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Estado de Minas ANNA MARINA

Comer bem est� cada vez mais dif�cil

Na Inglaterra, rei Charles pro�be pat� franc�s em refei��es oficiais. Em BH, camar�es 'falsos' s�o servidos a torto e a direito


24/11/2022 04:00 - atualizado 24/11/2022 00:05

Ilustração mostra camarão e barco pesqueiro

A primeira coisa que li do rei Charles da Inglaterra foi sobre a proibi��o de os locais oficiais de seu governo servirem pat�s franceses na refei��o. N�o entendi se ele � contra a deliciosa especialidade francesa, se ele quer defender os patos ou se ele n�o gosta de ver a cozinha inglesa perder na compara��o com a cozinha francesa. Se bem que eu nunca soube que a Inglaterra produz pat�.

O certo � que, cada vez mais, � preciso prestar aten��o no que os restaurantes preparam. Uma de minhas irm�s cismou de abrir um restaurante porque atendia muitos pedidos particulares para preparar refei��es, mas o projeto n�o foi muito longe. Como ela s� servia o que anunciava no card�pio, do bom e do melhor, viu em pouco tempo que estava perdendo mais do que ganhando dinheiro.

N�o tenho frequentado restaurantes como fazia antigamente, por v�rios motivos. Mas, como adoro camar�o, presto muita aten��o em como ele aparece nos pratos. A primeira queda foi a diminui��o da quantidade: em todos os restaurantes, o comum era servir cinco camar�es por pedido. Aos poucos, a variedade VG, que � dos camar�es maiores, foi caindo para os menores. Depois, come�aram a aparecer apenas quatro camar�es em cada pedido – e dos pequenos.

Agora inventaram o camar�o falso, quando o cliente recebe apenas o rabo do bichinho. Explicando melhor: variados restaurantes anunciam na tev� suas del�cias, camar�o para ningu�m botar defeito. Voc� pede a maravilha e recebe um “camar�o” feito de massa – algumas at� devem receber caldo de camar�o mesmo –, mas o rabinho no fim da escultura completa d� veracidade � obra. De camar�o mesmo, nada. 

Estou desconfiada que quando os rabinhos voltam para a cozinha, s�o lavados e v�o terminar outro “camar�o” falso, que volta em outro pedido. N�o estou exagerando nem inventando nada. Experimente pedir um desses camar�es empanados, que s�o anunciados principalmente na tev�.

Quanto ao pat�, sou totalmente diferente do rei da Inglaterra. Adoro, mas encontrar pat� que se aproxime do franc�s � mais do que dif�cil. Quem fazia um �timo, usando f�gado, era Dadete. Ela morreu, deixou a receita, mas n�o deixou boas m�os para preparar comida como a dela. Tenho quebrado o galho com um novo pat�. O bom � que ele pode ser comprado pelo telefone e � entregue em sua porta.

Outro dia, Rodrigo Ferraz promoveu um jantar com um chef portugu�s na cidade. O prato mais elogiado foi o que tinha como atra��o mariscos de todas as qualidades. Variedade de produto que � dif�cil de encontrar por aqui, apesar da costa imensa que n�s temos. Mineiro n�o � afeito a coisas do mar e mariscos s�o pratos pouco consumidos. Por isso, as del�cias vindas do mar s�o raramente encontradas por esses lados. 

Outro dia, fui chamada para um almo�o � italiana: espaguete ao v�ngole. Mariscos menores do que o mexilh�o, s�o cozidos com as conchas fechadas, que abrem rapidamente quando est�o no ponto de ser consumidos. 

Com caldo forte e salgado, fica delicioso quando eles s�o abertos em vinho branco, que � como os italianos preparam o famoso espaguete ao v�ngole.






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