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Estado de Minas ANNA MARINA

Incid�ncia de esclerose m�ltipla � maior entre as mulheres

Estudos apontam que a propor��o � de duas mulheres para cada homem diagnosticado com a doen�a. Ultimamente, houve avan�os importantes no tratamento


22/08/2023 04:00 - atualizado 21/08/2023 19:14
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Ilustração mostra corpo feminino de costas e regiões afetadas pela esclerose múltipla
(foto: Prosense/reprodu��o)

Longe de ser problema presente apenas na vida dos idosos, a esclerose m�ltipla ataca, principalmente, mulheres na faixa et�ria entre 20 e 40 anos, popula��o mais suscet�vel ao desenvolvimento da doen�a.

Segundo dados do Minist�rio da Sa�de, a preval�ncia m�dia da doen�a no Brasil � de 8,69 para cada 100 mil habitantes. No mundo, estima-se que entre 2 milh�es e 2,5 milh�es de pessoas convivam com ela. A propor��o � de duas mulheres para cada homem diagnosticado.

Na esclerose m�ltipla, as c�lulas de defesa do corpo atacam o sistema nervoso central, c�rebro e medula espinhal, destruindo o tecido protetor (mielina) que envolve as fibras nervosas, impedindo ou alterando a transmiss�o das mensagens do c�rebro para as diversas partes do corpo.

Apesar de ainda n�o haver cura, a doen�a j� n�o impacta necessariamente a expectativa de vida. H�bitos saud�veis somados aos avan�os da medicina, com medica��es que agem especificamente em cada perfil da doen�a, mudaram completamente o panorama.

Tudo isso ocorreu basicamente nos �ltimos 20 anos. Esse cen�rio ajuda o paciente a ter maior qualidade de vida. Estudar, trabalhar, praticar atividades f�sicas s�o n�o apenas possibilidades, mas orienta��es m�dicas.

Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alem�o Oswaldo Cruz, de S�o Paulo, afirma que o paciente pode ter qualidade de vida “quase normal”, gra�as ao reconhecimento e ao tratamento precoces.

“A evolu��o dos exames diagn�sticos permite identificar o problema em est�gios iniciais. O avan�o das pesquisas de novas drogas oferece abordagens terap�uticas cada vez mais eficazes. Esse conjunto de fatores � essencial no controle da progress�o da esclerose m�ltipla e para proporcionar qualidade de vida aos pacientes”, diz ele.

A suspeita em jovens surge com sintomas muito variados, como queixas visuais (vis�o dupla ou emba�amento visual), problemas de sensibilidade (formigamentos), perda de sensibilidade ou de for�a dos membros inferiores. Durante a investiga��o, avalia-se detalhadamente o sistema nervoso, por meio de exame neurol�gico completo.

Entre os exames complementares, o mais importante � a resson�ncia magn�tica, que pode definir as les�es com precis�o e muitas vezes determinar os melhores tratamentos.

Quando a vis�o � afetada, pode haver emba�amento visual, les�o do brilho das cores e at� perda visual, sintomas geralmente acompanhados de dor na movimenta��o ocular.

“Em alguns casos, altera��es cognitivas e de mem�ria podem ocorrer, mas, na maioria das vezes, tendem a se desenvolver tardiamente. Por isso, o reconhecimento profissional precoce dos sinais impede, por vezes, o avan�o de sintomas at�picos da doen�a”, diz Haddad.

A esclerose m�ltipla � diagnosticada a partir de exames cl�nicos, laboratoriais e radiol�gicos. A resson�ncia magn�tica � um dos exames de imagem mais importantes, tanto no momento do diagn�stico inicial quanto no acompanhamento da doen�a.

“O exame permite afastar outras possibilidades diagn�sticas, identificar novas crises e avaliar as respostas ao tratamento”, explica o doutor Diogo Haddad.

Al�m da abordagem ampla – que envolve estilo de vida, atividade f�sica, nutri��o e aspectos emocionais –, para aqueles com as formas recorrentes da doen�a est�o indicados medicamentos imunomoduladores. S�o drogas modificadoras da doen�a, assim chamadas por atuarem no desarranjo existente no sistema imune.

Para o tratamento dos surtos � usada a “pulsoterapia” (administra��o de altas doses de medicamentos por curtos per�odos) com corticoides sint�ticos. “Com o avan�o das medica��es apresentando efic�cia cada vez mais alta, os surtos tendem a ser mais raros e, por vezes, inexistentes a partir do tratamento”, esclarece Haddad.

O tratamento, que � multidisciplinar, vai al�m do acompanhamento medicamentoso e dos exames peri�dicos. Inclui dieta rica em fibras e hidrata��o adequada com ingest�o de �gua, que ajudam a regular o intestino e evitar a constipa��o, bastante comum entre os pacientes.

A pr�tica de atividade f�sica, principalmente exerc�cios que aumentam a for�a muscular e o equil�brio para evitar o enrijecimento corporal, � essencial para promover o melhor controle do intestino e da bexiga, al�m de colaborar para o bem-estar, reduzindo o estresse e a ansiedade.

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