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Estado de Minas ANNA MARINA

Se aneurismas n�o causam sintomas, quando � hora de buscar ajuda?

Doen�a silenciosa � maior em mulheres, com propor��o de 1.6 casa para cada homem, em geral. Hereditariedade deve ser investigada


18/09/2021 04:00 - atualizado 18/09/2021 07:51

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As doen�as silenciosas s�o as mais preocupantes, principalmente para um tipo de pessoa que n�o repara muito o funcionamento do corpo, que tem sempre pequenos indicadores de que alguma coisa n�o vai bem. Membro da chamada terceira idade, presto muito aten��o para onde estou indo, de outra forma n�o teria superado a lista imensa de mol�stias s�rias que j� tive – e at� onde d� para me “gabar”, sa� vencedora. Com pequenos percal�os, como � o caso da diabetes 2, que n�o tem jeito mesmo. S� cuidado permanente, sem pregui�a.

Nos pr�ximos dias, por exemplo, vou a um cardiologista novo, porque a minha, habitual, sumiu no meio desse pandem�nio, n�o consigo encontr�-la de modo nenhum. Segui ent�o o caminho normal, pedi substituto na dire��o da Rede Mater Dei, que me indicou o nome de Henrique Patrus. Se ele for igual � minha cardiologista que sumiu, estou feita.

Entre esses problemas que nos atacam, o aneurisma cerebral � uma das doen�as silenciosas que requerem aten��o e cuidados m�dicos imediatos. Quer dizer, � preciso prestar muita aten��o, porque identific�-los nem sempre � simples – em sua maioria, os pacientes n�o apresentam sintomas. Entretanto, o diagn�stico precoce pode salvar uma vida, como explica Marcelo Valadares, neurocirurgi�o, m�dico do Hospital Israelita Albert Einstein, de S�o Paulo, e pesquisador de neurocirurgia da Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Chama-se aneurisma a dilata��o formada na parede enfraquecida de uma art�ria do c�rebro. Se rompido, pode levar � hemorragia cerebral. No entanto, nem sempre � preciso realizar uma cirurgia como tratamento e, por isso, o acompanhamento m�dico � essencial em qualquer caso descoberto. O especialista paulista ressalta que a propor��o de aneurismas cerebrais em mulheres � de 1.6 para cada homem, em geral. "Ap�s a menopausa, essa propor��o aumenta para quase 2 mulheres para cada homem", afirma. Mas por que isso acontece?

Existem muitas teorias que v�o desde a a��o do estr�geno, que levaria a uma prote��o em rela��o ao risco de ruptura de aneurismas durante os anos f�rteis da mulher. "Por�m, h� um risco maior ap�s a menopausa por conta da fragilidade dos vasos, passando por uma caracter�stica anat�mica de que as mulheres t�m um di�metro menor de suas art�rias, at� altera��es hemodin�micas, ou seja, a circula��o do sangue no corpo � diferente entre homens e mulheres", explica o neurocirurgi�o.

Segundo Marcelo Valadares, geralmente os aneurismas s�o assintom�ticos, apresentando sinais somente quando se rompem e levam � hemorragia intracraniana. "Aneurismas grandes ou muito pr�ximos a estruturas nervosas, como os pr�ximos aos nervos oculomotores – que movimentam os olhos –, podem causar efeitos compressivos, levando ao mal funcionamento de estruturas cerebrais. Um dos sintomas dos aneurismas pr�ximos aos nervos oculomotores � a vis�o dupla, causada pela dificuldade de movimenta��o de um dos olhos", elucida.

Para o especialista, o diagn�stico precoce � essencial. "A mortalidade, quando h� ruptura de um aneurisma, pode chegar a 50% instantaneamente; 50% dos que sobrevivem e chegam ao hospital podem morrer nos primeiros dias. � uma situa��o dram�tica e grav�ssima, que justifica a��es r�pidas e precoces para diagn�stico e tratamento", alerta o neurocirurgi�o.

Se os aneurismas n�o causam sintomas, quando � hora de buscar ajuda, ent�o? A hereditariedade, segundo o neurocirurgi�o da Unicamp, � um fator de risco a ser considerado. Quando algu�m tem dois ou mais parentes de primeiro grau com hist�ria de hemorragia cerebral causada por aneurismas, por exemplo, � preciso investigar. "Nesse caso, o risco � de 8%. Tamb�m se considera a investiga��o quando um parente de primeiro grau e pelo menos um parente de segundo grau (como meio-irm�o, meia-irm�, tio, tia, av�s e netos) ou, ainda, pessoas com irm�o g�meo j� tiveram hist�rico", exp�e. "Uma outra situa��o, conhecida como doen�a renal polic�stica, tamb�m est� associada a aneurismas cerebrais e justifica a triagem", complementa o m�dico.

Valadares esclarece que uma das melhores formas de diagn�stico do aneurisma cerebral � a angiografia digital. � muito semelhante a um cateterismo card�aco, entretanto, � considerada um exame invasivo. "Com o desenvolvimento da tecnologia de imagem m�dica, hoje temos a angiotomografia, com uma qualidade de imagem t�o boa e que, por ser um exame menos invasivo e mais dispon�vel, tem sido usado como primeira escolha em casos de investiga��o", diz.

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