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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Sem terceirizar incompet�ncias, o Cruzeiro deve reagir a erros crassos

N�o acredito em compl� extracampo para evitar a volta � elite, mas se a diretoria v�, que reaja de forma contundente


22/09/2021 04:00 - atualizado 24/09/2021 07:59

Visivelmente prejudicado pela arbitragem, o Cruzeiro ainda arrancou o empate com o Vasco já nos descontos
Visivelmente prejudicado pela arbitragem, o Cruzeiro ainda arrancou o empate com o Vasco j� nos descontos (foto: Andr� Fabiano/Zimel Press/Estad�o Conte�do)

Um vice-presidente da CBF, h� pouco tempo, se fantasiava de frango para torcer. Um prefeito, no passado, n�o teve pudor em declarar abertamente seu objetivo de “destruir” a institui��o Cruzeiro Esporte Clube. Um bilion�rio, num pa�s de miser�veis, joga milh�es no tabuleiro para superar seu eterno trauma esportivo. Mesmo assim, seria med�ocre dar tamanho valor a esses fatos e, ao mesmo tempo, rasteiro e calunioso fazer qualquer rela��o entre o p�fio desempenho do Cruzeiro no Brasileir�o, h� quase dois anos, com uma suposta teoria da conspira��o para prejudic�-lo.

Parto dessa reflex�o para expressar meu respeito aos que o fazem, mas n�o me permito corroborar a tese de quem julga estarmos sendo meras v�timas de um esquema extracampo. Resumir a incapacidade esportiva e de se indignar do Cruzeiro nesses �ltimos anos a criar fantasmas, turbinar inimigos, caluniar pessoas ou, simplesmente, terceirizar incompet�ncias, n�o condiz com a hist�ria de quem se tornou multicampe�o, mesmo n�o tendo acesso �s benesses dadas a outras agremia��es pela elite econ�mica e pela oligarquia pol�tica de Belo Horizonte. Por isso, resiliente em disputar uma divis�o de acesso quantas vezes forem necess�rias, sim; mas atleticanizar o modo de encarar o futebol e a vida, jamais.

De 1921 a 2019, absolutamente nenhum advers�rio ou suposto esquema de fora para dentro conseguiu derrubar o Time do Povo Mineiro. Sofremos preconceitos de classe, de ra�a e �tnico quando Palestra It�lia e superamos. Fomos garfados em algumas ocasi�es, como em 1957, contra o Am�rica, ou em 1974, frente ao Vasco. Mas sejamos maduros, quase todos os clubes j� foram prejudicados em alguma disputa. Internacional, Santos, S�o Paulo, Botafogo, Fluminense, Bahia, Portuguesa e at� mesmo a Turma do Sapat�nis.

Lembremos... Nossa derrocada nunca ocorreu por m�rito dos advers�rios odiosos. Ela s� veio ap�s 98 anos de exist�ncia, em 2019, quando uma organiza��o criminosa composta por dirigentes, conselheiros, jogadores e empres�rios, de dentro para dentro, destruiu o clube ao ponto de chegarmos ao ponto em que estamos hoje. Portanto, n�o nos esque�amos do quanto, de fora para dentro, tentaram nos arrasar e nunca conseguiram.

Repito, n�o acredito. Mas se existe mesmo todo esse suposto esquema extracampo contra o Cruzeiro, passou da hora de a diretoria e de os pr�prios jogadores fazerem algo mais contundente. VTs, cartinha de rep�dio e a postura de “mosca morta” n�o nos interessam.

Um dos meus maiores �dolos foi o volante Fabr�cio. N�o por seu talento, apesar de sempre ter se mostrado um excelente jogador com o manto sagrado. Meu eterno respeito por ele nasceu no dia 13 de novembro de 2010, quando, da arquibancada do Pacaembu, em S�o Paulo, eu o aplaudi ao abandonar a partida contra o Corinthians ainda em andamento, por n�o aceitar o absurdo p�nalti marcado por Sandro Meira Ricci nos minutos finais, o que praticamente nos tirou qualquer chance de t�tulo no Brasileir�o daquele ano, quando �ramos francos favoritos.

Infelizmente, Fabr�cio foi um ponto fora da curva. Como j� rabisquei por outras vezes nesta resenha semanal, o hist�rico perfil de complac�ncia de nossos atletas mais experientes, no que tange a serem firmes diante de qualquer decis�o incorreta e prejudicial durante o jogo, se mant�m. Contra o Vasco, domingo passado, eles jamais poderiam ter deixado o �rbitro dar seguimento � partida ap�s o claro p�nalti cometido por Marquinhos Gabriel, sem que, todos, ao mesmo tempo, se indignassem e exigissem dele uma consulta mais firme ao VAR.

Esperar da diretoria algo para al�m das cartinhas de fim de namoro � ilus�o. Da elitista imprensa mineira? Fa�a-me rir. Luxemburgo tem sido o moment�neo ponto fora da curva, nunca deixando de mostrar firmeza nas cobran�as � CBF, ao poder p�blico e aos �rbitros. Ele sabe como a banda toca. Mas n�o coloquemos todo o peso sobre os ombros do Profex�. Ele j� tem tirado leite de pedra de um time limitad�ssimo tecnicamente.


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