A cantora Preta Gil anunciou que tem c�ncer de intestino, ap�s passar dias internada para identificar problemas de sa�de. Esse � o terceiro tipo de c�ncer mais frequente entre homens e mulheres, ficando atr�s apenas dos de mama e pr�stata.
O Instituto Nacional do C�ncer (Inca) prev� para os pr�ximos tr�s anos o aumento da taxa de incid�ncia de casos de c�ncer de c�lon e reto em 10,19% para homens, e 12,64% para mulheres.
N�o canto, mas sou colega dela – tamb�m tive c�ncer de intestino, que consegui identificar e j� ir diretamente ao especialista sabendo o que tinha. No meu caso, as fezes estavam saindo como bolinhas, o que pouca gente nota. Oncologistas explicam que al�m de detectar a doen�a ainda em est�gio inicial, muitas vezes � poss�vel evit�-la.
H�bitos n�o saud�veis contribuem para o aumento da incid�ncia da doen�a. O c�ncer de intestino surge a partir de muta��es gen�ticas. No entanto, pesquisas demonstram que em mais de 70% dos casos, essas muta��es s�o ocasionadas por rotinas que n�o fazem bem � sa�de, como fumar e beber, al�m de dietas desequilibradas, com elevados n�veis de gordura animal e poucas fibras.
Fui me operar com Marcos Martins, a quem pedi para evitar a colostomia se o tumor estivesse t�o baixo que necessitasse de outra sa�da. Ele foi positivo: “Se tiver uns cinco cent�metros de intestino livre, consigo operar sem colostomia”.
Assim disse e assim fez – tirou o c�ncer, controlei por v�rios meses o n�o retorno do tumor. Mas tomei uma atitude que comoveu meus cuidadores: como quase morri fazendo o tratamento com quimioterapia, parei na terceira se��o para n�o morrer.
Meu racioc�nio era o l�gico: posso at� morrer de c�ncer. N�o quero � morrer do tratamento. Me deram 15 dias para me recuperar – e n�o voltei mais. Deus ajudou, e estou aqui.
O especialista que atendeu a cantora fez algumas recomenda��es que devem ser conhecidas por todos. A popula��o precisa ficar atenta aos sinais do corpo, com o intuito de realizar a investiga��o adequada, conforme orienta��o m�dica. Por�m, o m�dico ressalta que todas as pessoas, mesmo sem queixa relacionada ao aparelho digest�rio, devem realizar colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos.
“Esse exame possibilita a identifica��o de p�lipos que geram a maior parte dos casos de c�ncer colorretal. Eles devem ser retirados para evitar o desenvolvimento de um c�ncer no futuro”, complementa.
Sintomas que parecem simples merecem aten��o, como altera��es intestinais (diarreia ou pris�o de ventre), dores ou desconforto abdominal, perda de peso sem causa aparente, fraqueza, anemia e altera��o no formato das fezes.
O diagn�stico � feito, geralmente, por meio do exame histopatol�gico realizado no material retirado na bi�psia do tumor via colonoscopia.
“Confirmado o diagn�stico, procede-se ao chamado estadiamento, quando outros exames ser�o realizados (tomografias, exames de sangue) e, de acordo com os achados, o tratamento ser� determinado. O tratamento varia de cirurgia a quimioterapia, ou uma associa��o de ambos”, menciona o m�dico, destacando que, geralmente, o processo � definido por equipe composta por v�rios especialistas, entre cirurgi�es, oncologistas cl�nicos e patologistas, entre outros.
Cada caso tem complexidade diferente e caber� ao time de especialistas escolhido definir a melhor programa��o terap�utica.
A preven��o � a pe�a fundamental. Para que isso ocorra, ele d� algumas dicas de h�bitos saud�veis que devem ser adotados no dia a dia. Os dados do Inca indicam que a ado��o das pr�ticas pode evitar at� 37% dos casos. Confira:
.Evite bebidas alco�licas
.Tenha alimenta��o rica em vegetais
.Diminua o consumo de carnes vermelhas
.Busque manter peso corporal saud�vel
.Mantenha uma vida ativa, executando atividades f�sicas
.Evite carnes processadas