(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas CONSUMO

Natal da infla��o: estou de queixo ca�do com o custo de tudo

No passeio ao shopping, reparando nas vitrines, entendi por que as lojas estavam vazias: a maioria dos pre�os est� pela hora da morte


18/12/2021 04:00 - atualizado 18/12/2021 03:17

Com árvore de Natal em primeiro plano, pessoas olham vitrine no corredor de shopping center
Alta de pre�os impacta a compra de presentes de consumidores brasileiros neste fim de ano (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Longe vai meu tempo de gostar de ir a shopping centers, n�o tenho mais preparo f�sico para rolar pelos andares. Depois que a pandemia come�ou, esse tipo de ocupa��o acabou. N�o ia a shopping h� mais de uns dois anos. Resolvi ir num dia desta semana, porque queria comprar castanha portuguesa – porque sem ela n�o h� Natal. Fui informada de que no Verdemar tinha, e l� fui eu de sacola e tudo. S� que antes de entrar onde ia, resolvi dar uma volta pelo andar das lojas e estou de queixo ca�do at� hoje.

N�o entendia muito bem por que as lojas estavam t�o vazias, at� que reparando nas vitrines entendi logo a quest�o: a maioria dos pre�os est� pela hora da morte. N�o encontrei nada de pre�o convidativo, de menos de R$ 200, a n�o ser uma sandalinha para menina de pelo menos uns 5 anos. N�o acredito que a m�e mais carinhosa v� comprar um cal�ado daquele, por mais que goste da filha. E a moda masculina, que sempre teve pre�os mais acess�veis, tamb�m est� pela hora da morte. Uma camisa masculina, b�sica, de algod�o, est� batendo nos R$ 450. Fui enganada, achando que mais aqui, mais ali, encontraria alguns presentes para concluir minha lista.

Sa� de l� de m�os abanando, a n�o ser com a sacola de castanhas – que n�o est�o t�o baratas assim, mas resistir � tradi��o n�o d�. Os jornais est�o cheios de mat�rias dizendo que os presentes natalinos dever�o rodar pela casa dos R$ 100. Queria saber onde � que podemos achar isso, porque a data est� chegando e a lista pessoal n�o est� fechada.

N�o sei se esse custo que eu n�o conhecia j� vem de muito tempo. H� pelo menos uns tr�s ou quatro anos n�o compro nada para mim, encerrei a reforma do guarda-roupa. E sem ter onde ir, mantida em casa pela pandemia, n�o posso acreditar que o custo de um conjunto de calcinha e suti� mais bonitinho ultrapasse os R$ 500.

Como j� participei do com�rcio de compra e venda h� anos e anos, quando tinha butique na Savassi, sabia que era preciso juntar ao custo da mercadoria o valor dos impostos e mais um tanto para o lucro, que n�o ia quase nunca al�m dos 50%. Do jeito que o dinheiro est� dif�cil e caro, quem tem loja aberta tem que lutar contra a queda de vendas e a desvaloriza��o do dinheiro. Pelo que tenho reparado, n�o d� para conservar uma parte da venda para a compra da nova cole��o, porque os pre�os sobem semanalmente.

Al�m de compra de presente, a manuten��o da despensa caseira est� enfrentando o mesmo padr�o. Cada sacol�o vende o mesmo produto com uma diferen�a sens�vel de pre�o, e se formos correr de um a outro para economizar, n�o fazemos nada, o dia vai embora e a despensa fica vazia. Este ano, resolvi ser esperta e comprei todos os produtos b�sicos de minha ceia natalina no fim do m�s passado.

S� para dar uma amostra do que aconteceu, um quilo de nozes – que n�o chegava aos R$ 30 –  est� passando dos R$ 40. � claro que uma ceia n�o se faz com nozes, mas produtos b�sicos como bacalhau, presunto, camar�o e outros foram pelo mesmo caminho.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)