(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ANNA MARINA

M�e deve saber lidar com a culpa que sente em rela��o ao filho

Especialista diz que o primeiro passo � desconstruir o mito de que � imposs�vel trabalhar e fora e criar filhos saud�veis


17/10/2022 04:00 - atualizado 17/10/2022 11:17

Ilustração mostra mãe abraçando filho adolescente, e os dois estão sobre correntes
Isabela Teixeira da Costa/Interina
 
N�s, m�es, somos bichos meio esquisitos. Amamos demais. Por sinal, um tipo de amor para o qual nunca consegui encontrar explica��o. Fazemos muito. Cuidamos dos filhos, da casa, da alimenta��o, escola, roupas. Damos amor, aten��o, solucionamos problemas. Quem tem marido dedica tempo a ele, muitas trabalham fora. E ainda conseguem tempo para ir ao sal�o, depila��o, fazer compras e encontrar-se com as amigas.

Tem m�e que exagera na dedica��o aos filhos. Vou contar um caso de que tomei conhecimento semana passada. Amiga me contou que o filho � bastante hipocondr�aco. Morre de medo de doen�a. Ele mora no exterior, ela aqui em Belo Horizonte.

Durante a quarentena, ele adoeceu, com suspeita de COVID, mas nada confirmado. Ficou de cama, colocou o celular virado para ele, em face time com a m�e, para ela vigiar se enquanto ele dormia n�o teria crise s�bita de falta de ar ou baixa oxigena��o.

Ela, aqui em BH, passou quatro horas de olho no celular. At� agora n�o estou acreditando a que ponto uma m�e chega pelo filho.

Nessa roda-viva da vida, mesmo nos desdobrando e fazendo “loucuras” pelos filhos, ainda achamos que n�o dedicamos tempo suficiente a eles. De vez em quando escutamos reclama��es sobre isso, o que nos fere o cora��o e traz sentimento de culpa, que, ali�s, carregamos a vida inteira.

A neuropsicopedagoga Beatriz Montenegro, educadora parental pelo API (Certificado Internacional de Apego Seguro), explica que h� m�es presas a culpas em rela��o aos filhos porque trabalham ou n�o conseguem equilibrar todas as fun��es como gostariam, porque t�m pouca paci�ncia, porque o filho ainda n�o alcan�ou todas suas habilidades, etc.

A especialista afirma que a culpa nos “castiga” e nos leva � tristeza, mas, por outro lado, nos consola, porque sempre h� uma desculpa, um “n�o fiz porque...”

Sair da culpa � o caminho muito mais leve e prazeroso de trilhar com os filhos, pois, assim, a m�e assume a responsabilidade sobre suas pr�prias escolhas, o que permite construir um novo relacionamento. Mas como fazer a transforma��o?

Em primeiro lugar, � preciso o processo de consci�ncia, que consiste em enxergar onde se sente culpa, onde ela corr�i. 

� preciso compreender todo o contexto dessa hist�ria. A educa��o respeitosa e consciente fala mais sobre n�s do que sobre as crian�as.

Assim que o processo de consci�ncia estiver claro, voc� perceber� quais s�o as habilidades humanas e comportamentais que precisa desenvolver na rela��o com o filho. 

Empatia, criatividade, intelig�ncia emocional, escuta ativa, falta de comunica��o. � imprescind�vel descobrir qual � a melhor habilidade a ser cultivada nessa rela��o.

De acordo com Beatriz, o que mais desgasta a m�e � o desejo de equil�brio.  Ela sugere quatro aspectos essenciais para a libera��o da culpa e a constru��o de autorresponsabilidade transformadora.

Autoconhecimento � fundamental. Estudar sobre desenvolvimento infantil permitir� que voc� se desapegue de mitos como o de que trabalhar e criar filho saud�vel � imposs�vel. � necess�rio estar presente, brincar, se envolver.

 Beatriz Montenegro recomenda aprender sobre as habilidades humanas e comportamentais. M�es emocionalmente saud�veis criam filhos saud�veis, que ser�o  adultos emocional e mentalmente  saud�veis.

J� as m�es desgastadas, sempre se sentindo culpadas e cansadas, n�o conseguem compreender os filhos. Com isso, acabam levando para eles tais desgastes.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)