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Estado de Minas ANNA MARINA

R�veillon nem sempre � a melhor noite do ano

Eu me arrependi um bocado de deixar Belo Horizonte para passar o ano-novo em Nova York, no Rio de Janeiro, na Ilha da Madeira e no Chile


27/12/2022 04:00 - atualizado 26/12/2022 23:48

Ilustração mostra duas mãos segurando taças de champanhe

 
Passado o Natal, entramos nas comemora��es do r�veillon – a primeira temporada � fam�lia; a segunda, festas e amigos. Enquanto pude, nunca faltei a uma noite de fim de ano no Autom�vel Clube. A partir de certa �poca, preferi explorar a festa em outros pa�ses. A primeira escolha caiu na Ilha da Madeira, porque tinha Lisboa como apoio e muitos elogios.
 
Fomos para l�, descemos os morros em carrinhos cheios de laranja. A noite seria de festa, dezenas de barcos parados em torno do hotel, muita m�sica, muita luz, muito foguete. N�o contaram que poderia tamb�m ter muita chuva, e foi isso o que aconteceu. Ficamos olhando os barcos do hotel e chovendo, quebrando qualquer entusiasmo.
 
Depois disso, veio Nova York. Custamos a aprender que passada a meia-noite, a festa acaba, estando o sal�o cheio ou vazio. Tentamos tr�s vezes, no Tavern on the Green, na casa de uma amiga e em um hotel bem no Centro da cidade, na Times Square, onde a mo�ada se re�ne. Custamos a passar pela multid�o que estava na rua at� chegar no local do r�veillon. Fomos para o sal�o de festas, ocupamos nossa mesa, fomos servidos com muito champanhe e aquela ceia-padr�o, com peru.
 
Quando as 24 horas foram marcadas por sinos, cantou-se o hino nacional americano, um hino religioso e pronto – a festa acabou. Fomos embora para o hotel, que era perto, caminhando bem devagar. Quando me levantei cedo, no dia seguinte, vi um rapaz andando de esqui na Quinta Avenida, calmamente. Havia nevado bastante � noite e os programas tiveram de ser modificados.
 
Para aproveitar o brunch do Hotel Plaza, uma maravilha, foi um custo achar um t�xi que quisesse enfrentar a neve. Conseguimos com dificuldade, mas novamente voltamos a p�. J� n�o nevava, mas os motoristas se recusavam a enfrentar o asfalto escorregante.
 
Quem tinha amigos se divertia cantando. Mas festa mesmo, com dan�a e carnaval, como acontece por aqui, n�o existe.
 
As experi�ncias n�o bastaram e tentamos o Chile, onde a noite de fim de ano seria em nosso hotel, um cinco estrelas com cozinha �tima, sal�o de dan�as sobre a piscina, bar aberto. Esse, sim, foi um desespero completo, porque t�nhamos mesa com um casal desconhecido e pouco comunicativo. Passada a meia-noite, voltamos para o quarto e fomos tomar nosso champanhe olhando a cidade.
 
Para tirar a p�ssima impress�o dos bailes de fim de ano fora de BH, fomos com um casal amigo experimentar o Rio de Janeiro. Como os hot�is da Avenida Atl�ntica estavam lotados, ficamos na Barra. A escolha foi do capeta, uma dificuldade de t�xi para ir – motoristas s� aceitavam dois passageiros – e outra maior para voltar. Aquela movimenta��o que v�amos sempre na TV s� deve valer para cariocas e jovens.
 
Com os bares lotados, sem lugar para ficar, a solu��o eram os vendedores da praia, que pediam o pre�o que queriam – sempre mais caro, claro. A queima de fogos � um espet�culo lindo para se ver na TV, e n�o com os p�s na areia, sem lugar para sentar.
 
Enterramos de vez a comemora��o de fim de ano fora de BH e resolvemos trazer a festa para nossa casa. Assim foi feito durante muitos anos. Atualmente, a sa�da � comemorar a data com jejum e ora��es. � mais calmo, mais animado, e com amigos realmente amigos para receber o novo ano.

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