(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ANNA MARINA

Exames de preven��o s�o importantes, mas preocupa��o excessiva n�o faz bem

A preven��o de doen�as graves � fundamental, mas n�o � aconselh�vel se preocupar demais com cada detalhe do funcionamento do corpo humano


18/07/2022 04:00 - atualizado 18/07/2022 08:35

Ilustração
(foto: Pixabay)

 
No �ltimo dia 10, morreu Carlos Rog�rio Zech Coelho. Foi um susto para todos que o conheciam. Ele estava supersaud�vel, tinha 65 anos, foi atleta da equipe principal do v�lei masculino do Minas T�nis Clube nas d�cadas de 1970 e 1980, passou pela Escola de Forma��o de Atletas e iniciou a sua carreira no esporte aos 18 anos, conquistou medalhas de vice-campe�o mundial juvenil pela Sele��o Brasileira, em 1976. 
 
Fazia gin�stica quase diariamente, era uma pessoa ativa e ainda trabalhava com esporte, era s�cio da Panda Promo��es e Eventos (respons�vel pela realiza��o de diversos eventos esportivos no Brasil).
 
Fiquei sabendo que quando estava saindo da gin�stica – no Minas – passou mal e desmaiou. Teve um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou em coma. Dois ou tr�s dias depois, teve morte cerebral. 

Podemos pensar que ele j� era idoso. Cronologicamente, sim. Mas venhamos e convenhamos, pessoas de 60 anos s� s�o idosas para a lei; 90% dos que est�o entre 60 e 70 anos est�o inteira�os, ativos, produtivos. Na semana em que ele morreu, minha m�e passou mal e tivemos que levar o dr. Samuel Vianney para v�-la – olha eu falando dele aqui, novamente –, porque ela tem dificuldade de locomo��o e mora no s�tio, em Santa Luzia.
 
No caminho, tocamos no assunto da perda do Carlos Rog�rio e o dr. Samuel disse que, provavelmente, ele deveria ter uma m�-forma��o cong�nita e por isso teve esse AVC fulminante. Respondi que essas coisas s�o dif�ceis de saber, porque ningu�m sai fazendo exames de imagem do c�rebro do nada, s� para pesquisa e preven��o. 
 
E nosso querido e competente m�dico falou que, se isso ocorresse, morreria mais gente do que agora, porque seria um tal de querer operar para corrigir pequenos problemas que talvez nunca causassem nenhum dano. E o risco da cirurgia seria maior e com certeza ter�amos mais �bitos.
 
Claro que temos que fazer checape, que devemos seguir as recomenda��es m�dicas fazendo mamografias, Papanicolau, exames de pr�stata, colonoscopia, enfim, todos esses exames que podem detectar alguma doen�a mais grave, no in�cio, permitindo assim um tratamento eficaz. Mas procurar agulha em palheiro � uma atitude desnecess�ria, penso eu.
 
� aquela velha hist�ria: quem procura, acha. Muitas vezes, � melhor desconhecer algumas coisas e viver da melhor forma poss�vel, buscando qualidade e sa�de com boa alimenta��o, atividade f�sica e alegria. 

 importante � tomar uma decis�o de mudar, e pelo menos come�ar a caminhar tr�s a quatro vezes por semana, para n�o enferrujar as articula��es, e isso n�o � apenas para quem j� entrou na chamada terceira idade, n�o. Isso � para todo mundo que quiser ter sa�de.
 
Fiquei sabendo que os m�dicos tinham atestado a morte cerebral por uma amiga, que tamb�m falou que a fam�lia ainda n�o tinha divulgado nada. Na mesma hora, disse que deveriam estar olhando a quest�o da doa��o de �rg�os.

De fato, Carlos Rog�rio doou 16 �rg�os para transplante. N�o sei quais foram, mas � poss�vel doar dois rins, f�gado, cora��o, p�ncreas, dois pulm�es, duas c�rneas, pele, ossos, v�lvulas card�acas, cartilagem e medula �ssea.
 
Imagino o quanto a fam�lia e os amigos est�o sofrendo, mas tenho certeza de que se sentem confortados com o lindo ato de amor que salvou tantas vidas. Que isso sirva de exemplo para todos.

Isabela Teixeira da Costa/Interina

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)