “A reeduca��o alimentar est� em alta. H� v�rias crian�as e adolescentes lutando contra o peso e recorrendo a nutricionistas e nutr�logos. Mas o melhor rem�dio � a preven��o. Quanto mais cedo os pais se preocuparem em proporcionar h�bitos alimentares saud�veis aos filhos, menores v�o ser os riscos de desenvolver uma obesidade nas primeiras etapas de vida.”

A endocrinologista pedi�trica Ruth Rocha Franco, do Instituto da Crian�a da Universidade de S�o Paulo (USP) e consultora m�dica da Novo Nordisk, alerta que "a obesidade � uma doen�a cr�nica multifatorial, com implica��es gen�ticas (quando os pais t�m obesidade) e ambientais, caso a crian�a esteja inserida em uma fam�lia com h�bitos alimentares n�o saud�veis e est� sedent�ria. Tudo isso pode gerar a obesidade infantil".

De acordo com a m�dica, se a obesidade n�o for tratada de forma adequada, pode evoluir e causar problemas graves mesmo na inf�ncia, como diabetes tipo 2, colesterol e hipertens�o, entre outras enfermidades. No passado, todos achavam que “crian�a gordinha” era crian�a saud�vel. Lembro-me bem de que n�o tinha uma pessoa que visse uma crian�a magra e n�o falasse, “t� magrinha, n�, precisa comer mais para ficar forte, saud�vel”, mas isso mudou. Uma crian�a pode estar acima do peso e ainda assim estar com falta de ferro e vitaminas.

O ideal e mais que necess�rio para quem est� com sobrepeso ou obesidade � a reeduca��o alimentar, aprender a comer alimentos mais saud�veis, mais verduras e frutas, e diminuir alimentos com mais a��car. "Uma dieta balanceada � a ideal para uma crian�a que est� em fase de desenvolvimento", diz a m�dica. Al�m da sa�de f�sica, a obesidade tamb�m pode ter efeitos ps�quicos nessa fase da vida. "A crian�a com obesidade pode desenvolver uma autoestima baixa, pois muitas vezes s�o exclu�das dos jogos e brincadeiras, sofrem bullying, o que pode levar � ansiedade e � depress�o."

Ao buscar o tratamento adequado, � preciso que o n�cleo familiar colabore com o paciente. Segundo a m�dica, quando a fam�lia (incluindo os av�s) se envolve, a crian�a se sente motivada e come�a a perder peso. "Dessa forma, toda a fam�lia pode come�ar a reduzir o peso. Os pais come�am a perder peso e a brincar mais tempo com os filhos. � sa�de para toda a fam�lia", completa a especialista. Nesta sexta (11/06), falaremos mais sobre isso, devido � gravidade do assunto.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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