Por pensar que n�o viveria tanto, fui levando a vida numa boa, at� que a chamada idade me pegou. Para ajudar leitores que, como eu, pensam pouco na idade, a coluna publica o artigo de Kathia Schmider, nutricionista e coordenadora t�cnica da Abiad – Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alimentos para Fins Especiais e Cong�neres:
“O Brasil caminha rapidamente para deixar de ser um pa�s de jovens. Existem mais de 30 milh�es de brasileiros acima dos 60 anos, o que os caracteriza como 'idosos', representando cerca de 15% da popula��o.
Por ser mudan�a recente, o assunto ainda � carregado de preconceitos e tabus. A grande maioria dessas 30 milh�es de pessoas � saud�vel, f�sica e mentalmente ativa, apta a fazer as pr�prias escolhas, se cuidar sozinha, trabalhar, viajar e ter rotinas como qualquer outro adulto.
E os brasileiros t�m vivido mais por qu�? A ci�ncia e a ind�stria t�m papel fundamental nesse cen�rio.
Nutri��o, medicina, psicologia, educa��o f�sica e fisioterapia s�o algumas das �reas necess�rias para criar o ambiente favor�vel para o envelhecimento saud�vel.
� importante fazer uma observa��o. Quando falamos em sa�de do idoso, n�o devemos considerar que essa pessoa possui as mesmas condi��es fisiol�gicas de um jovem adulto.
A pessoa idosa saud�vel tem boas condi��es de sa�de, mas seus �rg�os e sistemas apresentam um certo 'desgaste' ocasionado pelo tempo. Com isso, pode apresentar uma ou outra doen�a cr�nica e ainda assim ser considerada saud�vel, pois tem autonomia e independ�ncia, realiza suas atividades de vida di�ria, trabalha e tem lazer.
Cito aqui dois fatores de risco bastante comuns advindos pela idade mais avan�ada, que podem ser controlados: a perda da massa �ssea e da massa muscular.
Especialmente as mulheres, ap�s a menopausa, sofrem com perda de massa �ssea, que causa enfraquecimento dos ossos e aumento expressivo do risco de fraturas. Isso � fato.
Por�m, como cada pessoa vai entrar nesse momento depende do seu estilo de vida pregresso.
Quanto mais saud�vel foi essa pessoa e, no caso dos ossos, o quanto de reserva de c�lcio ela fez, melhor ela entra nessa fase, reduzindo riscos de acidentes. Bem como a perda de massa muscular, fator que, no passado, era pouco divulgado.
Idosos perdem volume dos m�sculos e, consequentemente, for�a. Como uma das fun��es do sistema muscular � proteger o esqueleto, com a redu��o de sua capacidade, a coluna vertebral, bacia e joelhos ficam mais expostos a dores, contus�es e fraturas. Associado a essa perda muscular, h� o aumento do risco de quedas pela perda de equil�brio, aumento da dificuldade em subir e descer escadas ou mesmo se levantar de cadeiras.
Voltando ao assunto da ci�ncia e da ind�stria como fatores essenciais ao aumento da longevidade, os dois exemplos acima, perda das massas �ssea e muscular, s�o situa��es retard�veis do est�gio prim�rio (quando n�o h� sintomas) at� o terci�rio (quando se atua para reduzir os preju�zos funcionais de um problema j� instalado), tendo na alimenta��o e na atividade f�sica seus maiores aliados.
Dietas adequadas com refor�o proteico e de alguns nutrientes, a exemplo do c�lcio, somadas � atividade f�sica s�o recomenda��es espec�ficas para esses dois casos.
Esta dupla 'alimente-se bem e mexa-se' apresenta excelentes resultados em qualquer pessoa idosa.
Ao mesmo tempo, por ter fatores de risco associados ao envelhecimento, � importante idosos terem orienta��o profissional para quest�es nutricionais e de atividade f�sica, como consumo adequado de suplementos alimentares, redu��o da ingest�o de a��car e sal e qual o tipo e intensidade de pr�tica f�sica mais indicada para o seu perfil, limita��es e necessidades.
Quer envelhecer bem? Minha dica �: pratique sempre a dupla ‘alimente-se bem e mexa-se’.”