
De repente tudo acontece. O mundo vai r�pido demais e o tempo � curto para tudo que temos a fazer nesse hiato.
Ontem sa� de f�rias e hoje volto com essa cr�nica sobre o de repente de hoje, que j� se foi.
Fiquei tr�s semanas sem visit�-los com meus textos. Hoje, estou de volta.
N�o por cobran�a do Benny, editor que me resgatou da mesmice do estetosc�pio, mas por necessidade fisiol�gica da alma.
S�stoles e di�stoles s�o mon�tonas.
Um dia cansam e simplesmente o cora��o para.
Escrever, assim como qualquer outra necessidade fisiol�gica, tem que acontecer. Se n�o for assim, vira doen�a que n�o sara.
Poesia que n�o sai da alma vira sentimento cr�nico engasgado e c�ncer.
Se o mundo passa por voc�, o suor, a urina e os sentimentos t�m que ser excretados.
Trata-se do fluxo natural das coisas.
Tudo que entra sai. Tudo que sai, vai...
O tempo que nos deglute a cada mil�simo de segundo, vira p� na mem�ria do despercebido. Nada acontece se n�o percebermos que aconteceu.
Olhei-me no espelho e vi rugas. Eu estava l�, dentro delas.
Corro�do pelos trope�os da exist�ncia.
O tempo � curto, mas deixa rastros.