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Estado de Minas ANNA MARINA

ONU faz alerta sobre a mortalidade materna

Em 2020, 287 mil mulheres morreram durante a gravidez ou o parto. No per�odo da pandemia, tudo indica que o n�mero de �bitos se ampliou


08/03/2023 04:00 - atualizado 07/03/2023 23:48

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, olha para a câmera
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, diz que gravidez � "experi�ncia extremamente perigosa" para mulheres sem acesso a servi�os de sa�de (foto: Fabrice Coffrini/AFP)

Minha m�e teve 10 filhos e apesar de meu pai ser m�dico, foi atendida sempre por parteira. Afinal, ele n�o queria fazer o parto da mulher. Acredito que atualmente as parteiras est�o em baixa, pois os filhos nascem em hospitais.  N�o existia naquela �poca a doula, que est� em alta agora.

A doula deve acompanhar a parturiente e ajudar o parto a ser menos traumatizante. Essa profiss�o, reconhecida e recomendada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), � fundamental para a humaniza��o do parto. O trabalho da doula vai al�m do dia do nascimento, ela est� presente durante o pr�-natal e o p�s-parto. A palavra doula vem do grego e significa “mulher que serve”.

No Dia Internacional da Mulher, o assunto � mais que apropriado. A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) informou que uma mulher morre a cada dois minutos no mundo durante o parto ou por complica��es vinculadas � gravidez, apesar da queda de um ter�o da taxa de mortalidade materna nas �ltimas duas d�cadas.

A gravidez continua sendo “experi�ncia extremamente perigosa para milh�es de pessoas que n�o t�m acesso a servi�os de sa�de respeitosos e de boa qualidade”, adverte o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

De acordo com as ag�ncias da ONU que elaboraram o relat�rio, 287 mil mulheres morreram durante a gravidez ou parto em 2020. No ano de 2000, o n�mero chegou a 446 mil. 

O resultado de 20 anos depois representa leve queda em compara��o com as  309 mil mortes de 2016, quando entraram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustent�vel da ONU.

Embora o documento destaque os progressos alcan�ados na redu��o do n�mero de mortes entre 2000 e 2015, o texto alerta: desde ent�o, as conquistas permanecem estagnadas. E foram registrados retrocessos. A taxa mundial de mortalidade materna caiu 34,3% entre 2000 e 2020. O �ndice representa o n�mero de �bitos maternos para cada 100 mil nascimentos vivos.

No per�odo, o pa�s que registrou a queda mais expressiva (-95,5%) foi Belarus, com uma morte materna para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 24 em 2000. Do lado oposto est� a Venezuela, com 259 mortes maternas para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 92 em 2000, aumento de 182,8%.

As estat�sticas mostram “a necessidade urgente de garantir que todas as mulheres e meninas tenham acesso a servi�os essenciais de sa�de antes, durante e depois do parto. E que possam exercer plenamente seus direitos reprodutivos”, enfatiza Tedros.

Entre 2016 e 2020, as taxas de mortalidade materna ca�ram na Austr�lia/ Nova Zel�ndia (35%) e tamb�m na �sia Central e do Sul (16%).

As mortes s�o registradas, em sua maioria, nas regi�es mais pobres do mundo e em pa�ses em conflito. Em 2020, quase 70% dos �bitos ocorreram na �frica subsaariana, onde a taxa de mortalidade � “136 vezes mais elevada que na Austr�lia ou Nova Zel�ndia”, afirma Jenny Cresswell, autora do relat�rio.

Em nove pa�ses que sofrem graves crises humanit�rias (I�men, Som�lia, Sud�o do Sul, S�ria, Rep�blica Democr�tica do Congo, Rep�blica Centro-Africana, Chade, Sud�o e Afeganist�o), a taxa de mortalidade materna foi o dobro da m�dia mundial.

As principais causas s�o hemorragias agudas, hipertens�o arterial, infec��es relacionadas � gravidez, complica��es provocadas por abortos realizados em ambientes inseguros e condi��es subjacentes que podem ser agravadas com a gravidez (como HIV/Aids e mal�ria).

Todas essas causas podem ser prevenidas e tratadas, insiste a OMS, que destaca a import�ncia do atendimento pr�-natal e dos cuidados p�s-parto.

A OMS tamb�m considera “fundamental” a mulher controlar sua sa�de reprodutiva. “Podemos e devemos fazer melhor, com investimento urgente em planejamento familiar e cobrindo a escassez global de 900 mil parteiras”, afirma a diretora-executiva do Fundo das Na��es Unidas para a Popula��o, a doutora Natalia Kanem.

De acordo com Anshu Banerjee, m�dico da OMS, n�meros posteriores a 2020, que ainda n�o foram publicados, n�o apresentam bom press�gio devido aos efeitos da pandemia de COVID-19 e da crise econ�mica. Curiosamente, o Brasil, onde o nascimento de crian�as pode ser conferido a olhos nus, n�o entra na pesquisa. Se entrasse....

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