
A situa��o contribui para redu��o da serotonina, horm�nio respons�vel pelo prazer, elevando o cortisol, horm�nio respons�vel pelo estresse. As frequentes paralisa��es do metr�, os atrasos e a falta de ve�culos, a superlota��o, a espera sem conforto e o risco de viol�ncia ou ass�dio sexual fazem parte da rotina de 65% da popula��o brasileira dependente de �nibus, trem ou metr�, como principal meio de transporte coletivo.
Os problemas seguem, afinal, as greves aumentam o n�mero de carros nas ruas que, por sua vez, torna o tr�nsito mais lento, isso quando n�o h� um acidente nas vias. Todos esses fatores v�o deixando a viagem longa e cada vez mais cansativa e, infelizmente, centenas de pessoas n�o est�o sabendo enfrentar essa rotina de coletivo lotado, quer seja o metr� ou o �nibus.
A verdade � que o cotidiano j� est� estressante com pessoas sem trabalho, com fome, sem recursos e tamb�m sem condi��es, ou seja, quem ainda est� empregado convive com �nibus cheio, deslocamento em p� durante grande parte do trajeto, viol�ncia e ass�dio. A maior parte da popula��o j� sobrevive com o dinheiro contado para o m�s e se esfor�a para pagar contas e fazer compras com o que sobra. Dessa forma, os reajustes podem parecer inofensivos, por�m, pesam muito para fam�lias dependentes do transporte p�blico. � importante entender que todos convivem com tr�s tipos de estresse: f�sico, cognitivo e emocional.
Quando qualquer pessoa passa por situa��es estressantes e ansiosas, o processo eleva o n�vel de cortisol e quem n�o tem estrutura, ou seja, equil�brio e condi��o, para manter um crucial controle inibit�rio, acaba cedendo � motiva��o f�sica, partindo para a briga e, se isso n�o acontece, internaliza. A internaliza��o da situa��o provoca dores de est�mago ou cabe�a, assim como sintomas de estresse f�sico e emocional, ou seja, irritabilidade, dist�rbio do sono, alimenta��o em quantidade acima ou abaixo do necess�rio, perda de mem�ria e de aten��o, entre diversas outros sintomas. J� o estresse cognitivo, envolve a produtividade, chegando a estimular o surgimento da s�ndrome de burnout.
O problema deveria ser decorrente do esgotamento profissional, contudo, esse dist�rbio emocional com sintomas de exaust�o extrema, estresse e esgotamento f�sico, acaba sendo provocado pelo estresse com o uso do coletivo. O fato reflete em baixa produtividade no ambiente de trabalho, falta de criatividade, ins�nia e dificuldade para se concentrar, entre outros problemas. A ocorr�ncia estressante aciona um gatilho, ou seja, compromete o equil�brio e, dessa forma, � essencial ter um gatilho oposto para proporciona menos tens�o nervosa. Assim, torna-se necess�ria a indica��o de antidepressivos e ansiol�ticos para, por exemplo, tratar a s�ndrome de burnout e os transtornos de ansiedade e depress�o, algumas das patologias da sa�de mental.
Para se ter uma ideia, segundo dados da BHTrans, cerca de 800 mil passageiros usam o transporte coletivo na capital, sendo que, antes da pandemia, esse n�mero era de, em m�dia, 1,2 milh�o de usu�rios por dia. Conforme dados da Associa��o Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 28% das viagens e deslocamentos di�rios dos usu�rios s�o por transporte coletivo, sendo que o �nibus representa 85,7% desse total.
Lamentavelmente, enquanto a situa��o se arrasta para solu��o em rela��o �s adversidades no transporte coletivo, a popula��o deve aprender a lidar com o estresse di�rio para evitar um processo de depress�o e sucumbir a transtornos, como a ansiedade e s�ndrome do p�nico.