Inverno virou sin�nimo de crises al�rgicas, e na maioria das vezes, prolongadas. O motivo � simples de entender: com a baixa umidade do ar provocada pelo tempo seco, os agentes causadores das alergias, como poeira e outros micro-organismos, ficam mais tempo suspensos no ar, provocando rea��es nas narinas e olhos secos.
Crises de espirros, rinite e sinusite j� s�o rea��es conhecidas, mas o que me surpreendeu semana passada foi ouvir de uma amiga que problema no ouvido tamb�m pode ser alergia. H� mais de um m�s, essa amiga vinha reclamando que seu ouvido estava “tampado”, parecendo quando estamos em um avi�o. Resolveu se consultar com um otorrino e qual n�o foi a surpresa quando a m�dica disse que se tratava de alergia.
Para minimizar as crises, os especialistas sugerem manter os ambientes arejados e, se poss�vel, recebendo luz solar para afastar mofos e �caros; remover objetos que acumulem poeira, como tapetes, cortinas mais pesadas, livros e bichos de pel�cia. E vem o mais complicado: se a pessoa tiver alergia a um animal dom�stico, n�o deixar que ele entre no quarto dela, e dar banho no pet pelo menos uma vez por semana.
Como o ambiente em que vivemos e trabalhamos influencia – e muito – nas quest�es al�rgicas, as arquitetas Carina Dal Fabbro, Danielle Dantas e Paula Passos deram algumas dicas para amenizar as rea��es al�rgicas.
Fique atento na hora de escolher os tapetes. Quanto maior as cerdas, mais poeira se acumular�. Por isso, sempre que poss�vel, prefira pe�as com baixa pilosidade e fa�a a limpeza di�ria para reduzir o ac�mulo de res�duos.
Al�m de escolhas de mobili�rios acertadas, uma ampla ventila��o nos ambientes � essencial. Umidificadores de ar s�o grandes aliados, por�m, o uso excessivo pode aumentar a prolifera��o de mofos. Nada substitui janelas abertas com a luz do sol entrando e ar correndo nos c�modos. O ar-condicionado deve ser evitado, mas se for usar, certifique-se de que os dutos e filtros est�o limpos e a manuten��o do aparelho est� em dia.
No quesito mobili�rio, prateleiras e nichos abertos tendem a acumular muito p� e demandam limpeza rotineira. � importante tamb�m ficar atento aos arm�rios embutidos ou estantes apoiadas em paredes com a outra face na �rea externa da constru��o. Eles podem absorver maior umidade, acumulando fungos e gerando mofo.
No caso dos estofados, Carina orienta a op��o por couros, naturais ou sint�ticos, e tecidos j� fabricados com tratamentos antif�ngicos, antibactericidas e hipoalerg�nicos.
Para quem ainda est� na fase da obra ou est� pensando em reformar, as profissionais s�o un�nimes em recomendar revestimentos e pe�as f�ceis para limpeza e manuten��o. Revestimentos com texturas e alta porosidade n�o s�o indicados.
Quando o assunto � piso, o ideal � partir para op��es como porcelanato, cer�mica e pedras ornamentais, que s�o muito pr�ticas durante o processo de higieniza��o. Entre os proibidos, o carpete desponta na primeira coloca��o do ranking, seguido pelo piso de madeira com muitas reentr�ncias.
Para quem n�o abre m�o do conforto t�rmico e est�tico do tapete, pois sabe do aconchego que o item produz nos ambientes, a boa not�cia � que o mercado disp�e de vers�es confeccionadas com materiais antial�rgicos, como � o caso das fibras sint�ticas. “Pode-se considerar os tapetes com pelagem baixa como melhores op��es. Mas nunca as vers�es do tipo shaggy, mais conhecidos como ‘felpudos’”, completa Carina, que indica os tapetes produzidos com polipropileno, rayon, poliamida, vinil e viscose.
Uma das dicas mais valiosas � retirar o excesso de adornos dos ambientes, principalmente aqueles com muitos detalhes e entalhes, pois acumulam muita sujeira. Para cortinas, tecidos lav�veis e de manuseio pr�tico, como o voil de poli�ster. J� colch�es, almofadas e travesseiros devem ser forrados com capas antimofo e periodicamente limpas.
Isabela Teixeira da Costa/ Interina