(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas FILOSOFIA EXPLICADINHA

O que esperar do ministro da Educa��o?

A educa��o � a pasta que pode definir o sucesso ou a trag�dia de um pa�s


05/01/2023 17:20 - atualizado 05/01/2023 18:58
1515

Lula e Camilo Santana se cumprimentam e sorriem
Lula com Camilo Santana no dia do an�ncio dos integrantes do seu minist�rio (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)
N�o nos restam d�vidas de que a pasta da Educa��o � uma das mais importantes para um projeto de Pa�s. N�o apenas por seu capital simb�lico, tendo em vista os investimentos ou sucateamento da �rea, mas porque podem, efetivamente, definir o presente e o futuro de uma na��o. 

Ainda lutamos contra problemas b�sicos, pois a educa��o nunca foi pol�tica de Estado.

Em nossa breve hist�ria navegamos, apenas, em pequenos projetos de governos que, de quatro em quatro anos, tentam refundar as pol�ticas p�blicas da �rea. � como se, ap�s cada elei��o, inaugur�ssemos uma nova forma de conceber a educa��o e a destina��o de seus recursos. 

Nos �ltimos quatro anos assistimos a um desmazelo total. Corrup��es, pautas meramente ideol�gicas, ministros sem envergadura pol�tico-acad�mica para ocupar tal cadeira, detentores de curr�culos mentirosos e de titula��es inexistentes, com trabalhos plagiados. Ainda presenciamos persegui��es pol�ticas a Reitores e �s Universidades, corte de verbas e sucateamento dos departamentos de pesquisa.

Enfim, anos sombrios que n�o dever�o se repetir.

Nessa aventura inconsequente, continuamos amargando desafios estruturais: lutamos contra o analfabetismo, travamos batalha contra a evas�o escolar, brigamos pela merenda na escola e o piso salarial dos professores ainda � o menor entre 40 pa�ses da OCDE.  

Diante desse cen�rio, a escolha de um Ministro para a educa��o brasileira � um assunto que deveria ser o primeiro na escala de interesse da popula��o. Em um pa�s ideal, essa decis�o pol�tica deveria estar lado a lado � escolha presidencial. O que quero dizer com isso? Que durante o pleito dever�amos nos orientar, fundamentalmente, pelos poss�veis ministros ligados aos candidatos. 

Essa seria uma pista muito importante, que serviria para orientar acerca dos caminhos e dos descaminhos nos pr�ximos anos. Alguns te�ricos dizem que, se desejamos analisar um futuro de qualquer pa�s, em 20 ou 30 anos, bastaria olhar para o curr�culo escolar atual e, com isso, inferir, sem erro, acerca do destino de sua popula��o. 

A escolha de Camilo Santana como Ministro da Educa��o se mostra como um ato meramente pol�tico. Personagem em ascens�o no Partido dos Trabalhadores, ex-governador do Cear�, navega na onda dos bons resultados escolares de seu Estado (apesar de muito criticados no meio acad�mico pelo foco exclusivo nas avalia��es nacionais e pouco investimento em forma��o cr�tica). O escolhido do governo petista se ancora � sombra de pessoas como Cid Gomes e Izolda Cela, que ir� acompanh�-lo nas fun��es de Secret�ria-Executiva. Essa sim, ex�mia conhecedora do assunto. 

Ao contr�rio do que aconteceu com a Cultura, tendo Margareth Menezes � frente, ou os Direitos Humanos, na excelente escolha de Silvio Almeida, duas pessoas com not�vel expertise e not�rio saber nas �reas de atua��o, a Educa��o, infelizmente, n�o foi recebida com o brilhantismo de algu�m que se consolidou na luta pelos assuntos relativos � pasta a qual foi alocado. 

A partir dessa escolha, resta-nos esperar que o novo Ministro consiga, ao menos, aglutinar pessoas competentes ao redor de si, com capacidade de gerenciar boas escolhas, buscando fundamenta��o t�cnica a partir de pautas pertinentes aos interesses da sociedade, se distanciando dos grandes grupos que veem na educa��o, apenas, a mais nova comodities brasileira.   


*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)