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Estado de Minas ANNA MARINA

Julho Verde chama a aten��o para o c�ncer de tireoide

Incid�ncia do tumor de tireoide tem aumentado significativamente entre a popula��o mais jovem do pa�s


25/07/2022 04:00 - atualizado 25/07/2022 09:59

mulher faz autoexame de tireóide
Autoexame para detectar n�dulos ajuda no diagn�stico precoce e, consequentemente, em maior chance de cura (foto: Dieta j�/Reprodu��o)

A incid�ncia de c�ncer de tireoide tem aumentado significativamente entre a popula��o mais jovem em todo o pa�s. O cirurgi�o oncol�gico Wandemberg Barbosa levantou essa quest�o em fun��o do grande n�mero de casos que tem atendido em seu consult�rio com esse tipo de c�ncer. Um dos motivos pode estar na ingest�o de sal com mais iodo, o que induziria a gl�ndula a se deteriorar.

O assunto veio � tona este m�s por ser a data dedicada � conscientiza��o sobre o c�ncer na regi�o da cabe�a e pesco�o. Para chamar a aten��o da popula��o para essa doen�a, que deve atingir mais de 36 mil brasileiros apenas este ano, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabe�a e Pesco�o (SBCCP) lan�ou a campanha Julho Verde.
 
De acordo com o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), o c�ncer mais comum da regi�o da cabe�a e pesco�o � o da tireoide, que costuma afetar tr�s vezes mais as mulheres do que os homens. De acordo com recente estimativa brasileira (2018), � o quinto tumor mais frequente em mulheres no Sudeste e Nordeste. Segundo o Inca, a estimativa � de que no tri�nio 2020/2022, sejam diagnosticados 13.870 novos casos de c�ncer da tireoide no Brasil.

Wandemberg atesta que, embora a estat�stica preveja maior incid�ncia desse tipo c�ncer entre pessoas de 35 anos a 65 anos, ele tem observado em seu consult�rio aumento significativo de casos entre pessoas mais jovens. “A justificativa para esse aumento de n�dulos na popula��o mais jovem pode estar na ingest�o de sal com mais iodo, o que induziria a gl�ndula a se deteriorar, al�m de fatores gen�ticos, hist�rico de exposi��o � radia��o, presen�a de b�cios, tabagismo, obesidade, exposi��es hormonais, fatores que tamb�m podem levar ao desenvolvimento da doen�a.”

Vale ressaltar que at� 2013 a Anvisa permitia que o sal produzido no pa�s tivesse de 20 a 60 miligramas de iodo por quilo de sal, por�m, a partir de abril deste ano, passou a valer uma nova resolu��o que reduziu esse volume para de 15 a 45 miligramas por quilo de sal. O problema � que o brasileiro consome muito sal. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), n�o devemos ingerir mais do que 5g de sal por dia. No Brasil, o consumo m�dio di�rio por pessoa � de 9,34g, quase o dobro do recomendado.

O cirurgi�o oncol�gico relata que os tipos mais comuns de c�ncer na tireoide s�o o folicular e o papil�fero, sendo este o respons�vel por cerca de 90% de todos os c�nceres na regi�o. Conforme o m�dico, o tratamento recomendado para estes dois tipos de n�dulos � a remo��o da gl�ndula e a posterior administra��o de iodo radioativo, caso seja necess�rio. Esse tratamento resulta em 98% de cura.

Geralmente o iodo radiotivo � ministrado em dose �nica, padr�o, que exige que o paciente fique cerca de 10 dias em isolamento. No Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, essa “terapia” com iodo radioativo est� anos-luz na frente. A quantidade e o tipo de iodo a ser administrado no paciente � definida com base no tipo e gravidade do c�ncer, no peso, tamanho e at� temperatura do paciente. Com esse novo m�todo, o paciente s� precisa ficar de tr�s a quatro dias em isolamento.

Mais raros, os c�nceres medular e anapl�sico da tireoide – o primeiro acomete cerca de 10% da popula��o e o segundo apenas 1% – s�o tamb�m mais agressivos. De acordo com Wandemberg, esses tipos de c�ncer apresentam chances elevadas de darem met�stases precoces. Por isso, al�m da cirurgia, o tratamento indicado � radioterapia e quimioterapia, dependendo do caso.

Para um diagn�stico precoce evitando assim quadros piores, o m�dico recomenda que as pessoas fiquem atentas a alguns sintomas, como aumentos dos g�nglios linf�ticos, incha�o ou n�dulos no pesco�o. O oncologista destaca que nem todos os n�dulos na tireoide s�o malignos. Para tipificar o n�dulo, � preciso fazer uma pun��o aspirativa por agulha fina dirigida por ultrassom. Ap�s ser extra�do, o material � analisado em laborat�rio. Cerca de 60% costumam ser considerados benignos.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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