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Estado de Minas COTIDIANO

Pandemia sumiu com os prestadores de pequenos servi�os dom�sticos

Amoladores de facas e tesouras fecharam as portas, est� dif�cil achar um bom profissional para consertar o ferro de passar roupa


22/02/2022 04:00 - atualizado 22/02/2022 02:15

Ilustração mostra mulher, de perfil, segurando uma casa, ao alto

Lado pouco discutido desta terr�vel pandemia � o que aconteceu com os servi�os dom�sticos do dia a dia. Ficando em casa, n�o h� quem n�o queira cuidar de tudo que n�o est� bom, funcionando bem, prestando os servi�os aos quais se destinam. Tudo se tornou mais dif�cil desde que as portas se fecharam e os pequenos prestadores de servi�o tiveram de se virar. Todo dia que passa carrega uma p�ssima novidade, uma obriga��o dom�stica mais complicada.
 
Venho penando com esta nova rea- lidade. A primeira delas � o telefone fixo, o �nico que tenho. Troquei para a Claro e no come�o foi legal, com todas as extens�es funcionando. Na semana passada, s� o aparelho principal funcionava, todos os outros tr�s estavam mudos. Pedi para consertarem, o t�cnico veio no dia marcado, passou longo tempo procurando o erro e n�o achou nada. Avisou que mandaria outro, dois dias depois, porque acreditava que havia curto-circuito em uma das extens�es, que ele n�o conseguia achar. Vamos ver se o problema ser� resolvido. Em casos assim, juro que tenho saudades da Telemig, que era mais modesta em seus servi�os, mas no que se propunha – liga��es telef�nicas – n�o fazia feio.

Ali�s, telefone pode ser o causador de amola��es sem fim. A �ltima persegui��o vem de liga��es de um servi�o que se identifica como da parte do cemit�rio Parque da Colina. Cuida de tudo quando houver mortos, do caix�o ao vel�rio, da sepultura e n�o sei o qu� mais. Nunca soube que existisse esse tipo de oferta telef�nica, sei que h� servi�os que s�o convocados quando algu�m morre. Oferecer esses servi�os pelo telefone, a troco de nada, nunca ouvi falar.

Pequenos servi�os dom�sticos tamb�m est�o complicados. Sou de um tempo em que os amoladores de facas e tesouras paravam nas esquinas e apregoavam seus servi�os. Tinham dia e hora certos, traziam todo o material de que precisavam para amolar tudo. Isso acabou – ser� que � por causa de a maioria dos clientes morar em apartamentos?

Os que montam suas oficinas em pequenas portas de bairro sumiram. Aqui ao lado do jornal existia um, �timo, em pequena porta na entrada de pr�dio. Com todas as minhas facas e tesouras cegas, fui atr�s dele e n�o existe mais. Recomendaram outro, tamb�m numa entrada de pr�dio, na Francisco S�. Achei �timo, levei tudo de uma vez, ele se prontificou a amolar em pouco tempo, cobrando R$ 8 por cada pe�a. Achei �timo, fui buscar bem satisfeita. Minha cozinheira disse que joguei o dinheiro fora. Tudo est� cortando como antes.

Conserto de eletrodom�sticos � outro problem�o, pois o que estraga nunca � novo e nunca � barato. No dia a dia, esses aparelhos s�o �timos para poupar trabalho. Mas quando estragam, � melhor comprar outro.

Tenho um especialista perto de minha casa, e esta semana fui levar l� o ferro de passar de modelo industrial, daqueles em que o jatinho de �gua vem l� do fundo quando se passa a roupa. Gosto de passar roupa, o que n�o posso fazer mais por causa do meu bra�o direito operado. Resolvi passar uma pe�a de seda e o ferro s� estava funcionando pela metade: n�o regula a temperatura e nem solta o vapor.

Fui atr�s do eletricista de perto da minha casa – ele falou que n�o trabalha com aquele tipo de ferro e me deu o endere�o de outro, na Savassi. Como j� estava na rua, fui tentar o novo. Ele me recebeu sem a menor vontade de fazer o servi�o, pediu tempo para entregar o or�amento – tr�s dias – e estou esperando o resultado. Como o ferro � �timo, foi presente de uma amiga, vou fazer o poss�vel para consert�-lo. Mesmo que o eletricista da Savassi n�o d� conta do recado. 


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