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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Com a GaloVac, vamos receber hoje mais uma dose de esperan�a

O atleticano n�o pode nunca se iludir, mas os duelos contra Tombense e Cerro dir�o se nossa vacina era real ou de cloroquina


01/05/2021 04:00 - atualizado 01/05/2021 07:56


�nimo, pessoal! Agora, sempre que digo isso, me vem � mente a figurinha de WhatsApp do ex-ministro da Sa�de Nelson Teich, aquele cujo semblante convidava o pa�s ao suic�dio coletivo. Mas n�o � o caso: �nimo, pessoal, o Galo ganhou! Chegou a vacina contra a desesperan�a!

A primeira dose foi aplicada na ter�a passada, com a vit�ria sobre o Am�rica de Cali. A segunda � hoje, contra o Tombense. E a terceira na ter�a-feira, diante do Cerro Porte�o. Seu �ndice de efici�ncia � de 100%, cura de bursite a problemas no casamento. O �nico sen�o � a validade de uma semana.

Devagar com o andor, que esse Galo � de barro: n�o nos iludamos, senhores, embora o louvor principal da Igreja Universal do Reino do Galo seja o “Eu acredito” – e um de seus dogmas fundadores, justamente deixar-se iludir. Galo ganhou? “Vai ser campe�o!” Hulk fez dois? “� o melhor do mundo!” Tardelli fez um gola�o no treino? “� o segundo melhor!” Mas o time t� jogando mal... “� bom que vai crescer na hora certa!” Est� a anos-luz do Flamengo... “Vai ser a vingan�a de 1981!” E assim vamos n�s: “Quando se sonha t�o grande, a realidade aprende”. Gaaaaaaaloo!

Embora com os dois p�s � frente, o dever de of�cio obriga este jornalista ao alerta: bom ficar com um p� atr�s – a GaloVac tem efici�ncia comprovada, mas, por ora, sua aplica��o segue aos cuidados da enfermeira falsa de Belo Horizonte, sempre uma inc�gnita aquilo que se est� a intubar.

A esperan�a reside no efeito sempre ben�fico de algo que se torna inevit�vel diante da nossa passionalidade de atleticano doente, essa redund�ncia: o barraco. Somos afeitos a ele e, modo geral, suas consequ�ncias s�o positivas – quando n�o, a chave do sucesso.

O Hulk n�o vinha bem. O Cuca n�o vinha bem. O Hulk alfinetou o Cuca. O Cuca alfinetou o Hulk. Armou-se o barraco. O Hulk gravou um v�deo no estilo Falsiane. O Cuca deixou o Hulk no banco, o Vargas deve ser o craque do rach�o. O Hulk fez dois gols. O Cuca t� salvo. Me lembrou o Ronaldinho tretando com o Kalil antes de um jogo contra o Vasco pelo Brasileiro de 2012. Ronaldinho n�o ia mais vestir a camisa do Galo. Depois da treta, ficou. Ronaldinho virou o “menino bonzinho”. Kalil, o “papai”. E deu no que deu.

Cuca venceu a Libertadores com o Galo em 2013. A despeito do vexame no Mundial, teria retornado agora como �dolo inquestion�vel. Mas como seu passado o condena, as atleticanas aguerridas e conscientes adiantaram suas linhas e passaram � marca��o por press�o.

Cuca n�o ter� folga, est� preso neste barraco de propor��es humanit�rias. Para se redimir, ter� de adotar outra postura frente ao fato consumado, ainda que em tempos idos – e vai ter de ser campe�o de novo, porque a legitimidade da cobran�a cassou a carteirinha de �dolo inconteste. H� males que v�m para mal, mas h� outros que s�o oportunidades para se fazer pessoas melhores.

Hoje o Galo enfrenta o Tombense pela semifinal do Mineiro. A depender mais da postura em campo do que dos tr�s pontos, a vit�ria ser� uma dose significativa de refor�o da GaloVac.

O rev�s ou o jogo sem evolu��o t�m efeitos colaterais ainda n�o identificados – Cuca s� n�o vai virar jacar� porque, a valer-se do S�tio do Pica-Pau, j� � um exemplar da esp�cie. Contra o Cerro, no meio de semana, � quando a on�a bebe �gua: ou estaremos devidamente vacinados contra a desesperan�a, ou essa bucha � cloroquina. A ver.

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