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Estado de Minas ANNA MARINA

Gagueira n�o tem gra�a, tem tratamento

Dist�rbio precisa ser levado a s�rio por conta dos impactos negativos que pode trazer � vida de uma pessoa, principalmente de crian�as


22/12/2022 04:00 - atualizado 21/12/2022 22:55

ilustração mostra homem de olhos fechados e letras pequenas voando em volta de seu rosto

Motivo frequente de bullying, os impactos na vida social de algu�m que tem gagueira s�o in�meros e muitas vezes s�o respons�veis por agravar o quadro, j� que situa��es de estresse, medos, inseguran�a, irrita��o e excita��es podem acentuar o transtorno.

A gagueira � caracterizada como uma altera��o, singularizada pela ruptura do ritmo (flu�ncia) da fala que causa repeti��o de s�labas e pausas longas entre as palavras. 

Estudos cient�ficos dividem a gagueira em dois tipos comuns: a adquirida e a do desenvolvimento – sendo esta segunda a mais frequente em crian�as.

De acordo com a fonoaudi�loga Camilla Guarnieri, doutora pela USP em transtornos da fala e linguagem em crian�as, a gagueira do desenvolvimento � comum em crian�as de 2 a 5 anos. Surge nas etapas iniciais de aquisi��o e desenvolvimento da fala e da linguagem e � idiop�tica, isto �, n�o tem nenhum motivo aparente. Essa gagueira pode ou n�o ser persistente e tal caracter�stica indica a necessidade maior de interven��o fonoaudiol�gica.

Embora os especialistas ainda n�o tenham chegado a um consenso sobre a causa da gagueira, h� muitos estudos sobre o tema, com diversos avan�os relacionados ao transtorno. Al�m das pesquisas que apresentam ind�cios de um componente gen�tico, tamb�m existem linhas cient�ficas que mostram indicativos de dificuldades motoras e/ou no processamento auditivo que podem ser a causa dessa ruptura na fluidez da fala.

J� outras investiga��es mostram ainda que quest�es ambientais e psicol�gicas podem agravar a gagueira. Por essas raz�es, o meio cient�fico opta por falar da quest�o multifatorial que pode influenciar na gagueira, englobando assim todos esses fatores que interferem nela.

Ainda que o dist�rbio n�o tenha um fator de causa determinante, a gagueira tem, sim, tratamento, e o fonoaudi�logo � o profissional respons�vel por esse tratamento. A interven��o fonoaudiol�gica precisa ser espec�fica para a promo��o da flu�ncia da fala, e a dura��o desse processo, bem como a flu�ncia da fala ao final do tratamento, vai depender de uma s�rie de fatores, como, por exemplo, o grau da gagueira, se a interven��o foi precoce ou tardia, etc.

De acordo com Camilla, � muito importante uma terapia individualizada e baseada em evid�ncias cient�ficas. Assim, o fonoaudi�logo consegue indicar, planejar e aplicar as melhores t�cnicas de terapia para aquela crian�a em espec�fico. “� muito importante os pais participarem de todo esse processo, a transpar�ncia � fundamental para o tratamento. � necess�rio entender o que vai ser avaliado, o motivo, como, os resultados dessa avalia��o, o que isso significa, qual o melhor tratamento para aquela crian�a, como ele vai acontecer, o que esperar, como os pais v�o ajudar em casa... Tudo isso tem que ser muito bem conversado, porque n�o existe receita de bolo, mas sim todo um racioc�nio por tr�s das dificuldades de cada crian�a e a participa��o ativa dos pais durante todo esse processo faz toda a diferen�a no final”, explica a especialista.

Vale ressaltar que, mesmo uma crian�a com gagueira h� um tempo, � poss�vel iniciar uma interven��o eficaz, por�m como n�o h� idade m�nima para iniciar o tratamento, o mais indicado � que comece o quanto antes. Uma interven��o precoce tem maiores chances de se obter �xito em seus resultados e, consequentemente, menores ser�o os preju�zos na vida da pessoa. O fonoaudi�logo vai adaptar todo esse tratamento para o n�vel de desenvolvimento da crian�a e far� com que isso seja conduzido de uma forma l�dica e prazerosa para obter a colabora��o da mesma.

A gagueira deve ser levada a s�rio e precisa de tratamento por conta dos impactos negativos que ela pode proporcionar na vida de uma pessoa. O maior deles � observado no �mbito social, no qual muitas crian�as acabam sofrendo bullying e t�m vergonha ou at� mesmo dificuldade em se comunicar.

Isso afeta a vida social delas, trazendo abalos psicol�gicos, acad�micos e profissionais, que prejudicam a longo prazo com a gagueira. � a famosa frase: “Gagueira n�o tem gra�a, tem tratamento!”. Portanto, ao notar que uma crian�a est� gaguejando, n�o hesite em buscar uma avalia��o profissional especializada com um fonoaudi�logo capacitado.

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