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Estado de Minas ANNA MARINA

Bal�o emagrecedor pode ser op��o para combater a obesidade

Especialistas consideram a t�cnica menos invasiva do que a cirurgia bari�trica, mas avisam que o paciente deve ser acompanhado por equipe multidisciplinar


22/07/2023 04:00 - atualizado 21/07/2023 22:03
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Ilustração mostra corpos magros, com sobrepeso e obesos
(foto: Freepik/reprodu��o)

 
Quando se trata de emagrecer, n�o � dif�cil encontrar na internet dicas de influenciadores digitais sobre dietas “seca barriga”, al�m de m�todos perigosos que desconsideram a individualidade das pessoas e as causas do sobrepeso e da obesidade.
 
V�rios fatores podem desencadear a obesidade. Al�m da alimenta��o, h� aspectos psicol�gicos, gen�ticos, sociais e ambientais. A perspectiva para o futuro n�o � das mais animadoras: segundo o panorama do Atlas da Obesidade 2023, caso n�o haja melhorias em apoio e tratamento vi�veis, 51% da popula��o mundial ter� sobrepeso ou obesidade at� 2035. Ou seja, uma em cada quatro pessoas ser� obesa.
 
A cirurgia bari�trica tem sido o m�todo mais comum utilizado por obesos para perder peso. No entanto, existe uma alternativa considerada menos invasiva: o bal�o intrag�strico. A t�cnica consiste na introdu��o do bal�o dentro do est�mago por endoscopia. O paciente � anestesiado e o bal�o � inserido pela boca. Ao chegar no est�mago, � injetada dentro dele uma solu��o com azul de metileno, inflando-o.
 
Com isso, o bal�o ocupa parte do est�mago – cerca de 60% de seu volume –, promovendo a sensa��o de saciedade precoce. Isso significa que o paciente necessita de menos alimento para se sentir satisfeito. Todo o processo � realizado em ambiente hospitalar.
 
“O procedimento dura no m�ximo 20 minutos. Depois, o paciente ficar� na sala de recupera��o, recebendo alta sem necessidade de interna��o”, explica a m�dica endoscopista T�ssia Denobile Serra, membro da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade.
 
Antes do procedimento, o paciente deve passar por consultas com especialistas de equipe multidisciplinar composta por endocrinologista, anestesista, psic�loga e nutricionista. Deve fazer exames para avaliar suas necessidades e se n�o h� contra-indica��es para receber o bal�o.
 
“Muitas pessoas buscam m�todos de emagrecimento pouco ou nada eficazes, dietas at� perigosas. Cada corpo � diferente. Sem acompanhamento profissional por meio da equipe multidisciplinar, o paciente pode voltar � estaca zero ou colocar a pr�pria sa�de em risco”, explica a m�dica endoscopista Carolinna Manna Santos.
 
O �ltimo passo � o procedimento em si, mas o tratamento n�o para a�. O paciente deve dar continuidade a sess�es com o psic�logo e o nutricionista, al�m das consultas peri�dicas com os m�dicos respons�veis pelo procedimento.
 
O tratamento via bal�o intrag�strico pode durar de seis meses a um ano, dependendo da avalia��o do especialista. O retorno � rotina � r�pido e sem restri��o a atividades f�sicas.
 
“Por ser menos invasivo, semelhante � endoscopia, o procedimento envolve menos riscos. Caso o bal�o estoure, o azul de metileno � liberado pela urina, que se torna azulada. Assim, podemos trocar o bal�o o mais r�pido poss�vel, sem oferecer riscos ao paciente. � diferente da cirurgia bari�trica, que corta e costura uma parte do est�mago e, portanto, � irrevers�vel”, explica a doutora T�ssia Serra.
 
De acordo com especialistas, a t�cnica do bal�o intrag�strico se mostra mais efetiva do que a dieta isolada por v�rios fatores, mas, principalmente, porque o tratamento muda o estilo de vida do paciente. O procedimento com o bal�o n�o exige restri��o alimentar r�gida, mas recomenda a restri��o programada.
 
“A dieta isolada, por si s�, resulta em perda de peso pequena, o que desestimula a pessoa. Cerca de 40% a 50% dos pacientes que fazem essas dietas abandonam o acompanhamento cl�nico na primeira ou segunda consulta devido � falta de resultado”, explica Carolina Santos.
 
“Em contrapartida, quando o bal�o � bem indicado, o paciente perde, em m�dia, mais que o triplo do peso comparado � dieta isolada, j� no primeiro m�s. Isso gera maior ades�o ao acompanhamento multidisciplinar”, afirma a m�dica. Para isso, deve-se seguir boa orienta��o nutricional, praticar atividades f�sicas e mudar o estilo de vida, sob orienta��o psicol�gica.

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