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Estado de Minas GASTRONOMIA

Franceses e su��os perdem a exclusividade de 'batismo' do queijo gruy�re

De acordo com a Justi�a americana, laticinistas dos EUA podem usar a denomina��o para comercializar seu produto


24/01/2022 04:00 - atualizado 24/01/2022 10:15

Foto mostra imenso queijo gruyère fabricado na Suíça
Queijo gruy�re est� no centro de guerra judicial entre americanos, su��os e franceses (foto: Denis Balibouse/Reuters)

 
A coluna aproveitou o �ltimo dia 20 – Dia do Queijo – para falar de algumas especialidades da produ��o desse latic�nio, admirado no mundo inteiro. Lutam todos para fazer o queijo brasileiro conhecido. Ele tem participado de v�rias feiras internacionais com sucesso, principalmente algumas marcas produzidas em Minas.
 
Na Fran�a, considerada a p�tria do queijo, o problema � diferente: � preciso marcar bem onde foi criado e onde � feito o produto leg�timo. E a pergunta �: depois do feta e do brie, haver� um queijo gruy�re “made in USA”?
 
Produtores franceses e su��os do famoso queijo dos Alpes tentam proteger a denomina��o de origem, mas acabam de sofrer duro rev�s na justi�a americana.
 
Um juiz federal considerou que o termo gruy�re se tornou “gen�rico” nos Estados Unidos, o que impede inscrev�-lo no registro de marcas para restringi-lo a produtos origin�rios da Su��a ou da Fran�a.
 
Em decis�o com cerca de 30 p�ginas, o juiz T. S. Ellis ressaltou que produtores americanos produzem gruy�re no estado do Wisconsin desde 1980, e mais da metade do gruy�re importado para os Estados Unidos entre 2010 e 2020 foi produzido na Alemanha e na Holanda.
 
“D�cadas de importa��o, de produ��o e vendas de queijos chamados gruy�re, mas produzidos fora da regi�o de Gruy�re, na Fran�a e na Su��a, erodiram o sentido do termo e o tornaram gen�rico”, escreveu.
 
Nem mesmo os dicion�rios mencionam a origem geogr�fica deste “queijo de leite de vaca, de pasta cozida (...) com buracos”, apesar de seu surgimento remontar ao s�culo 17, nos Alpes, afirmou o magistrado.
 
A Organiza��o Interprofissional do Gruy�re, que representa os produtores na Su��a, e o Sindicato Interprofissional do Gruy�re, entidade francesa, informaram que v�o recorrer da decis�o.

Para eles, o gruy�re, que se beneficia da denomina��o de origem protegida nos dois pa�ses, “� fabricado com cuidado a partir de ingredientes locais e naturais, usando m�todos tradicionais que asseguram o v�nculo entre a regi�o e a qualidade do produto final”.
 
Ou seja, o queijo de Wisconsin n�o pode reproduzir o sabor �nico do verdadeiro Gruy�re feito na Su��a ou na Fran�a.
 
Do lado americano, os produtores comemoraram a “vit�ria hist�rica”. Em comunicado, informaram que a decis�o “estabelece precedente em uma batalha muito mais ampla acerca dos nomes de produtos aliment�cios nos Estados Unidos”.
 
A Uni�o Europeia tentou obter prote��o para cerca de 200 produtos associados aos seus territ�rios (comt�, chablis, parmes�o, bolonhesa, etc.) durante as negocia��es para um tratado de livre-com�rcio entre Europa e Estados Unidos (Tafta), mas fracassou.
 
Na falta de acordo, prevalece o caso a caso: se o feta grego ou o chablis perderam a guerra, os Estados Unidos reservam o uso dos termos roquefort e cognac a produtos fabricados nas proximidades das cidades francesas hom�nimas. 

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